domingo, 25 de outubro de 2015

Letras sairão em outubro. Veja os critérios para receber

Os professores e especialistas em educação da rede estadual deverão receber o pagamento das duas letras em atraso agora na folha de outubro. O percentual médio de aumento será de 5% para os profissionais que vão ter a progressão de uma letra e 12% para aqueles que estão duas letras em atraso.
De acordo com a coordenadora geral do SINTE/RN, professora Fátima Cardoso, alguns professores vêm questionando o porquê de não obterem a concessão das duas letras negociadas.
Mas Fátima lembra que de 2006 para cá o governo acumulou a dívida de três letras com os profissionais da rede estadual, entretanto, em 2013 fez a concessão de uma progressão: “Quem recebeu uma letra em 2013, agora só tem direito a progressão de uma. Além disso, a contagem das letras é de 02 em 02 anos. Em 2016, os profissionais vão ter o direito a mais uma letra”.
A coordenadora garante que o SINTE seguirá cobrando judicialmente a implementação das progressões atrasadas: “As ações das letras continuam, isso porque anterior a 2006, existe a dívida do governo com a categoria, pois não ocorreu atualização das letras”.

O profissional interessando deve se dirigir a sede estadual do SINTE/RN para obter orientações acerca de como ingressar com ações judiciais.
Fonte: SINTE/RN

sábado, 5 de setembro de 2015

Trabalhadores em educação seguem na luta pela aprovação da lei de responsabilidade educacional

Na primeira Conferência Nacional de Educação (CONAE), realizada em 2010, os trabalhadores em educação deliberaram por lutar pela aprovação de uma lei de responsabilidade educacional (LRE).
Entretanto, apesar dos parlamentares terem apresentado, na Câmara Federal e no Senado, diferentes projetos acerca deste tema nos últimos cinco anos, a LRE segue sem ser aprovada.
Na avaliação da coordenadora geral do SINTE/RN, professora Fátima Cardoso, alguns projetos apresentados pelos parlamentares têm distorções, considerando que a concepção da lei de responsabilidade educacional inverte a atual lógica: “Se aprovada, ela acaba com o limite fiscal, obriga os gestores a aplicarem corretamente os recursos, investir em qualidade educacional e ter o fracasso ou êxito do IDEB vinculado as condições de trabalho oferecidas aos educadores”.
Além disso, segundo ela, a lei proposta também visa valorizar os profissionais da educação, avaliar as condições sócio políticas dos estudantes, do sistema educacional, bem como punir o gestor que não cumprir com as condições exigidas.

Contudo, Fátima alerta que o Congresso e o Senado não desejam mudar o atual quadro da educação pública do Brasil: “O congresso e o senado, visto o perfil conservador das duas casas, vão se apoiar nas velhas tradições de manter o capital e a meritocracia como o remédio para a educação. Eles vão continuar fingindo que defendem os profissionais da educação”.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Setores da Economia

Características de cada setor, atividades econômicas envolvidas, relação dos setores com a desenvolvimento dos países


Introdução 
A economia de um país pode ser dividida em setores (primário, secundário e terciário) de acordo com os produtos produzidos, modos de produção e recursos utilizados. Estes setores econômicos podem mostrar o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região.

Setor Primário 

O setor primário está relacionado a produção através da exploração de recursos da natureza. Podemos citar como exemplos de atividades econômicas do setor primário: agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor primário que fornece a matéria-prima para a indústria de transformação. 

Este setor da economia é muito vulnerável, pois depende muito dos fenômenos da natureza como, por exemplo, do clima. 

A produção e exportação de matérias-primas não geram muita riqueza para os países com economias baseadas neste setor econômico, pois estes produtos não possuem valor agregado como ocorre, por exemplo, com os produtos industrializados. 

Setor Secundário

É o setor da economia que transforma as matérias-primas (produzidas pelo setor primário) em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados, eletrônicos, casas, etc). Como há conhecimentos tecnológicos agregados aos produtos do setor secundário, o lucro obtido na comercialização é significativo. Países com bom grau de desenvolvimento possuem uma significativa base econômica concentrada no setor secundário. A exportação destes produtos também gera riquezas para as indústrias destes países.

Setor Terciário

É o setor econômico relacionado aos serviços. Os serviços são produtos não meterias em que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades. Como atividades econômicas deste setor econômicos, podemos citar: comércio, educação, saúde, telecomunicações, serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, etc. 


Este setor é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento econômico. Quanto mais rica é uma região, maior é a presença de atividades do setor terciário. Com o processo de globalização, iniciado no século XX, o terciário foi o setor da economia que mais se desenvolveu no mundo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Nova direção planeja melhorar condições de funcionamento do CERES

Os professores Sandra Kelly de Araújo e Alexandro Teixeira Gomes são os novos diretora e vice-diretor do Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Ambos foram empossados na tarde de segunda-feira, 31 de agosto de 2015, pelo vice-reitor José Daniel Diniz Melo, e receberam o cargo das mãos da professora Ana Pereira Aires, em solenidade realizada no auditório do Campus Caicó.
Ao agradecer as parcerias, colaborações e apoio à sua gestão, Ana Aires falou das realizações junto com o vice, Mário Lourenço de Medeiros, professor do Campus Currais Novos.
Em sua despedida, Ana Ayres destacou o diagnóstico sobre o Centro entregue ao MEC, o Plano Diretor elaborado pela Universidade e que vai guiar a expansão física dos campi Currais Novos e Caicó, e a posição que a unidade acadêmica conquistou na UFRN e na região. “Hoje o CERES é ouvido em seus pleitos e reivindicações junto à gestão universitária da UFRN”, disse.
Futuro
“A Universidade deve ser o reduto da esperança, de mudança, de desejo, de aspirações e de sonhos. O CERES é uma construção contínua, iniciada desde 1973. Uma síntese do povo do seridó”, declarou a nova diretora, professora Sandra Kelly de Araújo, em seu discurso de posse.
“Mais de 50% dos nossos alunos se deslocam de municípios da Região Seridó. Temos um corpo docente jovem, que cresce a cada ano, e um corpo técnico com elevado nível de formação profissional. Mas sonhamos em melhorar as condições de funcionamento do ensino, da pesquisa, da extensão e apoiar a cultura. Queremos um CERES melhor”, complementou a nova diretora.
estiveram presentes ao evento o prefeito de Caicó, Roberto Medeiros Germano, três ex-diretores do CERES, representantes da Câmara Municipal e da Diocese do município, como também a direção do Instituto Federal do Rio Grande do Norte caicoense.
A solenidade foi prestigiada, também, pelo representante do Sintest, Ricardo Lago; dos docentes do CERES, Grinaura Medeiros; dos técnicos do Campus Caicó, José Dutra de Medeiros e dos discentes, Danielle Cássia Pereira Gonçalves, além de servidores da ativa e aposentados.
O CERES
O Centro de Ensino Superior do Seridó é constituído pelos campi de Currais Novos, ocupando uma área de 20 mil hectares, e de Caicó, com 10 mil hectares, ambos na Região Seridó do Rio Grande do Norte.
O Centro oferta 13 cursos de graduação na modalidade presencial e tem um corpo docente constituído por 106 professores. Desde 2011, passou a ofertar, também, o ensino de pós-graduação.

O prédio do CERES abriga também a Universidade Aberta do Brasil (UAB) de ensino a distância.

CCHLA inaugura mosaico na exposição “Fractais”, dia 3 de agosto

O Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realiza, nesta quinta-feira, 3 de setembro, a inauguração do mosaico artístico “Fractais”, produzido pelo artista potiguar Wendell Santos Batista e seus alunos.
A produção da obra aconteceu durante a oficina “Mosaico Artístico para Arquitetura” no ateliê do Núcleo de Arte e Cultura (NAC) da UFRN e levou três meses para ser concluída. A ideia surgiu por meio dos professores Herculano Campos, diretor do CCHLA, e Teodora Alves, diretora do NAC, em parceria com o artista.
O painel elementos como flores, moldes geométricos, rostos com curvas e movimentos, que compõem toda a obra foi produzido por Wendell Batista, professores e alunos de vários cursos como teatro, arquitetura e artes visuais. Estiveram envolvidos no processo de produção os alunos Álvaro Paraguai, Alyson Santos, Diana P, Françoise Valéria, Judite Pandolfi, Ana Letícia, Raissa Figueiredo, Raisa Santos e Maria Cristina Paiva.
O conceito da obra era trabalhar o humano, na possibilidade do existencial com base na ideologia das mandalas, divididas em três camadas: a mais exterior refere-se ao ser humano em uma posição mais social com o outro; a camada entre a exterior e a central seria mais voltada para subjetividade e individualidade humana; e a camada central seria o núcleo, que se refere ao ser mais espiritual.
Wendell comentou sua expectativa em relação ao trabalho: “Eu tinha muito expectativa sobre essa obra e é muito gostoso vê-la fixada na parede. Nenhum dos alunos esperava que esse trabalho ganhasse essa dimensão. Nenhum viu a obra concluída e terá uma grande surpresa ao vê-la na inauguração. Também é muito bacana ver que as pessoas estão gostando e comentando o trabalho, tendo uma ideia positiva sobre ele”.
Com a intenção de promover a interdisciplinaridade, o artista está desenvolvendo um processo de produção artística semelhante com alunos do ensino fundamental na Escola Estadual Isabel Gondim, nas Rocas.

A inauguração do mosaico contará com a presença do artista e acontece às 17h, no espaço interno do CCHLA.

Curso de Cidadania e Gestão incentiva democracia participativa

O Departamento de Ciências Administrativas do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) está realizando de 1 à 30 de setembro a 2º edição do Curso de Extensão “Participação do Cidadão na Gestão Pública e exercício do Controle Social”.
O curso foi realizado inicialmente no ano de 2012 e este ano retorna debatendo temáticas voltadas para a democracia participativa, as formas e mecanismos de controle do planejamento e da execução das ações do governo, o direito a informação e o exercício de práticas que permitam ao cidadão uma melhor contribuição e aplicação do dinheiro público.
Segundo Claúdio Dantas, professor da área de Administração Pública e idealizador do projeto, o objetivo é contribuir para a formação de uma nova cultura política, direcionada a democracia participativa, em que cada cidadão, individualmente, ou reunido em associações civis, é convidado a exercer o seu papel de sujeito no planejamento, gestão e controle das políticas públicas.

Ao longo do curso as atividades serão desenvolvidas em um ambiente virtual de aprendizagem disponibilizado pela Secretaria de Educação à Distância (SEDIS) por meio da realização de atividades semanais e fóruns de discussão, e conta com a participação de 82 pessoas da comunidade acadêmica e civil.

Professor de Ciências Sociais da UFRN lança livro nesta sexta-feira

O professor Orivaldo Pimentel Lopes Junior, do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) lança nesta sexta-feira, 04, o livro “Diálogo dos Surdos: Igrejas Evangélicas e as Ciências Sociais”.
O Diálogo dos Surdos foi apontado como umas das consequências da condição disjuntiva da ciência moderna em relação à religião nas considerações finais de "O Espelho de Procrusto: Ciência, Religião e Complexidade".
Esse diálogo se processa em um espaço delimitado: as igrejas evangélicas e sua relação com as Ciências Sociais, como representantes respectivamente da Religião e da Ciência.
O objetivo do livro é um registro exemplar do recurso às ciências que demonstra a dificuldade de se fazer ciência no âmbito religioso. O livro aponta também para os perigosos preconceitos que acompanham o estudo antrosociológico da religião, por não se levar em conta a prática investigativa que ali ocorre.

O lançamento ocorre as 10h30 da manhã na Cooperativa Cultural no Centro de Convivência Djalma Marinho, e conta com a apresentação de Maria da Conceição Almeida.

Grupo Culturas Populares promove encontro com professor da UFF

O Grupo de Estudos Culturas Populares pertencente à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realiza, nesta sexta-feira, 4, a atividade “Encontros da Base”. O evento acontece no Auditório do Núcleo de Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas (NEPSA), a partir das 9h.
A atividade contará com a palestra “Dimensões da sociedade carnavalesca: entre a paixão e a profissionalização”, a ser ministrada pelo pesquisador Nilton Santos, professor do Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Grupo de Estudos Culturas Populares
O Grupo de Estudos Culturas Populares é uma base de pesquisa criada em 2000, com o objetivo de proporcionar reflexões sobre a temática da dinâmica das culturas populares contemporâneas, enfocando as práticas, interações e representações sociais presentes no cotidiano dos centros urbanos, além de estimular alunos de graduação e de pós-graduação a realizarem pesquisas nesse campo.
O grupo é coordenado pelo professor Luiz Assunção, do Departamento de Antropologia da UFRN, e está situado no Centro de Ciência Humanas, Letras e Artes (CCHLA).
A base conta com duas linhas de pesquisa: manifestações culturais, produtos e processo (que engloba os temas referentes à arte, folclore, tradição, narrativas e sociabilidades); e religiosidade (rituais, mitos, crenças e processos sociais).

A dinâmica do trabalho acontece com a realização de encontros permanentes de orientação e de atividades eventuais ("Encontros da Base", oficinas de pesquisa e os seminários de cultura popular).

domingo, 30 de agosto de 2015

Algumas premissas teórico-metodológicas de Émile Durkheim.

Durkheim (1858-1917), importante teórico na história do pensamento sociológico, mantém sua importância e consegue influenciar, mesmo hoje, vários intelectuais. O primeiro sociólogo a ocupar uma cátedra de sociologia em uma universidade, um dos pais fundadores da sociologia moderna e militante durante o processo de institucionalização desta em âmbito acadêmico, tal autor é indiscutivelmente importante a quem deseja conhecer e se aprofundar no pensamento social científico. Apresentar algumas premissas teóricas e metodológicas deste grande intelectual expondo aspectos de suas três principais obras, consciente da impossibilidade de exaustão do assunto, constitui-se no objetivo deste texto.
O pensamento durkheimiano, como aponta Aron (1999), pode ser compreendido a partir do desenvolvimento de três principais etapas. Num primeiro momento, Durkheim define o fenômeno estudado – um fato social tratado como coisa. Na segunda etapa ele refuta as interpretações anteriormente dadas como causas de tal fenômeno. E, por último, é-nos apresentada uma explicação propriamente sociológica.
Émile Durkheim se utiliza do desenvolvimento metodológico anteriormente apresentado em suas três maiores obras: Da Divisão do Trabalho Social (1894); O Suicídio (1897) e As Formas Elementares da Vida Religiosa (1912). É importante ressaltar que, em ambas as obras, as explicações refutadas o foram por se tratarem, também ambas, de explicações individualistas e psicologizantes. Vamos, então, a seguir, abordar cada obra separadamente. Em Da Divisão do Trabalho Social (1894), Durkheim critica interpretações deste fenômeno – divisão do trabalho – que possuem sentido progressista em que a diferenciação social, provocada pela divisão social do trabalho, é resultante de mecanismos individuais e psicológicos, como, por exemplo, o desejo de aumento da produtividade, busca pelo prazer e felicidade e desejo de superação do enfado.
Criticadas tais interpretações, Durkheim nos dá sua explicação propriamente sociológica: em primeiro lugar há a superioridade da sociedade sobre os fenômenos individuais. Em segundo, e em suma, são o volume e as densidades material e moral que resultam na diferenciação social, e não o que foi proposto pelos teóricos anteriores. São tais fatores, inclusive, que reverberam também na solidariedade orgânica, característica das sociedades industriais na qual existe a dada divisão do
trabalho.
Na obra O Suicídio (1897) são refutadas as interpretações nas quais o suicídio é causado por fatores individuais, psicológicos, loucura e alcoolismo. Como explicação sociológica e cientificamente válida, Durkheim apresenta a corrente suicidógena, um fenômeno social que, como o próprio nome diz, por tratar-se de uma corrente [como as de ar, por exemplo,] passa e atinge aos indivíduos que dispõe de tendência social ao suicídio manifestada por circunstâncias individuais. 
Em sua obra volta à religião – As Formas Elementares da Vida Religiosa (1913) –, e que marca uma mudança de interesses na produção intelectual de Durkheim, são excluídas as proposições que tratam do fenômeno religioso como animismo ou naturismo; visões estas essencialmente individualizantes. E, estudando as sociedades tribais australianas, nas quais, segundo Durkheim, há a forma religiosa elementar, o totemismo, é definido o fenômeno religioso como exaltação coletiva provocada pela reunião de indivíduos em um mesmo lugar de forma a transcendê-los. É, na verdade, a própria sociedade que os indivíduos adoram sem que o saibam. A religião consiste na divisão do mundo em sagrado e profano e é ela, como conclui Durkheim, o elemento fundante da sociedade. 
A concepção durkheimiana de sociedade vê esta enquanto um todo, ordenado, moralizado e coeso, composto por indivíduos, mas que ao mesmo tempo os transcende impondo-lhes condutas, regras e valores. Em toda a sua obra Durkheim tenta comprovar essa visão na qual a sociedade é isenta de conflitos; e, se estes existem, tratam-se apenas de patologias. Não podemos negar que tal ponto de vista custou caro a Émile Durkheim, sendo alvo de inúmeras críticas. Todavia, sua importância para a sociologia não diminui nem tão pouco diminuiu.

Referências
ARON, Raymond. Émile Durkheim. In: ______. As etapas do pensamento sociológico. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 288-365.

DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa: o sistema totêmico na Austrália. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

______. As regras do método sociológico. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

______. Da divisão do trabalho social. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

______. O suicídio: estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

Por que os jovens costumam tirar fotos em espelhos ou em banheiros ou, ainda, nos dois e postar no Facebook?

"Por que os jovens costumam tirar fotos em espelhos ou em banheiros ou, ainda, nos dois e postar no Facebook?" 
Essa pergunta veio de um dos leitores do blog Café com Sociologia. Existem diversas possibilidades de respostas, mas buscarei - me apropriando da Sociologia - dar uma “resposta” pelo menos orientadora.
Vivemos em uma sociedade onde a vida torna-se cada vez mais privada. O individualismo marcante de nossa sociedade tem levado os jovens a se fecharem em seu mundo, embora o ser humano tenha a tendência de interagir com outros indivíduos. Ainternet acaba sendo uma espécie de “válvula de escape” para essa individualidade que o perturba. Perturba porque o que somos, só somos a partir do outro, o qual é o nosso parâmetro. Buscamos ser muita coisa só porque do outro (não teria porque usar roupas novas e caras sem que as pessoas soubessem; ser bonito sem ser visto...). Vivemos o momento do "apareço, logo existo!" Mesmo em um mundo tão tendencioso à privacidade, essa parece ser a realidade.
Mas se o jovem só será algo a partir do outro, como lidar com o individualismo?
A saída tem sido a interação social por meio das redes virtuais de relacionamento. Por meio de tais redes o jovem consegue manter sua individualidade de forma pública. Como assim? Simples: se mantendo em meu mundo real individualizado e, ao mesmo tempo, participando de um outro mundo mais social, porém mais seguro que aquele. Mais seguro porque sua publicidade, de certa forma, é controlável. Pode escolher quem e o que quer compartilhar, ser visto. Isso nas relações sociais cara-a-cara não é tal fácil. Pode ter centenas de amigos e deixar de ter tais amigos em poucos cliques. Mas qual a relação disso com fotos em espelhos e banheiros?
O individualismo fez com que o jovem se sinta mais seguro quando está só. Estando só, no banheiro ou no quarto, cria-se um cenário propício para uma auto fotografia sem constrangimentos; sem ninguém para avaliá-lo. Assim, em seu mundinho individual, se sente seguro para fazer tantas poses quanto for necessária para uma foto classificável como boa (que ao meu ver são sempre horríveis, principalmente aquelas acompanhadas de biquinhos... rsrsrs). Não tendo nenhum parâmetro não precisará se preocupar com “micos”. Feitas as poses terá a possibilidade de publicizar no facebook a foto escolhida, tida como a melhor. Essa publicização ocorre de modo controlado... a qualquer sinal... qualquer comentário indesejado... a foto poderá ser retirada do compartilhamento. Essa postura aponta que a coletividade só é realizável devido a possibilidade de, ao menor sinal de perigo, retornar a “individualidade segura”. Assim, aparece para existir, mas se necessário desaparece em instantes!
Em suma, não seria possível se expor no mundo real pagando micos carregados de poses e biquinhos... melhor recorrer ao espelho!
Por Cristiano das Neves Bodart

domingo, 24 de maio de 2015

UFRN promove II Colóquio Sociedade, Direitos e Justiça Cognitiva

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Grupo de Pesquisa Cultura, Política e Educação, em conjunto com o Observatório Boa-Ventura de Estudos Sociais (OBES), realizam o II Colóquio Internacional Sociedade, Direitos e Justiça Cognitiva de 27 a 30 de maio. O evento é organizado em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES) e conta com o apoio do Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN) e do Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).
O objetivo do evento é fortalecer a interação entre as universidades e divulgar a produção acadêmica entre pesquisadores, instituições envolvidas e demais centros de ensino superior. De acordo com a professora Vânia Gico, coordenadora do Observatório Boa-Ventura de Estudos Sociais da UFRN, o evento cria novas oportunidades de investigação em eixos temáticos transdisciplinares, além de possibilitar novos intercâmbios e acordos  para  estágios em outros centros. 

Nos dias 27, 28 e 29, as atividades se concentram no Campus da UFRN, e no dia 30 ocorrem nos Campus do UNI-RN e da UFERSA. A programação conta com oficinas, grupos de trabalho temáticos, mesas-redondas, palestras e apresentação de comunicações de artigos científicos que comporão um dossiê temático para a Revista CRONOS do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN. Entre os palestrantes estão os professores José Manuel Pureza, João Paulo Dias e Élida Lauris, todos da Universidade de Coimbra.

Aberto tanto ao público interno como ao externo à universidade, o evento já recebe, gratuitamente, inscrições pelo Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA). No entanto, interessados em participar do colóquio que não tenham vínculo com a UFRN devem solicitar inscrição pelo seguinte e-mail: 2coloquiobesufrn@gmail.com.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Simpósio Multidisciplinar sobre o Amor começa no próximo dia 25

O Simpósio Multidisciplinar sobre o Amor, evento pelo promovido pelo Departamento de Filosofia da UFRN, compeça no próximo dia 25 e segue até 29 de maio. Sob o tema “Amor e Tempo”, o evento integra a XXV Semana de Filosofia e acontece nos auditórios do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) e da Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM).

A iniciativa tem como proposta aproximar os departamentos do CCHLA em torno de questões atuais e pertinentes à sociedade contemporânea que estão além das diferenças disciplinares e metodológicas, promovendo o diálogo entre os pesquisadores de Humanidades. 

O evento consistirá de minicursos, GTs e oficinas com 16 professores de diversas universidades brasileiras. Entre os convidados estão Tito Palmeiro (PUC-RIO) e Jair Barboza (UFSC), tradutores respectivamente de obras de Foucault e Schopenhauer. Além de Maria de Lourdes Borges (UFSC), presidente da Sociedade Kant Brasileira. 

Outro destaque é o GT Amor, Tempo e Literatura, coordenado pela professora Ilza Matias (UFRN), voltado para as interfaces entre filosofia e artes.

Para participar do evento não é necessária inscrição prévia, pois o certificado será obtido com a assinatura da lista de frequência. O evento acontecerá sempre à tarde e  a programação pode ser consultada no SIGAA.

Outrasinformações:http://www.cchla.ufrn.br/ppgfil/PDF/Amor%20XXV%20Semana%20de%20Filosofia%20-%20terceira%20chamada.pdf.

Departamento de Antropologia comemora Dia do Cigano

Em comemoração ao Dia Nacional do Cigano, o Departamento de Antropologia (DAN), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), realiza o projeto de extensão “Narrativas, Memórias e Itinerários”. O evento acontece na sexta-feira, dia 22, a partir das 9h, no Centro de Convivência do Campus.
Sob a coordenação da professora Lisabete Coradine, do DAN, o encontro pretende reunir lideranças ciganas, gestores públicos, professores, pesquisadores e alunos para um momento de debate e reflexão sobre a invisibilidade e resistência cigana no estado.
Para os interessados, as inscrições são abertas ao público e acontecem por meio do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), no menu “Extensão”.

Dia nacional
O Dia Nacional do Cigano é comemorado oficialmente no Brasil no dia 24 de maio, data dedicada à Santa Sara Kali, padroeira dos povos ciganos. Não obstante a importância da data, ainda são escassas as políticas públicas de integração do povo cigano, persistindo grande parcela sem contar com ações em favor de registro civil, saúde e educação.

sábado, 16 de maio de 2015

"Se Brasil abrir pré-sal para estrangeiras, adeus royalties para educação e saúde"

Para diretor de relações internacionais da Federação Única dos Petroleiros, é só na mão da Petrobras que o desenvolvimento, segurança ambiental e  energética serão garantidos.
09/05/2015

Por Conceição Lemes
Do Viomundo

Em entrevista no último domingo, 2 de maio, o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM), durante entrevista realizada antes da Offshore Technology Conference, em Houston, nos Estados Unidos, deixou abertas duas portas perigosas. Acenou com mudanças no marco regulatório do pré-sal e abrandamento da norma de conteúdo local, que determina à Petrobras a compra preferencial de equipamentos e serviços de origem nacional.
Verdadeira sinfonia para os ouvidos das grandes petroleiras estrangeiras, como Shell, ExxonMobil, Chevron, BP e Total.
Até agora, Eduardo Braga não desmentiu a entrevista, que saiu em vários veículos da mídia brasileira.
Para João Antônio de Moraes, diretor de relações internacionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP), é muito grave a declaração de Braga nos EUA.
“Onde já se viu abordar uma questão estratégica para o Brasil, fora do Brasil, num lugar onde a disputa pelo petróleo é gigantesca?”, critica. “Se já está havendo pressão sobre o Congresso Nacional para flexibilizar a partilha, com essa declaração absurda, a tendência é que a pressão só aumente.”
Nota da FUP (na íntegra, abaixo) publicada nessa quinta-feira (7) lembra: “Só o PSDB já tem três projetos em andamento no Congresso para alterar o modelo de partilha e retirar da estatal o papel de operadora única”.
Têm projetos para abrir o pré-sal às petroleiras internacionais os senadores tucanos José Serra, Aloysio Nunes e o deputado federal Jutahy Júnior. O deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) também projeto nessa linha.
Moraes adverte: “Flexibilizar a partilha, não garantir a Petrobras como operadora única do pré-sal e abrandar a exigência de conteúdo local, como prega o ministro, significam abrir as portas para o Brasil ser saqueado novamente nos seus recursos naturais por interesses externos como já aconteceu ao longo da história, com o pau-brasil, o ouro, por exemplo”.
Ele enfatiza: “A operação só nas mãos da Petrobras nos garante desenvolvimento, segurança ambiental e segurança energética. Essas três coisas ficariam fragilizadas se empresas estrangeiras entrarem na operação”.
Ele denuncia: “Se o Brasil abrir a operação para as petroleiras estrangeiras, podemos dizer adeus aos royalties do petróleo para Educação e Saúde. No mundo inteiro, a história das petroleiras é uma história de não cumprimento da destinação social das riquezas”.
Segue a íntegra da nossa entrevista.
Viomundo — O que achou da declaração do ministro Eduardo Braga nos EUA?
João Moraes – Muito grave. Onde já se viu abordar uma questão estratégica para o Brasil, fora do Brasil, num país onde a disputa pelo petróleo é gigantesca? Se já está havendo pressão sobre o Congresso Nacional para flexibilizar a partilha, com essa declaração absurda, a tendência é que a pressão só aumente. Lembre-se de que há no Congresso vários projetos de tucanos que visam justamente flexibilizar o modelo de partilha no pré-sal.
Viomundo – O que acontece se o Brasil alterar o modelo?
João Moraes — Flexibilizar a partilha, não garantir a Petrobras como operadora única do pré-sal e abrandar a exigência de conteúdo local significam abrir as portas do Brasil para que seja saqueado novamente nos seus recursos naturais por interesses externos, como já foi ao longo da história, com o pau-brasil, o ouro, por exemplo.
Definitivamente, se o povo brasileiro não garantir esses três sustentáculos do modelo brasileiro, o ciclo econômico do petróleo vai repetir o que já aconteceu em outros ciclos econômicos. Vai embora o recurso natural, não fica o desenvolvimento aqui. Então, nós temos de realmente nos mobilizar para impedir que iniciativas para alterar o modelo de partilha  tenham sucesso.
Viomundo –  Em que setor do pré-sal as petroleiras internacionais podem atuar?
João Moraes – O modelo de partilha permite que elas invistam junto com a Petrobras. Foi o que aconteceu no campo de Libra, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro. Em Libra, a Petrobras ficou com 40% dos investimentos,  os europeus (Total e Elf), também com 40%, e os chineses com 20%.
Na verdade, o modelo de partilha só não permite atuar na operação. A declaração do ministro toca justamente nesse ponto. A declaração dele e os projetos dos tucanos no Congresso Nacional vão todos no mesmo sentido: o de abrir a operação do pré-sal para as petroleiras estrangeiras. Em resumo, é isso que eles e elas querem.
Viomundo – Qual o mérito da partilha?
João Moraes – As empresas estrangeiras podem investir junto com a Petrobras, mas quem vai operar é a Petrobras.
Viomundo — O que significa operar?
João Moraes – É a Petrobras que vai pegar esses investimentos, comprar os equipamentos, desenvolver os projetos e o mais importante –  depois vai controlar a produção de petróleo. A Petrobras é que vai dizer se vai vai produzir 100 mil, 200 mil, 300 mil barris.
Viomundo — Com isso o que o Brasil tem a lucrar?
João Moraes – Primeiro, a garantia do conteúdo local, porque as empresas estrangerias não estão cumprindo o conteúdo local nas áreas em que atuam.
Viomundo – Não estão cumprindo?!
João Moraes – Não. Elas encontram um monte de subterfúgios para não comprar aqui.  A Shell, por exemplo, é a segunda produtora no Brasil. Ela tem ativos importantes nas áreas já licitadas do pré-sal. Mas a Shell não tem nenhuma plataforma encomendada aos estaleiros brasileiros.
Se flexibilizar o pré-sal vai acontecer o que já acontece com áreas licitadas antes da lei da partilha.As petroleiras estrangeiras não cumprem o conteúdo local. Não cumprindo o conteúdo local, elas não geram emprego aqui, não geram renda aqui, não geram desenvolvimento aqui. Essa é uma etapa importante do ponto de vista do desenvolvimento.
Viomundo – O que Brasil tem a ganhar mais com o modelo de partilha?
João Moraes — Soberania energética e meio ambiente. Por que aconteceu aquele acidente importante da Chevron, no Campo de Frade, em 2012? Por que a Chevron avançou na produção além do que podia e dos equipamentos que detinha. Isso causou uma fratura no subsolo do oceano, provocando dano ambiental muito grande.
Viomundo – Mas a Petrobras não está livre de produzir danos ambientais.
João Moraes – Não está. Nenhuma petroleira está livre disso. Mas os mecanismos de pressão do povo brasileiro sobre a Petrobras são muito maiores do que sobre as petroleiras estrangeiras.  Então, a Petrobras como operadora única nos dá uma garantia ambiental muito maior do que as estrangeiras.
Viomundo – O que mais o Brasil tem a lucrar mais com a partilha?
João Moraes – Impedir a produção predatória. Qual é o grande dilema que a Argentina vive hoje em dia? A Argentina privatizou a YPF. A  maior empresa que assumiu foi a Repsol espanhola. A Repsol começou a ter produção predatória , não investiu em desenvolvimento de novas reservas nem em novas tecnologias.  Resultado: hoje  a Argentina é dependente da  importação de petróleo e gás.
Viomundo — Por quê?
João Moraes — Justamente porque não era uma empresa estatal nacional que detinha a operação. Então esse é outro aspecto muito negativo dos projetos dos tucanos que estão no Congresso e buscam garantir a entrada de estrangeiras na operação.
A operação só nas mãos da Petrobras nos garante desenvolvimento, segurança ambiental e segurança energética. Essas três coisas ficariam fragilizadas se empresas estrangeiras entrarem na operação.
Viomundo – Pela lei da partilha foi criado um fundo social – o Fundo Social Soberano – que prevê a destinação dos royalties para Educação e Saúde. As petroleiras estrangeiras fariam isso?
João Moraes – De jeito nenhum. A história das petroleiras no mundo é uma história de não cumprimento da destinação social das riquezas. Então, essa batalha importante que tivemos para garantir os royalties para Educação e Saúde vai  para o espaço se a operação do pré-sal for aberta para as empresas estrangeiras. Portanto, é muito ruim se acontecer isso que o ministro Eduardo Braga disse.
Viomundo – Nos últimos meses, estamos assistindo ao acirramento na disputa do petróleo brasileiro. Teria a ver com as denúncias da Lava Jato?
João Moraes – Tudo isso é fruto da campanha de desmoralização da Petrobras desenvolvida pela grande imprensa nos últimos meses. Não tem a ver com corrupção. É uma campanha antinacional. É uma campanha antipatriótica como se as nossas grandes redes de comunicação fossem de outros países e estivessem fazendo aqui uma campanha de interesse delas.
Portanto, é um absurdo sem tamanho, nessa conjuntura, um ministro de Estado ir lá fora e dar uma declaração tenebrosa como a que deu.
Mesmo que o governo tivesse a intenção, o ministro não poderia fazer essa declaração. Porque ao fazê-lo, se um dia isso vier acontecer,  a Petrobras vai estar com o preço rebaixado.
Olhando pela lógica do capital, mesmo que fosse uma decisão de governo fazer isso – o que eu não acredito que seja –, ele não poderia declarar isso no exterior. Realmente um despreparo, um absurdo.  É um negócio descabido.
Viomundo – A FUP pretende fazer algo em relação a isso?
João Moraes — A direção da FUP está reunida, aqui, em Curitiba, nesta quinta e sexta em Curitiba, onde vamos discutir o assunto. Nós trouxemos a nossa reunião mensal para cá como forma de darmos a nossa solidariedade.  Na quarta-feira, inclusive, participamos de atos de solidariedade aos professores.
Mas, desde já, a sociedade tem de estar ciente. Se houver flexibilização no modelo de partilha do pré-sal, o povo brasileiro pode dizer adeus ao Fundo Social e ao uso dos seus recursos para a Educação e Saúde. 
Tirem as mãos do que é nosso!
Em vez de fortalecer a Petrobrás, ministro de Minas e Energia quer flexibilizar partilha
Enquanto a Petrobrás recebia o prêmio OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions, o maior reconhecimento de uma operadora offshore por tecnologias desenvolvidas e desafios vencidos, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, pregava publicamente a redução da participação da estatal na exploração do pré-sal.
Em entrevista coletiva aos jornalistas que cobriam o evento em Houston (EUA), o ministro do PMDB não mediu palavras e anunciou que o Congresso (onde seu partido comanda a Câmara e o Senado) está aberto a alterar o modelo de partilha.
“O que se discute é a obrigatoriedade da operação. Defendo que a Petrobrás tenha direito à recusa”, declarou, alegando que a empresa não tem condições hoje de “alavancar os investimentos que a economia brasileira necessita”.
Na mesma linha foi a diretora geral da ANP, Magda Chambriard, que também participou da feira de petróleo em Houston e defendeu “uma flexibilização muito bem calibrada” da lei do pré-sal, com vistas aos leilões futuros.
Declarações deste tipo reforçam e alimentam os ataques da oposição contra a Petrobrás. Só o PSDB já tem três projetos em andamento no Congresso para alterar o modelo de partilha e retirar da estatal o papel de operadora única.
A defesa intransigente da soberania é um compromisso que deve ser honrado por um governo eleito pelos trabalhadores. A hora é de fortalecer a Petrobrás para que siga avançando na exploração do pré-sal, cuja riqueza deve ser servir ao povo brasileiro e não às multinacionais.
Fonte: Jornal de Fato

Governo do estado abre rombo no fundo de pensão da previdência do RN

Em apenas cinco meses à frente do governo, a gestão Robinson Faria já abriu um rombo de meio bilhão de reais na previdência estadual.
Agora, o governo do estado tem até dezembro de 2018 para repor o montante retirado do fundo de pensão.
Ao todo foram retirados:
234 milhões em Dezembro
90 milhões em Janeiro
43 milhões em  Fevereiro
65 milhões em Março
83 milhões em Abril
Os saques, que foram efetuados a partir  do aval da Assembleia Legislativa, colocam em risco as pensões e aposentadorias presentes e futuras dos servidores estaduais.
Em entrevista veiculada no Extra Classe TV no último dia 26 de abril, a Coordenadora Geral do SINTE/RN, Fátima Cardoso, já denunciava a ameaça que os saques representam. Para o Sindicato, é necessária além da interrupção dos saques a devolução imediata do dinheiro retirado.

O SINTE também não admite a possibilidade de privatização da previdência a partir da criação de um regime de sistema complementar.
Fonte: SINTE/RN