terça-feira, 30 de junho de 2020

VITÓRIA DA CULTURA: SANCIONADA A LEI ALDIR BLANC!!!✅

Em informação repassada à Deputada Federal Jandira Feghali, o Ministro do Turismo, Marcelo Antônio, garantiu que a Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc será sancionada HOJE pelo presidente da República! O texto deverá ser sancionado quase na íntegra, com pequenas alterações relacionadas aos prazos de execução. 
Uma conquista construída a muitas mãos, em uma grande teia que uniu todo o país! Foram centenas de manifestações, lives, mensagens, encontros, reuniões virtuais, petições, tuitaços, abaixo assinados, web conferências, debates e pedidos pela aprovação e sanção. E o dia chegou! 
Cumprida esta etapa, começa outro grande desafio: a liberação e execução dos recursos financeiros previstos na Lei Aldir Blanc, que serão executados de forma descentralizada por estados e municípios, em caráter emergencial. Estes recursos precisam chegar na ponta com rapidez, critério, eficiência e transparência, atendendo aos que mais precisam, diminuindo os impactos econômicos na cadeia produtiva do setor cultural e fortalecendo os mecanismos de gestão e participação do Sistema Nacional de Cultura. 
A esperança equilibrista atravessou a corda bamba! A cultura brasileira segue em frente, pois sabe que o show de todo artista tem que continuar! 
Viva a Lei Aldir Blanc! 
#AldirBlancAgoraéLei
Saudações Culturais!
Articulação Nacional de Emergência
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LULA no twitter

Sairia muito mais barato se o governo tivesse colocado dinheiro na mão dos microempreendedores. Sem ajuda, eles vão quebrar e trazer mais prejuízo. O modelo Pinochet tá gravado na cabeça do Guedes e ele não consegue pensar fora desse roteiro de destruição do Estado.

Gleisi Hoffmann no twitter

Bolsonaro conseguiu a proeza de ser o primeiro presidente do mundo a ter uma indicação ao Banco Mundial alvo de repúdio formal pela Associação de funcionários do Banco. Em carta, eles exigem a suspensão da indicação de Weintraub. A reputação internacional do Brasil está na lama.

PRESTE ATENÇÃO!!!


segunda-feira, 29 de junho de 2020

HUMOR


LULA PELO TWITTER


Quando vejo quantas vidas foram salvas na Argentina, me dói muito ver meu próprio país desgovernado, com ministros incapazes de agir para proteger nosso povo e um presidente da República que chega a fazer piada com a tragédia.

Decotelli não obteve pós-doutorado na Alemanha, diz Universidade.

O ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli da Silva não obteve pós-doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha, ao contrário do que consta em seu currícullo Lattes. A informação foi dada pela assessoria de imprensa da própria universidade a pedido da coluna. Eis a resposta completa da universidade alemã: "Carlos Decotelli veio para a cadeira da profa. Dra Brigitte Wolf para uma pesquisa de três meses em 2 de janeiro de 2016. Até 2017 ela era professora de teoria do design, com foco em metodologia, planejamento e estratégia na Universidade de Wuppertal e agora é emérita. Ele não adquiriu nenhum título em nossa universidade. Afirma a Universidade.
Ele num tem Doutorado na Argentina e tá sendo acusado de plágio no mestrado, daqui a pouco num é nem graduado, kkkk.

Pandemia acelerou a corrosão de Bolsonaro aos olhos da classe média, diz Jessé Souza

O sociólogo e professor universitário Jessé Souza conversou com a TV 247 e afirmou que a pandemia de coronavírus acelerou a deterioração da imagem de Jair Bolsonaro perante o olhar da classe média brasileira.
De acordo com Jessé Souza, a desgraça na qual o Brasil desembocaria em alguns anos em consequência das políticas econômicas neoliberais foi adiantada pela Covid-19. “Para as pessoas perceberem a bobagem que foi votar em um cara como o Bolsonaro iria levar uns quatro, cinco anos, até o País chegar em completa desgraça. A pandemia, na minha opinião, tornou essas coisas mais rápidas, ela mostrou, por exemplo, à classe média brasileira, que é uma classe que tem mais acesso à informação, teve mil privilégios de acesso ao conhecimento, e essa classe média percebeu muito rapidamente a bobagem que foi eleger o Bolsonaro, um cara completamente despreparado. Lembro que lá no meu bairro as pessoas que batiam panela pelo impeachment [da ex-presidente Dilma Rousseff] eram as mesmas pessoas que estavam batendo panela agora contra o Bolsonaro”.
FONTE: 247

quarta-feira, 17 de junho de 2020

MAIS UM PROGRAMA EJA EM AÇÃO

Ontem dia 16/06/2020, participei de mais um Programa do Projeto EJA EM AÇÃO, juntamente com as professoras Marta Geruza e Maristela Pereira, onde foi debatido  "O NEOLIBERALISMO, MERITOCRACIA E EDUCAÇÃO: UMA QUESTÃO DE OPORTUNIDADES"

SE LIGUE!!!!!


ATENÇÃO!!!!!!


segunda-feira, 15 de junho de 2020

Ansiedade, abuso de álcool, suicídios: pandemia agrava crise global de saúde mental

Pesquisadores analisam as causas, os riscos e o papel do Estado diante dos “efeitos colaterais” da covid-19

Comércio de bebidas durante a quarentena em Calcutá, na Índia: vendas de álcool dispararam no mundo todo - Dibyangshu SARKAR / AFP
Sete meses após a descoberta da covid-19, diferentes países se deparam com um problema que costuma ficar à margem dos debates sobre epidemias e grandes crises econômicas: os impactos à saúde mental.
O assunto já era negligenciado antes que o coronavírus se tornasse uma preocupação mundial. Um estudo publicado na revista científica britânica The Lancet, em 2018, mostrou que 13,5 milhões de vidas poderiam ser salvas por ano com aprimoramentos nas políticas de saúde mental. Em quase todas as regiões analisadas, os serviços prestados eram mais precários do que daqueles voltados à saúde física.
“Temos pouca informação sobre os efeitos de pandemias anteriores na saúde mental, justamente porque as pesquisas estavam concentradas nos temas econômicos, sociais, antropológicos, e no tratamento da doença em si”, lembra o médico e pesquisador peruano Jeff Huarcaya-Victoria. “Mas sabemos que os altos níveis de contágio, com milhares de mortes, e as notícias frequentes de falta de equipamentos e leitos nos hospitais, somados, podem provocar vários danos, como ansiedade, stress e depressão”.
Embora a covid-19 seja um fenômeno recente, dezenas de pesquisas pelo mundo já demonstram esses efeitos psíquicos – não só da doença, mas das próprias medidas de contenção. “A quarentena tem que ser vista como um tratamento. E, como qualquer tratamento, para atingir seu objetivo, causa certos efeitos indesejados”, resume Huarcaya-Victoria.
Um levantamento realizado na China, na fase inicial da pandemia, mostrou que 13,8% das pessoas passaram a manifestar sintomas depressivos leves, 12,2% apresentaram sintomas moderados e 4,3%, graves.
Nos Estados Unidos, um canal de emergência oferecido pelo governo para pessoas com sofrimento emocional registrou um aumento de 1.000% nas ocorrências em abril, segundo o jornal Washington Post, em comparação com o mesmo mês do ano passado.
“Se fosse uma pandemia de ebola, HIV ou tuberculose, seria diferente, porque já conheceríamos as formas de transmissão e tratamento. Porém, estamos diante de um vírus novo, ainda desconhecido, por isso gera tanta incerteza e insegurança”, explica o médico peruano.
Abuso de álcool
O aumento global na venda de bebidas alcoólicas durante a quarentena sintetiza essa preocupação. No Brasil, dados publicados pela Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead) em maio apontam crescimento de 38%.
A Rússia é um caso emblemático. Campanhas de conscientização com alto investimento público, iniciadas em 2003, levaram 13 anos até atingir 40% de redução no consumo de bebidas alcoólicas. Em um mês de quarentena, porém, a venda de bebidas já retornou ao patamar do final dos anos 1990 – com aumento de 47% no caso do uísque.
“Estudos [em diferentes países] apontam que 40% das pessoas estão bebendo menos do que antes da covid-19”, lembra Matthew Parker, professor da Escola de Farmácia e Ciências Biomédicas da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido. Outros 40%, em média, não percebem mudanças no seu consumo de álcool durante o período de isolamento.
“Isso significa que os 20% que relatam beber mais durante o lockdown são responsáveis, sozinhos, pelo aumento global nas vendas de álcool, o que gera preocupação do ponto de vista da saúde pública”, completa Parker.
O afastamento dos amigos e da família e as mudanças de rotina geralmente são temporários, por conta da quarentena, mas a ciência não descarta danos a médio e longo prazo.
“Suponhamos que, antes da pandemia, uma pessoa tenha hábito de consumir álcool apenas quando sai com os amigos no fim de semana. Durante a quarentena, ela começa a beber sozinha em casa, durante a semana. Ao final do lockdown, pode ter sido adquirido um novo hábito, beber sozinho, sem excluir o hábito anterior de sair com os amigos e beber nos fins de semana”, exemplifica.
“Isso não quer dizer que apenas essa mudança de hábitos seja responsável pelo vício, mas indivíduos em risco (por exemplo, aqueles com predisposição genética e certos traços de personalidade) devem iniciar o ciclo do vício em algum momento. É possível, portanto, que a quarentena abra caminho para hábitos de consumo insalubres e arriscados”, finaliza o cientista.
A epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, pela sigla em inglês) na Ásia em 2003, que também impôs a necessidade de quarentenas, alavancou o consumo de álcool em vários países. Em Hong Kong, por exemplo, um ano após os primeiros casos da doença, 15% das mulheres afirmava beber mais do que antes da epidemia. Os números nunca retornaram ao patamar anterior.  
Dilemas
O consumo insalubre de álcool em casa durante a quarentena não é apenas uma preocupação sanitária, mas pode estar associado ao aumento dos casos de violência doméstica, por exemplo, ou ao uso insalubre de substâncias ilícitas.
É esse conjunto de efeitos, de difícil mensuração, que fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendasse aos governos limitar ou controlar a venda de bebidas durante a quarentena.
“Na África do Sul, as vendas de álcool foram completamente proibidas e houve uma importante redução nas internações relacionadas ao álcool e nos incidentes policiais”, lembra Matthew Parker. “Essa medida também traz certos problemas, porque o consumo pode disparar quando a venda for novamente liberada. No entanto, o impacto para a saúde pública do país provavelmente será menor do que se muitos tivessem desenvolvido hábitos perigosos de bebida durante o lockdown.
Parker concorda que os governos devem impor algum tipo de restrição, considerando que os sistemas públicos de saúde e assistência social estão sobrecarregados por conta da pandemia.
“Pode haver, por exemplo, horários limitados de venda ou aumento no preço mínimo do álcool (por exemplo, preço mínimo por grama de álcool) para reduzir o que chamamos de consumo prejudicial. Ainda faltam pesquisas que examinem o custo-benefício da limitação da venda de álcool versus a proibição total”, pondera.
Com 1,3 bilhão de habitantes, a Índia alternou períodos de proibição, restrições parciais e liberação do comércio de álcool durante o lockdown. Cada estado teve autonomia para estabelecer regras. A média de consumo nacional caiu, mas o país também registrou casos extremos durante a quarentena, como furtos a lojas de bebidas e até suicídios por abstinência.
Alerta máximo
“A Índia deve se preparar para um grande número de suicídios”, afirmou Karthik Muralidharan, professor de Economia na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em artigo publicado no jornal indiano Hindustan Times em maio.
O autor faz um paralelo com os efeitos da crise de 1929, que teria causado 10 mil “suicídios econômicos” nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa, segundo pesquisadores da Universidade de Oxford e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
Mais de 150 milhões de indianos têm distúrbios mentais diagnosticados antes do início da pandemia. O índice de suicídios no país também é superior à média mundial – por dia, são registrados mais de 600, segundo a OMS.
“A Índia rural pode ser particularmente suscetível ao suicídio devido ao afluxo de trabalhadores migrantes e também porque abriga a comunidade de agricultores em risco”, aponta Muralidharan, que considera um fator de risco o acesso facilitado a pesticidas no campo.
Os estudos mais consistentes que associam economia e suicídios têm como objeto a chamada “Grande Recessão” que atingiu os EUA entre 2007 e 2010. Cada ponto percentual a mais na taxa de desemprego teria gerado um aumento de 1,6% nas taxas de suicídio.
O instituto de políticas para saúde mental Meadows, no Texas, estima que 4 mil pessoas devem cometer suicídio e outras 4,8 mil morrerão por overdose de drogas no país em consequência do desemprego em massa provocado pela pandemia.

É função do Estado apontar quais são os canais oficiais, orientar sobre as notícias falsas que circulam no Facebook ou no Whatsapp

Para além dos impactos econômicos ou do pânico causado pelo vírus, o isolamento social, por si só, é um dos fatores associados ao suicídio. Fontes consultadas pelo Brasil de Fato apontam, no entanto, que não há dados atualizados que comprovem um aumento global nos últimos meses.
Também nesse caso, os impactos devem ser mais perceptíveis a longo prazo. O número de suicídios nos Estados Unidos, por exemplo, dobrou após a “Grande Recessão” e segue crescendo, 12 anos depois.
Papel do Estado
Para o médico peruano Jeff Huarcaya-Victoria, a sobrecarga de informações sobre a covid-19 produz efeitos tão nocivos quanto a completa desinformação das primeiras pandemias.
“Se, mesmo no ambiente científico, as informações são incompletas e contraditórias, imagina como isso chega aos jornais ou às redes sociais”, compara. “A completa falta de informação gera ansiedade e medo. Mas, agora, estamos ‘hiperinformados’, e esses dois extremos afetam a saúde mental. É preciso buscar um equilíbrio, buscando informação em meios oficiais ou canais que deem informação de qualidade.”
“É função do Estado apontar quais são os canais oficiais, orientar sobre as notícias falsas que circulam no Facebook ou no Whatsapp”, completa o médico peruano. “Os governos precisam fazer grandes campanhas de difusão de informações precisas, confiáveis, como fez a China. Lá, o governo investiu pesado para que todas as pessoas estivessem devidamente informadas sobre os sintomas, os tratamentos, e sobre o risco da automedicação”.
Huarcaya-Victoria observa no Peru dois fenômenos que evidenciam a necessidade de intervenção estatal: a alta adesão a métodos de prevenção sem comprovação científica e as longas filas para compra de bebidas durante a quarentena. Além de regular as informações e o comércio de substâncias, ele sugere que os governos estejam atentos aos grupos de maior risco.
“Nossos estudos demonstram, por exemplo, que um dos principais fatores de risco é ser mulher. Elas têm manifestado maiores níveis de depressão, ansiedade e estresse, por diferentes motivos. A proporção é de três para um, em relação aos homens”, revela. “Então, as estratégias de saúde mental devem priorizar a atenção às mulheres. Lembrando que, na América Latina, os casos de violência doméstica também cresceram na quarentena.”
Outros grupos de risco, segundo o médico peruano, são profissionais de saúde e pacientes com outras doenças graves, que veem ameaçada a continuidade de seus tratamentos e sabem que têm maiores chances de morrer se contraírem o coronavírus. O Estado, segundo os pesquisadores, deveria propor alternativas para atendê-los sem obrigá-los a sair de casa em meio à pandemia.
“Obviamente, se você não possui um smartphone ou computador, ou tem problemas para usar o software, a telemedicina não faz sentido. Pacientes com paranoia grave, cuja doença psiquiátrica os faz acreditar que coisas como o governo os espia pelo telefone, geralmente não confiam no programa de telemedicina, portanto, também não é uma boa alternativa para eles. Mas, para a grande maioria dos pacientes, é uma ótima opção”, ressalta Adriane Dela Cruz, professora do Departamento de Psiquiatria da Universidade do Texas.
“Isso é especialmente verdadeiro para pacientes que cuidam de crianças ou familiares mais velhos que não podem sair em casa sozinhos para ir ao médico, pacientes que moram fora das grandes cidades ou que se sentem constrangidos por vir ao médico”, completa a especialista. “Quando usamos a telemedicina, não usamos máscaras. Isso também é algo positivo, que nos leva a pensar sobre a diferença entre ver todo o rosto e expressões do paciente no computador, e vice-versa, em comparação com estar na mesma sala do paciente, mas incapaz de ver metade do rosto deles.”
O desafio da inovação é amplificado em países subdesenvolvidos, com sistemas de saúde e assistência social frágeis, ou que desmantelaram e reduziram investimentos no setor nos últimos anos, como o Brasil. A Emenda Constitucional 95, do “Teto de Gastos”, por exemplo, sancionada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), fez o Sistema Único de Saúde (SUS) perder R$ 13,5 bilhões no ano passado.
FONTE: BRASIL DE FATO (Edição:Camila Maciel)


Weintraub: “Não quero sociólogo e filósofo com meu dinheiro”


O ministro da Educação, Abraham Weintraub, cumprimentou apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste domingo (14), em Brasília, e disse que não quer sociólogos, antropólogos e filósofos estudando com o que chamou de “meu dinheiro”.
“Todas as universidades que a gente tem, não brota da terra o dinheiro, vem do imposto. Quando a gente for comprar pão, gasolina para a moto, telefone celular, vem imposto. E esse imposto é usado para pagar salário de professor, de técnico, bolsa, alimentação, tudo isso. Eu, como brasileiro, eu quero ter mais médico, mais enfermeiro, mais engenheiro, mais dentistas. Eu não quero mais sociológico, antropológico, não quero mais filósofo com o meu dinheiro", disse o ministro.
Weintraub provocou aglomeração e circulou sem máscara. No DF, quem não usar o item de proteção em espaços públicos sofre punição, uma multa de até R$ 2 mil para pessoa física e de R$ 4 mil para estabelecimentos. Entre os manifestantes abraçados pelo ministro, estavam integrantes do acampamento desmontado pelo governo do Distrito Federal no último sábado (13), por descumprir normas de distanciamento social.
“Com o meu dinheiro que eu pago imposto, eu quero mais médico, mais enfermeiro. Se o cara quer fazer filosofia, vai fazer com o dinheiro dele. Meu filho pode fazer filosofia? Lógico que pode. Papai, quero fazer filosofia. Filhão, você já tá trabalhando? Vai ganhar dinheiro e vai”, completou o ministro da Educação.
FONTE: YAHOO NOTÍCIAS

Governo Bolsonaro já contamina imagem das Forças Armadas e até das Igrejas


Pesquisa do Instituto da Democracia mostra queda de 7 pontos percentuais na confiança nas Forças Armadas desde 2018; confiança nas igrejas caiu de 35,2% para 29,7% no mesmo período4 
Um levantamento feito pelo Instituto da Democracia, grupo que reúne pesquisadores de onze instituições no Brasil e no exterior, apontou que o sentimento de confiança aos militares caiu sete pontos percentuais desde 2018, de 33,9% para 27%. De acordo com as estatísticas, 58,9% entendem que a presença deles em cargos de primeiro e segundo escalão não ajuda a democracia. É quase o dobro dos 30,1% que não veem problema. No caso das igrejas, a confiança caiu de 35,2% para 29,7% desde 2018. Os dados foram publicados no jornal Valor Econômico
O eleitorado começa a se afastar dos temas mais clássicos do bolsonarismo”, afirmou o cientista político Leonardo Avritzer, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um dos coordenadores do estudo. “O brasileiro tinha muita confiança nas Forças Armadas e nas igrejas. Já não tem mais tanto assim. A confiança não desabou, mas há sinais de deslocamento.” 
Segundo a pesquisa, apenas 25,3% dos pesquisados veem justificativa em um golpe militar numa situação de muita criminalidade. De cada dez brasileiros, sete dizem “não” a essa hipótese. A taxa era de 55,3% em 2018. No ano seguinte o percentual baixou para 40,3%. Os dados foram publicados no jornal Valor Econômico. 
A pesquisa foi feita entre 30 de maio e 5 de junho, uma semana após o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, dizer que a eventual apreensão do celular de Jair Bolsonaro autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello poderia ter “consequências imprevisíveis”. 
Numa situação de muita corrupção, pouco menos da metade da população pesquisada (47,8%) concordava que um golpe “seria justificável” em 2018. Atualmente, o percentual é de 29,2%. Para 65,2%, corrupção não é justificativa para golpe militar. 
O levantamento mostrou que 79,2% rejeitam a ruptura institucional associada ao alto índice de desemprego ou 78% são contra o fechamento do Congresso Nacional ante uma situação de muita dificuldade.
O Instituto da Democracia é formado por grupos de pesquisas de quatro instituições principais: UFMG, Unicamp, Iesp/Uerj, e UnB. Participam outras cinco instituições nacionais (USP, UFPR, UFPE, Unama e IPEA) e duas estrangeiras (CES/UC e UBA). 
O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de MG. Foram ouvidas 1.000 pessoas por telefone. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.
FONTE; Brasil 247.

Bolsonaro revoga MP que permitia a Weintraub nomear reitores.


Com a revogação assinada pelo presidente, a MP deixa de valer. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revogou a Medida Provisória 979, que permitia que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, escolhesse reitores temporários para as universidades e institutos federais.
A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. 
A revogação acontece menos de uma hora depois de o presidente do Congresso e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), oficializar a devolução da MP, alegando que o texto viola os preceitos constitucionais.

terça-feira, 9 de junho de 2020

MPF abre inquérito para apurar suposto crime de racismo de presidente da Fundação Palmares

Camargo chamou o movimento negro de ‘escória maldita’ e criticou religiões de matriz africana em reunião fechada. MP recomenda perícia em áudio e coleta de depoimentos.


O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta sexta-feira (5) a abertura de um inquérito na Polícia Federal para apurar se o presidente da Fundação Cultural Palmares,, Sérgio Camargo, cometeu crime de racismo.
A investigação terá como base as declarações se Camargo, captadas em um áudio, em que o jornalista chama o movimento negro de "escória maldita", diz que não dará verba para "macumbeiro" e ofende uma mãe de santo que trabalhou na Palmares antes de ele assumir o cargo.
Na ocasião, Camargo também disse que Zumbi era "filho da puta que escravizava pretos", criticou o Dia da Consciência Negra e falou em demitir "esquerdista".
Segundo a denúncia encaminhada pelo MP, as falas ditas em uma reunião com assessores representam crime de racismo contra todos os praticantes de religião de matriz africana.
Na decisão de abrir o inquérito, o procurador Peterson de Paula Pereira pede que a PF apure os relatos, faça perícia no áudio da reunião e, se preciso, colha depoimento dos envolvidos.
A Polícia Federal tem 30 dias para instaurar o inquérito e deve concluir a apuração em até 90 dias, prorrogáveis por igual período.

A gravação
Na gravação, segundo a denúncia encaminhada ao MPF, Sérgio Camargo diz:
"Tem gente vazando informações aqui para a mídia, vazando para uma mãe de santo, uma filha da puta macumbeira, uma tal de mãe Baiana, que ficava aqui infernizando a vida de todo mundo. [...] Não vai ter nada para terreiro na Palmares, enquanto eu estiver aqui dentro. Nada. Zero. Macumbeiro não vai ter nem um centavo[...]”
Em razão dessas declarações, a Defensoria Pública da União também entrou com um recurso no Superior Tribunal de Justiça para retirar Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares. O pedido ainda não foi julgado.
A Mãe Baiana citada por Camargo no áudio é Adna Santos, que atuou na Fundação Palmares entre 2014 e 2019 e atualmente é Coordenadora de Políticas de Promoção e Proteção da Diversidade Religiosa do governo do Distrito Federal.
Após a divulgação do áudio, Adna registrou ocorrência na Polícia Civilpor injúria racial, discriminação racial e discriminação religiosa.
“O que o presidente da Palmares fez foi injúria, racismo religioso. [É mais chocante] ainda vindo dele, que está à frente de uma organização importante para o país e por ele ser um homem preto. Partir dele essa agressão contra uma mulher também preta, isso me entristeceu muito", disse Adna Santos ao G1 nesta quinta.
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Improbidade administrativa
O MPF no Distrito Federal também recebeu, nesta quinta (4), pedido de abertura de inquérito contra Sérgio Camargo por improbidade administrativa.
No ofício, o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, afirma que a conduta do presidente da Fundação Palmares na reunião, explicitada no áudio, revela "possível desvio de poder". Esse pedido ainda está em análise.
Além de criticar o movimento negro, Camargo afirma na gravação que vai exonerar servidores que não concordarem com a postura à frente da pasta. O trecho é citado no pedido de inquérito.

Histórico
A nomeação de Sérgio Camargo para a presidência da Fundação Cultural Palmares foi oficializada em 27 de novembro de 2019 e gerou uma série de críticas e indignação.
Numa publicação antes de ser nomeado para o cargo, o jornalista classificou o racismo no Brasil como "nutella". "Racismo real existe nos Estados Unidos. A negrada daqui reclama porque é imbecil e desinformada pela esquerda", afirmou.
Ele também postou, em agosto de 2019, que "a escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes". "Negros do Brasil vivem melhor que os negros da África", completava a publicação
Sobre o Dia da Consciência Negra, Sérgio Camargo afirmou que o "feriado precisa ser abolido nacionalmente por decreto presidencial". Ele disse que a data "causa incalculáveis perdas à economia do país, em nome de um falso herói dos negros (Zumbi dos Palmares, que escravizava negros) e de uma agenda política que alimenta o revanchismo histórico e doutrina o negro no vitimismo".
Sérgio publicou uma mensagem numa rede social na qual disse que "sente vergonha e asco da negrada militante". "Às vezes, [sinto] pena. Se acham revolucionários, mas não passam de escravos da esquerda", escreveu.
Em 13 de maio, aniversário da Lei Áurea, Sérgio Camargo publicou artigos depreciativos a Zumbi no site oficial da instituição. Em redes sociais, disse que Zumbi é "herói da esquerda racialista; não do povo brasileiro. Repudiamos Zumbi!".
O MP apontou improbidade administrativa nos posts com críticas a Zumbi. O caso também é analisado pela Procuradoria da República no DF.

O que diz a Fundação Palmares
Veja, abaixo, nota enviada pela Fundação Cultural Palmares sobre o áudio da reunião:
O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Sérgio Camargo, lamenta a gravação ilegal de uma reunião interna e privada. Assim, reitera que a Fundação, em sintonia com o Governo Federal, está sob um novo modelo de comando, este mais eficiente, transparente, voltado para a população e não apenas para determinados grupos que, ao se autointitularem representantes de toda a população negra, histórica e deliberadamente se beneficiaram do dinheiro público.
Infelizmente ainda existem, na gestão pública, pessoas que não assimilaram esta mudança e tentam desconstruir o trabalho sério que está sendo desenvolvido. Seguimos firmes em prol do Brasil e dos brasileiros! (Sérgio Camargo).
Fundação Cultural Palmares
FONTE: G1

ESCÂNDALO!!!!!!!


DAMARES ASSINOU PORTARIA QUE ANULA DE FORMA ARBITRÁRIA DIVERSAS ANISTIAS DADAS À PERSEGUIDOS POLÍTICOS! Quase 300 pessoas foram alvo da ministra. Que critério foi realizado? Quais dados a ministra se debruçou? Muito estranho!
Isso precisa ser denunciado!

Fonte: Jandira Feghali via twitter

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Governo Bolsonaro pagou anúncios em sites de pornografia e fake news, diz CPI


CPMI das Fake News divulgou nesta quarta-feira (3) um relatório com informações obtidas junto à Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), que mostra os canais pelos quais os anúncios do Governo Federal, contratados por meio da plataforma Google Adwords, foram exibidos entre 06 de junho e 13 de julho de 2019. Somente sites, aplicativos de telefone celular e canais de YouTube que veiculam notícias falsas, ofertas de investimentos ilegais e aplicativos com conteúdo pornográfico, receberam mais de dois milhões de anúncios.
> Confira aqui a íntegra do relatório.
No período, 65.533 canais de internet receberam anúncios do Governo Federal. Esses canais são divididos em três categorias: sites (4.018 canais); aplicativos para celular (13.704 canais) e canais do YouTube (47.811 canais). No total, foram realizadas, nesses canais e nesse período, mais de 47 milhões de anúncios do governo Bolsonaro.
O site que mais recebeu publicidade foi o portal Resultados Jogo do Bicho (319.082 impressões). Sites de notícias falsas também atraíram um grande número de impressões de anúncios do Governo Federal. Um dos campeões de veiculação, com 66.431 impressões, foi o “Sempre Questione”. O portal traz  textos sobre múmias alienígenas escondidas em pirâmides do Egito, colisores de átomos que abrem portais para o inferno e baleias encontradas em fazendas a centenas de quilômetros do litoral.
Outro dado revelado pela CPMI foi a existência de canais dedicados a promover a imagem do Presidente da República entre os anunciantes do Governo Federal, como “Bolsonaro TV”e os aplicativos para celular “Brazilian Trump”, “Top Bolsonaro Wallpapers” e “Presidente Jair Bolsonaro”.
Também foram registradas impressões publicitárias em canais que compartilham conteúdo sexual, que desrespeitam os direitos de autor ou de transmissão, que divulgam ofertas ilegais de investimento ou que pertencem a titulares de cargos eletivos. “Além desses, há um número
considerável de canais de YouTube removidos por descumprimento das regras da plataforma que figura entre as plataformas receptoras de anúncios do governo federal”, aponta o relatório.
Nesta análise também foi possível comprovar a existência de inserção de publicidade em sites de notícias falsas, incluindo diversos que já vêm sendo monitorados pela CPMI. Destaquem-se, por exemplo, os sites Jornal 21 Brasil (84.248 impressões), Imprensa Viva (65.661 impressões), Gospel Prime (44.750), Diário do Brasil (36.551 impressões) e Jornal da Cidade Online (30.508 impressões.
O canal de YouTube Terça Livre TV, pertencente a Allan dos Santos, investigado no inquérito das Fake News, integra a lista de veículos que receberam publicidade oficial, com 1.447 impressões. Os dados disponibilizados pela Secretaria demonstram que o canal recebeu verbas de
publicidade do Governo Federal, por meio do programa Google Adsense.
Público errado
Além de divulgar publicidade em sites inadequados, os dados apontam que campanhas como a da Nova Previdência foram veiculadas em sites infantis, fugindo do público-alvo. Dos 20 canais de YouTube que mais veicularam impressões da campanha da Nova Previdência no período analisado, 14 são primordialmente destinados ao público infanto-juvenil. Um deles, o Get Movies, não apenas é destinado ao público infantil como também tem 100% do seu conteúdo em
russo. Ainda assim, veiculou 101.532 impressões da campanha publicitária da Nova Previdência.
Juntos, esses 14 canais infanto-juvenis concentraram 2.392.556 das 12.026.980 impressões da campanha da Nova Previdência veiculadas no YouTube entre 06 de junho e 13 de julho de 2019
(19,89% de todos os anúncios veiculados no YouTube nesse período). A tabela 3 traz os 20 canais com maior número de impressões da campanha da reforma da previdência.
“A utilização do programa Google Adsense pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República gerou várias incorreções na condução da política de publicidade oficial da Presidência da República”, aponta o relatório. A utilização Google Adsense, continua o texto, gerou “graves problemas de falta de transparência na condução da política de comunicação do Governo Federal. Ao contrário do que ocorre nas outras modalidades de publicidade, há pouco controle sobre os reais fornecedores do espaço publicitário, já que o sistema da Secom identifica todos os anúncios publicados na rubrica ‘Google Adsense’, sem identificação dos veículos anunciantes. Além disso, é muito difícil ou mesmo impossível identificar os proprietários da maior parte dos canais que recebem anúncios do Governo Federal por meio do Google Adsense, algo que põe em risco a avaliação do cumprimento dos requisitos legais necessários para que
uma entidade se habilite como fornecedor de um produto ou um serviço ao Poder Público.”
Posicionamento Google
No fim da tarde, o Google se manifestou por meio de nota e afirmou que tem ajudado parceiros do setor privado e do setor público a usar a publicidade digital para levar suas mensagens a milhões de brasileiros de modo eficiente, com escala e alcance.
“Temos políticas contra conteúdo enganoso em nossas plataformas e trabalhamos para destacar conteúdo de fontes confiáveis. Agimos rapidamente quando identificamos ou recebemos denúncia de que um site ou vídeo viola nossas políticas.
Entendemos que os anunciantes podem não desejar seus anúncios atrelados a determinados conteúdos, mesmo quando eles não violam nossas políticas, e nossas plataformas oferecem controles robustos que permitem o bloqueio de categorias de assuntos e sites específicos, além de gerarem relatórios em tempo real sobre onde os anúncios foram exibidos.
Cientes do dinamismo do ecossistema digital, também trabalhamos no aperfeiçoamento de nossas plataformas para oferecer os melhores resultados possíveis para nossos parceiros. Preservar a confiança no ambiente de publicidade digital é uma prioridade.
Agimos diariamente para minimizar conteúdos que violam nossas políticas e impedir a ação de pessoas mal-intencionadas em nossa rede. Somente em 2019, conforme nosso mais recente relatório de transparência, encerramos mais de 1,2 milhão de contas de publishers e retiramos anúncios de mais de 21 milhões de páginas, que faziam parte de nossa rede, por violação de políticas.” 
FONTE CONGRESSO EM FOCO