“Qualquer proposta
democrática encampada por FHC perde completamente o sentido. Bolsonaro e FHC
são parte do mesmo processo. Um é a consequência do outro”, diz o jornalista
Leonardo Attuch, editor do 247"
Quem liderou a
conspiração contra a ex-presidente Dilma Rousseff: Fernando Henrique Cardoso ou
Jair Bolsonaro? Quem ajudou a criar o ambiente político e midiático pela
cassação dos direitos políticos do ex-presidente Lula: FHC ou Bolsonaro? Quem
montou a agenda econômica da “ponte para o futuro”: FHC ou Bolsonaro? Quem
indicou Pedro Parente para a presidência da Petrobrás, iniciando o processo de
desmonte da estatal: FHC ou Bolsonaro?
A resposta para todas essas questões é a opção A. Depois de quatro
derrotas consecutivas em eleições presidenciais, duas para Lula e duas para
Dilma, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que é quem organiza o
discurso e as ações da oligarquia nacional, liberou seu peão Aécio Neves para
desestabilizar a democracia brasileira, em aliança com o deputado Eduardo
Cunha. Os resultados são conhecidos: quatro anos de estagnação econômica e a
destruição da imagem internacional do Brasil.
Não surpreende,
portanto, que FHC tenha feito na noite de ontem, em entrevista à CNN, mais uma
defesa do “Fica, Bolsonaro”. Mais do que isso, ele também admitiu ter anulado o
voto em 2018, dando cobertura emocional e ideológica para todos aqueles que,
entre um professor universitário e um extremista de direita, optaram pela
segunda opção.
Na prática, FHC é o
verdadeiro pai do bolsonarismo, porque foi ele quem liderou a quebra do pacto
democrático de 1988. Por isso, qualquer proposta democrática encampada por FHC
perde completamente o sentido. Bolsonaro e FHC são parte do mesmo processo. Um
é a consequência do outro.
FONTE: 247
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