- Temos denunciado que há toda uma central de calúnias nos subterrâneos da campanha. Até DVDs e CDs têm sido distribuídos. Por isso, nós pedimos a instauração de dois inquéritos - disse um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff, o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT).
Um desses inquéritos pede a a apuração da impressão e distribuição dos panfletos, e o outro solicita a investigação de denúncia publicada nos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, de que estaria sendo feita uma campanha via telemarketing focada em eleitores de Marina Silva (PV), terceira colocada na disputa presidencial, com denúncias que o PT diz serem caluniosas contra Dilma Rousseff.
O PT denunciou que a sócia da gráfica Pana Ltda, onde os panfletos foram impressos, Arlety Satiko Kobayashi, é filiada desde 1991 ao PSDB e irmã do coordenador de infraestrutrura de campanha de José Serra (PSDB), Sérgio Kobayashi. O PT também afirma que o pai de outro sócio da gráfica, Paulo Ogawa, teria sido nomeado em 2000 como assessor do então ministro da Saúde, José Serra.
- Há indícios veementes de que esses panfletos podem ter sido produzidos pelos adversários. A central de boatos parece que agora aponta para quem é o autor - disse Cardozo. Segundo o deputado petista, a CNBB, através do bispo de Franca d. Luiz Stringhini, teria negado a autoria dos panfletos, que carregam a logomarca da instituição. O bispo teria conversado com o PT.
- Os panfletos não têm as formalidades exigidas pela legislação. É algo que nos parece manifestamente ilegal. Quem tem recursos para pagar uma campanha cara como essa? - questionou Cardozo, destacando que seria necessário uma logística grande para distribuir os 20 milhões de panfletos. - Quem quer fazer acusações (contidas nos panfletos) tem de fazer à luz do dia, para poder enfrentar as respostas à luz do dia - disse o deputado.
Agência O Globo
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