Temer quer o trabalhador brasileiro entre os mais pobres e
explorados do mundo
Para quem não acreditava que o golpe foi contra os trabalhadores
e contra o Brasil, o projeto de reforma trabalhista não deixa dúvida. O
objetivo desta reforma é promover uma completa flexibilização do mercado de
trabalho, acabando com direitos que hoje estão garantidos em lei e que foram
conquistados à custa de muitas lutas.
O projeto de lei propõe, de uma só vez:
- trocar o emprego “fixo”pelo “bico”,
- impedir os trabalhadores de recorrerem à Justiça do Trabalho
- e enfraquecer e matar os sindicatos.
A intenção é eliminar o emprego formal com registro em carteira,
substituindo-o por contrato precário, por prazo determinado, sem
benefícios, jornadas de trabalho maiores do que 44 horas semanais, sem direito
a hora extra, sem férias e sem descanso semanal remunerado.
Em algum tempo, os postos de trabalho atuais serão substituídos
por vagas de emprego precário, terceirizado, temporário e em tempo parcial, com
baixos salários e direitos reduzidos. Serão substituídos também por contratos
de trabalho intermitente, sem jornada definida, no qual o trabalhador recebe
apenas o pagamento pelas horas trabalhadas, sem saber quando e por quanto tempo
vai trabalhar, nem quanto vai receber no final do mês. O empregado fica a
maior parte do seu tempo à disposição do patrão, mas só recebe pelas horas
efetivamente trabalhadas.
Se essa reforma de trabalho servil for aprovada, o povo
brasileiro ficará sujeito às piores condições de trabalho, com baixos salários
e sem benefícios, completamente exposto a exploração dos patrões e a uma vida de
instabilidade e insegurança.
Essa é a cara do trabalho no Brasil, que o governo Temer e o
Congresso querem impor aos trabalhadores e à sociedade. Esse será o triste
futuro dos nossos filhos e netos num país de enorme desigualdade social e sem
sindicatos para defendê-los.
Por isso que o Brasil está se mobilizando para a Greve Geral no
dia 28 de abril
Vagner Freitas Presidente da CUT
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