domingo, 24 de maio de 2015

UFRN promove II Colóquio Sociedade, Direitos e Justiça Cognitiva

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Grupo de Pesquisa Cultura, Política e Educação, em conjunto com o Observatório Boa-Ventura de Estudos Sociais (OBES), realizam o II Colóquio Internacional Sociedade, Direitos e Justiça Cognitiva de 27 a 30 de maio. O evento é organizado em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES) e conta com o apoio do Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN) e do Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).
O objetivo do evento é fortalecer a interação entre as universidades e divulgar a produção acadêmica entre pesquisadores, instituições envolvidas e demais centros de ensino superior. De acordo com a professora Vânia Gico, coordenadora do Observatório Boa-Ventura de Estudos Sociais da UFRN, o evento cria novas oportunidades de investigação em eixos temáticos transdisciplinares, além de possibilitar novos intercâmbios e acordos  para  estágios em outros centros. 

Nos dias 27, 28 e 29, as atividades se concentram no Campus da UFRN, e no dia 30 ocorrem nos Campus do UNI-RN e da UFERSA. A programação conta com oficinas, grupos de trabalho temáticos, mesas-redondas, palestras e apresentação de comunicações de artigos científicos que comporão um dossiê temático para a Revista CRONOS do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN. Entre os palestrantes estão os professores José Manuel Pureza, João Paulo Dias e Élida Lauris, todos da Universidade de Coimbra.

Aberto tanto ao público interno como ao externo à universidade, o evento já recebe, gratuitamente, inscrições pelo Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA). No entanto, interessados em participar do colóquio que não tenham vínculo com a UFRN devem solicitar inscrição pelo seguinte e-mail: 2coloquiobesufrn@gmail.com.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Simpósio Multidisciplinar sobre o Amor começa no próximo dia 25

O Simpósio Multidisciplinar sobre o Amor, evento pelo promovido pelo Departamento de Filosofia da UFRN, compeça no próximo dia 25 e segue até 29 de maio. Sob o tema “Amor e Tempo”, o evento integra a XXV Semana de Filosofia e acontece nos auditórios do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) e da Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM).

A iniciativa tem como proposta aproximar os departamentos do CCHLA em torno de questões atuais e pertinentes à sociedade contemporânea que estão além das diferenças disciplinares e metodológicas, promovendo o diálogo entre os pesquisadores de Humanidades. 

O evento consistirá de minicursos, GTs e oficinas com 16 professores de diversas universidades brasileiras. Entre os convidados estão Tito Palmeiro (PUC-RIO) e Jair Barboza (UFSC), tradutores respectivamente de obras de Foucault e Schopenhauer. Além de Maria de Lourdes Borges (UFSC), presidente da Sociedade Kant Brasileira. 

Outro destaque é o GT Amor, Tempo e Literatura, coordenado pela professora Ilza Matias (UFRN), voltado para as interfaces entre filosofia e artes.

Para participar do evento não é necessária inscrição prévia, pois o certificado será obtido com a assinatura da lista de frequência. O evento acontecerá sempre à tarde e  a programação pode ser consultada no SIGAA.

Outrasinformações:http://www.cchla.ufrn.br/ppgfil/PDF/Amor%20XXV%20Semana%20de%20Filosofia%20-%20terceira%20chamada.pdf.

Departamento de Antropologia comemora Dia do Cigano

Em comemoração ao Dia Nacional do Cigano, o Departamento de Antropologia (DAN), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), realiza o projeto de extensão “Narrativas, Memórias e Itinerários”. O evento acontece na sexta-feira, dia 22, a partir das 9h, no Centro de Convivência do Campus.
Sob a coordenação da professora Lisabete Coradine, do DAN, o encontro pretende reunir lideranças ciganas, gestores públicos, professores, pesquisadores e alunos para um momento de debate e reflexão sobre a invisibilidade e resistência cigana no estado.
Para os interessados, as inscrições são abertas ao público e acontecem por meio do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), no menu “Extensão”.

Dia nacional
O Dia Nacional do Cigano é comemorado oficialmente no Brasil no dia 24 de maio, data dedicada à Santa Sara Kali, padroeira dos povos ciganos. Não obstante a importância da data, ainda são escassas as políticas públicas de integração do povo cigano, persistindo grande parcela sem contar com ações em favor de registro civil, saúde e educação.

sábado, 16 de maio de 2015

"Se Brasil abrir pré-sal para estrangeiras, adeus royalties para educação e saúde"

Para diretor de relações internacionais da Federação Única dos Petroleiros, é só na mão da Petrobras que o desenvolvimento, segurança ambiental e  energética serão garantidos.
09/05/2015

Por Conceição Lemes
Do Viomundo

Em entrevista no último domingo, 2 de maio, o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM), durante entrevista realizada antes da Offshore Technology Conference, em Houston, nos Estados Unidos, deixou abertas duas portas perigosas. Acenou com mudanças no marco regulatório do pré-sal e abrandamento da norma de conteúdo local, que determina à Petrobras a compra preferencial de equipamentos e serviços de origem nacional.
Verdadeira sinfonia para os ouvidos das grandes petroleiras estrangeiras, como Shell, ExxonMobil, Chevron, BP e Total.
Até agora, Eduardo Braga não desmentiu a entrevista, que saiu em vários veículos da mídia brasileira.
Para João Antônio de Moraes, diretor de relações internacionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP), é muito grave a declaração de Braga nos EUA.
“Onde já se viu abordar uma questão estratégica para o Brasil, fora do Brasil, num lugar onde a disputa pelo petróleo é gigantesca?”, critica. “Se já está havendo pressão sobre o Congresso Nacional para flexibilizar a partilha, com essa declaração absurda, a tendência é que a pressão só aumente.”
Nota da FUP (na íntegra, abaixo) publicada nessa quinta-feira (7) lembra: “Só o PSDB já tem três projetos em andamento no Congresso para alterar o modelo de partilha e retirar da estatal o papel de operadora única”.
Têm projetos para abrir o pré-sal às petroleiras internacionais os senadores tucanos José Serra, Aloysio Nunes e o deputado federal Jutahy Júnior. O deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) também projeto nessa linha.
Moraes adverte: “Flexibilizar a partilha, não garantir a Petrobras como operadora única do pré-sal e abrandar a exigência de conteúdo local, como prega o ministro, significam abrir as portas para o Brasil ser saqueado novamente nos seus recursos naturais por interesses externos como já aconteceu ao longo da história, com o pau-brasil, o ouro, por exemplo”.
Ele enfatiza: “A operação só nas mãos da Petrobras nos garante desenvolvimento, segurança ambiental e segurança energética. Essas três coisas ficariam fragilizadas se empresas estrangeiras entrarem na operação”.
Ele denuncia: “Se o Brasil abrir a operação para as petroleiras estrangeiras, podemos dizer adeus aos royalties do petróleo para Educação e Saúde. No mundo inteiro, a história das petroleiras é uma história de não cumprimento da destinação social das riquezas”.
Segue a íntegra da nossa entrevista.
Viomundo — O que achou da declaração do ministro Eduardo Braga nos EUA?
João Moraes – Muito grave. Onde já se viu abordar uma questão estratégica para o Brasil, fora do Brasil, num país onde a disputa pelo petróleo é gigantesca? Se já está havendo pressão sobre o Congresso Nacional para flexibilizar a partilha, com essa declaração absurda, a tendência é que a pressão só aumente. Lembre-se de que há no Congresso vários projetos de tucanos que visam justamente flexibilizar o modelo de partilha no pré-sal.
Viomundo – O que acontece se o Brasil alterar o modelo?
João Moraes — Flexibilizar a partilha, não garantir a Petrobras como operadora única do pré-sal e abrandar a exigência de conteúdo local significam abrir as portas do Brasil para que seja saqueado novamente nos seus recursos naturais por interesses externos, como já foi ao longo da história, com o pau-brasil, o ouro, por exemplo.
Definitivamente, se o povo brasileiro não garantir esses três sustentáculos do modelo brasileiro, o ciclo econômico do petróleo vai repetir o que já aconteceu em outros ciclos econômicos. Vai embora o recurso natural, não fica o desenvolvimento aqui. Então, nós temos de realmente nos mobilizar para impedir que iniciativas para alterar o modelo de partilha  tenham sucesso.
Viomundo –  Em que setor do pré-sal as petroleiras internacionais podem atuar?
João Moraes – O modelo de partilha permite que elas invistam junto com a Petrobras. Foi o que aconteceu no campo de Libra, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro. Em Libra, a Petrobras ficou com 40% dos investimentos,  os europeus (Total e Elf), também com 40%, e os chineses com 20%.
Na verdade, o modelo de partilha só não permite atuar na operação. A declaração do ministro toca justamente nesse ponto. A declaração dele e os projetos dos tucanos no Congresso Nacional vão todos no mesmo sentido: o de abrir a operação do pré-sal para as petroleiras estrangeiras. Em resumo, é isso que eles e elas querem.
Viomundo – Qual o mérito da partilha?
João Moraes – As empresas estrangeiras podem investir junto com a Petrobras, mas quem vai operar é a Petrobras.
Viomundo — O que significa operar?
João Moraes – É a Petrobras que vai pegar esses investimentos, comprar os equipamentos, desenvolver os projetos e o mais importante –  depois vai controlar a produção de petróleo. A Petrobras é que vai dizer se vai vai produzir 100 mil, 200 mil, 300 mil barris.
Viomundo — Com isso o que o Brasil tem a lucrar?
João Moraes – Primeiro, a garantia do conteúdo local, porque as empresas estrangerias não estão cumprindo o conteúdo local nas áreas em que atuam.
Viomundo – Não estão cumprindo?!
João Moraes – Não. Elas encontram um monte de subterfúgios para não comprar aqui.  A Shell, por exemplo, é a segunda produtora no Brasil. Ela tem ativos importantes nas áreas já licitadas do pré-sal. Mas a Shell não tem nenhuma plataforma encomendada aos estaleiros brasileiros.
Se flexibilizar o pré-sal vai acontecer o que já acontece com áreas licitadas antes da lei da partilha.As petroleiras estrangeiras não cumprem o conteúdo local. Não cumprindo o conteúdo local, elas não geram emprego aqui, não geram renda aqui, não geram desenvolvimento aqui. Essa é uma etapa importante do ponto de vista do desenvolvimento.
Viomundo – O que Brasil tem a ganhar mais com o modelo de partilha?
João Moraes — Soberania energética e meio ambiente. Por que aconteceu aquele acidente importante da Chevron, no Campo de Frade, em 2012? Por que a Chevron avançou na produção além do que podia e dos equipamentos que detinha. Isso causou uma fratura no subsolo do oceano, provocando dano ambiental muito grande.
Viomundo – Mas a Petrobras não está livre de produzir danos ambientais.
João Moraes – Não está. Nenhuma petroleira está livre disso. Mas os mecanismos de pressão do povo brasileiro sobre a Petrobras são muito maiores do que sobre as petroleiras estrangeiras.  Então, a Petrobras como operadora única nos dá uma garantia ambiental muito maior do que as estrangeiras.
Viomundo – O que mais o Brasil tem a lucrar mais com a partilha?
João Moraes – Impedir a produção predatória. Qual é o grande dilema que a Argentina vive hoje em dia? A Argentina privatizou a YPF. A  maior empresa que assumiu foi a Repsol espanhola. A Repsol começou a ter produção predatória , não investiu em desenvolvimento de novas reservas nem em novas tecnologias.  Resultado: hoje  a Argentina é dependente da  importação de petróleo e gás.
Viomundo — Por quê?
João Moraes — Justamente porque não era uma empresa estatal nacional que detinha a operação. Então esse é outro aspecto muito negativo dos projetos dos tucanos que estão no Congresso e buscam garantir a entrada de estrangeiras na operação.
A operação só nas mãos da Petrobras nos garante desenvolvimento, segurança ambiental e segurança energética. Essas três coisas ficariam fragilizadas se empresas estrangeiras entrarem na operação.
Viomundo – Pela lei da partilha foi criado um fundo social – o Fundo Social Soberano – que prevê a destinação dos royalties para Educação e Saúde. As petroleiras estrangeiras fariam isso?
João Moraes – De jeito nenhum. A história das petroleiras no mundo é uma história de não cumprimento da destinação social das riquezas. Então, essa batalha importante que tivemos para garantir os royalties para Educação e Saúde vai  para o espaço se a operação do pré-sal for aberta para as empresas estrangeiras. Portanto, é muito ruim se acontecer isso que o ministro Eduardo Braga disse.
Viomundo – Nos últimos meses, estamos assistindo ao acirramento na disputa do petróleo brasileiro. Teria a ver com as denúncias da Lava Jato?
João Moraes – Tudo isso é fruto da campanha de desmoralização da Petrobras desenvolvida pela grande imprensa nos últimos meses. Não tem a ver com corrupção. É uma campanha antinacional. É uma campanha antipatriótica como se as nossas grandes redes de comunicação fossem de outros países e estivessem fazendo aqui uma campanha de interesse delas.
Portanto, é um absurdo sem tamanho, nessa conjuntura, um ministro de Estado ir lá fora e dar uma declaração tenebrosa como a que deu.
Mesmo que o governo tivesse a intenção, o ministro não poderia fazer essa declaração. Porque ao fazê-lo, se um dia isso vier acontecer,  a Petrobras vai estar com o preço rebaixado.
Olhando pela lógica do capital, mesmo que fosse uma decisão de governo fazer isso – o que eu não acredito que seja –, ele não poderia declarar isso no exterior. Realmente um despreparo, um absurdo.  É um negócio descabido.
Viomundo – A FUP pretende fazer algo em relação a isso?
João Moraes — A direção da FUP está reunida, aqui, em Curitiba, nesta quinta e sexta em Curitiba, onde vamos discutir o assunto. Nós trouxemos a nossa reunião mensal para cá como forma de darmos a nossa solidariedade.  Na quarta-feira, inclusive, participamos de atos de solidariedade aos professores.
Mas, desde já, a sociedade tem de estar ciente. Se houver flexibilização no modelo de partilha do pré-sal, o povo brasileiro pode dizer adeus ao Fundo Social e ao uso dos seus recursos para a Educação e Saúde. 
Tirem as mãos do que é nosso!
Em vez de fortalecer a Petrobrás, ministro de Minas e Energia quer flexibilizar partilha
Enquanto a Petrobrás recebia o prêmio OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions, o maior reconhecimento de uma operadora offshore por tecnologias desenvolvidas e desafios vencidos, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, pregava publicamente a redução da participação da estatal na exploração do pré-sal.
Em entrevista coletiva aos jornalistas que cobriam o evento em Houston (EUA), o ministro do PMDB não mediu palavras e anunciou que o Congresso (onde seu partido comanda a Câmara e o Senado) está aberto a alterar o modelo de partilha.
“O que se discute é a obrigatoriedade da operação. Defendo que a Petrobrás tenha direito à recusa”, declarou, alegando que a empresa não tem condições hoje de “alavancar os investimentos que a economia brasileira necessita”.
Na mesma linha foi a diretora geral da ANP, Magda Chambriard, que também participou da feira de petróleo em Houston e defendeu “uma flexibilização muito bem calibrada” da lei do pré-sal, com vistas aos leilões futuros.
Declarações deste tipo reforçam e alimentam os ataques da oposição contra a Petrobrás. Só o PSDB já tem três projetos em andamento no Congresso para alterar o modelo de partilha e retirar da estatal o papel de operadora única.
A defesa intransigente da soberania é um compromisso que deve ser honrado por um governo eleito pelos trabalhadores. A hora é de fortalecer a Petrobrás para que siga avançando na exploração do pré-sal, cuja riqueza deve ser servir ao povo brasileiro e não às multinacionais.
Fonte: Jornal de Fato

Governo do estado abre rombo no fundo de pensão da previdência do RN

Em apenas cinco meses à frente do governo, a gestão Robinson Faria já abriu um rombo de meio bilhão de reais na previdência estadual.
Agora, o governo do estado tem até dezembro de 2018 para repor o montante retirado do fundo de pensão.
Ao todo foram retirados:
234 milhões em Dezembro
90 milhões em Janeiro
43 milhões em  Fevereiro
65 milhões em Março
83 milhões em Abril
Os saques, que foram efetuados a partir  do aval da Assembleia Legislativa, colocam em risco as pensões e aposentadorias presentes e futuras dos servidores estaduais.
Em entrevista veiculada no Extra Classe TV no último dia 26 de abril, a Coordenadora Geral do SINTE/RN, Fátima Cardoso, já denunciava a ameaça que os saques representam. Para o Sindicato, é necessária além da interrupção dos saques a devolução imediata do dinheiro retirado.

O SINTE também não admite a possibilidade de privatização da previdência a partir da criação de um regime de sistema complementar.
Fonte: SINTE/RN