quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Governo do Estado anuncia atraso no pagamento de parte dos servidores

O Governo do Estado anunciou, em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (26) o novo calendário de pagamento para o mês de setembro. A justificativa é a dificuldade de completar o dinheiro para pagamento da folha deste mês.
No dia 30 de setembro, 92% dos servidores receberão o pagamento, entre eles os que prestam serviço para a Educação, Saúde, Segurança, UERN, Defensoria, Detran, Ipern, Idema e Jucern, independente do valor da remuneração, e os demais que recebem o salário líquido de até R$ 3 mil. Já os 8% restantes, que recebem acima de R$ 3 mil, só serão pagos no dia 10 de outubro.
Durante o encontro, o secretário de Finanças, Obery Rodrigues, de Comunicação, Paulo Araújo, o consultor-geral, José Marcelo Ferreira, o controlador-geral, José Anselmo de Carvalho e o presidente do Ipern, José Marlúcio, apresentaram a receita do Estado e relataram as dificuldades no pagamento. Segundo eles, já está sendo um esforço para normalizar o pagamento a partir de outubro.

RN QUEBRADO: SERVIDORES DO ESTADO TEMEM ATRASO NO PAGAMENTO PROGRAMADO PARA COMEÇAR NESTA SEXTA-FEIRA (27).

A crise financeira enfrentada pelo Rio Grande do Norte tem tirado o sono dos servidores estaduais. Devido às alegações da governadora Rosalba Ciarlini de que o RN vem sofrendo com frustração de receita, a quantidade de especulações sobre a suspensão nos pagamentos da folha de pessoal aumenta vertiginosamente a cada dia. A mais recente dessas especulações dá conta de que o pagamento dos salários de todos os servidores, originalmente programado para esta sexta-feira(27) para os que recebem no primeiro dia, não seria efetivado. Há especulações na imprensa, que o pagamento não será realizado.
O Secretario de Estado da Administração e dos Recursos Humanos, Álber Nóbrega 

foi procurado pelo Jornal de Hoje, para esclarecer o assunto, mas funcionários da pasta afirmaram que o secretário estaria de férias, informação desmentida pela assessoria de comunicação do governo. 
Diversas entidades classistas se pronunciaram sobre essa possível falta de pagamento por parte do Governo do Estado ventilada na manhã de hoje (26). A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN), Fátima Cardoso, conta que, caso se confirme, esse atraso não passa de uma manobra da Governadora com o intuito de chantagear emocionalmente a população do Estado. “Rosalba está indo no mesmo caminho de Micarla, ou seja, direto para o buraco. O problema é puramente administrativo. Os recursos têm entrado normalmente, ela é que não tem capacidade para gerir o Rio Grande do Norte. Se até o dinheiro do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] foi depositado, o que ela vai alegar para não honrar os compromissos conosco?”, questiona.
Já Simone Dutra, representante do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde/RN), ameaça paralisação, caso as especulações se confirmem. “Se o pagamento não for feito, a classe vai parar. Temos, inclusive, uma assembleia amanhã, às 9h. O sinal de alerta está ligado”, ameaça Dutra. Já Djair Oliveira, da Polícia Civil – que já está em greve – denuncia a incoerência da atual gestão. “Tudo isso é uma grande estratégia de Rosalba Ciarlini para passar a imagem de que não tem dinheiro, mas nós sabemos que a arrecadação no Estado segue normal. Tem recurso sim, o dinheiro está entrando, o que falta é gestão”, dispara.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Aurora libertária

Um certo anarquismo surge no século XXI e remete ao movimento das primeiras grandes greves operárias
Em pleno século XXI há um ressurgir do anarquismo (não do anarquismo clássico). Valores libertários inspiram a Primavera Árabe, os movimentos dos indignados e as ocupações de espaços públicos e privados.  As críticas se voltam basicamente contra dois alvos: por um lado, a globalização neoliberal, a ganância e a insensibilidade das grandes corporações diante da fome e da miséria de milhões de pessoas. Por outro lado, mas complementarmente, os manifestantes, jovens em sua considerável maioria, criticam e rejeitam sistemas político-partidários e instituições ineficientes, insensíveis às necessidades e demandas populares e muitas vezes repressoras e corruptas. Eles direcionam essa luta na ação direta nas ruas e praças públicas, não para o campo da política institucional. Um dos cartazes presentes nas recentes manifestações do quente “Inverno Brasileiro”, que é “Os partidos não nos representam”, talvez sintetize o tremendo desgaste do sistema político-institucional brasileiro e signifique uma reafirmação dos valores essenciais do anarquismo: liberdade e igualdade, fraternidade e solidariedade.

Socialismo libertário

Para entender melhor  os dias de hoje, retomamos a história do anarquismo. De acordo com Mikhail Bakunin, um dos mais importantes pensadores e militantes da história do anarquismo, “socialismo sem liberdade é tirania e opressão; liberdade sem socialismo é privilégio e injustiça”. Essa frase sintetiza o essencial da teoria e da tradição anarquistas: a crítica radical tanto ao capitalismo quanto ao socialismo autoritário, e a luta permanente pela construção do socialismo sem abrir mão da liberdade, ao contrário, enfatizando a dimensão da autonomia individual. Daí os anarquistas sempre terem se caracterizado – e continuam hoje a se designar – como socialistas libertários.

Embora a luta pela liberdade remeta aos primórdios da história humana, o anarquismo, enquanto movimento social e político, começa a se constituir a partir de meados do século XIX, através de um conjunto de ideias e ações, de livros, periódicos e outras publicações que denunciam as mazelas sociais decorrentes do capitalismo e já esboçam propostas no sentido da construção de uma sociedade alternativa, a partir de valores do Iluminismo e da Revolução Francesa: liberdade, igualdade, fraternidade, solidariedade.

Londres, então a maior metrópole capitalista, esfumaçada e populosa, foi descrita pelo poeta inglês Shelley como semelhante ao inferno. Com efeito, a vida do proletariado urbano que vinha se formando com a Revolução Industrial era duríssima: longas jornadas, salários ínfimos, condições de trabalho estafantes e insalubres. Ao longo da primeira metade do século XIX, a indústria e as cidades foram também crescendo e se consolidando em outros países e/ou regiões da Europa. Acompanhando a formação e evolução do capitalismo industrial, vai se evidenciando e agravando a “questão social”. A penúria da nova classe operária, constituída de indivíduos expropriados da possibilidade de produzir de forma autônoma sua subsistência, precisando então se assalariar (se proletarizar) para sobreviver. O “proletário”, etimologicamente, é aquele cuja única riqueza é a sua prole. A propósito, anarquia significa ausência de governo, mas não de ordem ou de organização.

É a partir desse quadro que os trabalhadores urbanos começam a se organizar, a construir uma identidade e uma consciência de classe. Nesse processo, serão inspirados basicamente por duas vertentes do socialismo: o anarquismo e o marxismo.

À medida que se organizam, os operários vão criando associações de classe, sindicatos, fundando e mantendo jornais, revistas, escolas, bibliotecas, grupos de teatro, vão, em suma, construindo uma cultura de classe, uma cultura operária. Na sua luta cotidiana por melhores condições de vida e trabalho, uma reivindicação estratégica surge na Inglaterra e se internacionaliza: a luta pelos “três oitos”: oito horas de trabalho, oito horas de repouso e oito horas de lazer. A origem do dia 1º de maio como Dia Internacional do Trabalho está vinculada a uma greve operária em Chicago, nos Estados Unidos, em 1886, cuja principal reivindicação era a jornada de oito horas. A repressão será feroz e seis militantes anarquistas presos, julgados e executados, vindo a se tornar os “mártires de Chicago”.

O anarquismo no Brasil

Essa reivindicação chega ao Brasil, na virada do século XIX para o XX, juntamente com milhões de imigrantes europeus, que vêm “fazer a América”. Certamente, não apenas a luta pelos “três oitos” chega ao Brasil. O anarquismo, o socialismo reformista, um pouco depois o comunismo (marxista) chegam ao continente americano na bagagem (intelectual) de milhares desses imigrantes, que vêm aqui em busca de condições de vida e trabalho mais dignas. A origem estrangeira do anarquismo levará setores do patronato e membros do aparelho de Estado a qualificarem o socialismo libertário como uma “planta exótica”, que não se adaptaria ao clima brasileiro. A história logo mostraria que patrões e políticos estavam enganados. A “planta exótica” se desenvolveria com vigor.

No Brasil das primeiras décadas do século XX, os trabalhadores viviam também seu “inferno social”. Homens, mulheres e crianças passavam a maior parte de suas vidas no interior de fábricas insalubres e perigosas. As mulheres recebiam salários menores e eram vítimas frequentes de tentativas de abuso sexual. As crianças também sofriam maus-tratos.

Esse era então o campo fértil para o florescimento não só da “planta exótica” do anarquismo, como também do socialismo reformista e, pouco mais tarde, do comunismo. Deve-se acrescentar a esse quadro o fato de que ainda não haviam sido promulgadas no Brasil leis sociais abrangentes, não existia um direito trabalhista. Para atender aos interesses dos agrários, o Estado Republicano há pouco proclamado vai assumir uma feição federativa e liberal (embora não democrática). De acordo com a ortodoxia liberal, o Estado não deve intervir de forma normativa no mundo do trabalho, sendo então a “questão social” remetida para a órbita mercantil, para o âmbito privado, em suma, para o mercado. Ótimo para os patrões, péssimo para os operários. Já havia no Brasil desemprego estrutural, principalmente a partir da chegada, entre 1890 e 1920, de milhões de imigrantes europeus. 

A luta pelos “três oitos” explode no Brasil em várias greves, sendo as mais importantes a de 1903 no Rio de Janeiro, então capital federal, e a de 1907 em São Paulo. Algumas categorias profissionais conquistam a redução da jornada de trabalho. Das correntes político-ideológicas que se propõem a organizar os trabalhadores urbanos no Brasil da Primeira República o anarcossindicalismo será a que conquistará maior apoio e adesão junto à classe operária. Lideranças e militantes anarquistas estarão presentes nas maiores e mais importantes greves operárias do período, algumas envolvendo dezenas de milhares de trabalhadores, especialmente na conjuntura de 1917 a 1920.

Embora não intervenha juridicamente normatizando o mercado de trabalho, diante de greves operárias o Estado Republicano oligárquico intervém duramente, reprimindo manifestações públicas, comícios, passeatas. Prisões, espancamentos, torturas, assassinatos, invasão e fechamento de sedes de sindicatos e de jornais, deportações. A Lei Adolfo Gordo, regulamentada em 1907, viabiliza a deportação de qualquer estrangeiro cuja atividade comprometa “a ordem pública ou a tranquilidade social”. Centenas de militantes serão deportados para a Europa. Em 1924, o governo Bernardes cria a tristemente famosa Colônia da Clevelândia, no Amapá, para onde serão enviados, muitos deles à morte, milhares de brasileiros e estrangeiros, dentre os quais diversos anarquistas. O Estado brasileiro confirma a visão geral que o anarquismo tem do Estado: um mal desnecessário.

Apesar da dura repressão, as greves operárias do fim dos anos 1910 conseguem trazer a “questão social”, pela primeira vez, para as páginas de destaque da grande imprensa da época. Aos poucos, setores do patronato e membros do aparelho de Estado  vão começando a entender a necessidade de legislar em matéria social, de produzir um direito do trabalho. A década de 1920 será então um período de transição entre a vigência anterior da ortodoxia liberal e a posterior construção, nos anos 30 e 40, do trabalhismo varguista, do sindicalismo corporativista (de inspiração fascista), no qual os sindicatos operários perdem sua autonomia e natureza jurídica privada, sendo paulatinamente incorporados à estrutura pública do Estado. O anarquismo vai aos poucos perdendo, não sem resistência, sua inserção sindical.

A “nova aurora libertária” no período de duas décadas da chamada experiência democrática – do golpe que derruba o Estado Novo em 1945 ao golpe que derruba Goulart em 1964 – se limitará aos debates políticos e intelectuais e à organização de atividades culturais. O anarcossindicalismo não conseguirá recuperar seu espaço junto à classe operária.


Por Carlos Augusto Addor, professor do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF) — publicado na edição 79, de setembro de 2013

O Black Bloc está na rua

Nem grupo nem movimento, essa tática de guerrilha urbana anticapitalista pegou carona nos protestos atuais. Como esse fenômeno pode impactar o Brasil
Com um martelo em punho, uma jovem de rosto coberto vestida de preto tenta destruir um Chevrolet Camaro (de 200 mil reais) em uma concessionária na Avenida Rebouças, São Paulo. Outros trajados da mesma forma, paus e pedras nas mãos, estilhaçam a parede de vidro de uma agência bancária. Uma faixa pede a saída do governador Geraldo Alckmin – o A do nome traz o símbolo de anarquia. Até chegarem as bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo da tropa de choque da PM. Sem movimento social ou partido à frente, o protesto reuniu cerca de 200 jovens, deixou lojas pichadas e 20 detidos na terça 30 de julho. Mas as cenas parecem repetidas, a ecoar os eventos que há meses têm chacoalhado o País.

Desde o princípio das manifestações de rua no dia 6 de junho de 2013 em São Paulo contra o aumento nas passagens de ônibus, muito ficou por ser entendido. Seria a carestia a motivação dos protestos que cruzaram a barreira de 1 milhão de pessoas em todo o Brasil ou o esgotamento do sistema político? E os manifestantes, eram jovens anarquistas sem partido ou seriam necessários novos conceitos para dar conta de tantas vozes? De todas as perguntas, a que mais intrigou o País segue sem resposta clara: em meio ao mar de cabeças e punhos em riste, quem eram e o que queriam aqueles jovens de preto dispostos a destruir bancos e lojas e enfrentar a polícia com as próprias mãos?
Black Bloc foi o termo surgido de forma confusa na imprensa nacional. Seriam jovens anarquistas anticapitalistas e antiglobalização, cujo lema passa por destruir a propriedade de grandes corporações e enfrentar a polícia. Nas capas de jornais e na boca dos âncoras televisivos, eram “a minoria baderneira” em meio a “protestos que começaram pacíficos e ordeiros”. Uma abordagem simplista diante de um fenômeno complexo. Além da ameaça à propriedade e às regras do cotidiano (como atrapalhar o trânsito e a visita oficial do papa), as atuações explicitaram a emergência de uma faceta dos movimentos sociais, de cunho anarquista e autonomista, que vão do Movimento Passe Livre (MPL) e outros coletivos até a face extrema dos encapuzados. Corretos ou não, a tática Black Bloc forçou a discussão sobre o uso da desobediência civil e da ação direta, do questionamento da mobilização pelo próprio sistema representativo. Ignorá-los não resolve a questão: o que faz um jovem se juntar a desconhecidos para atacar o patrimônio de empresas privadas sob risco de apanhar da polícia?

“O que nos motiva é a insatisfação com o sistema político e econômico”, diz Roberto (nome fictício), 26 anos e três Black Blocs na bagagem. Ele não se identifica por razões óbvias: o que faz é ilegal. Roberto já havia ido às ruas contra a alta da tarifa, sem depredar nada. Conheceu a tática e decidiu pelas vias de fato. “Nossa sociedade vive permeada por símbolos. Participar de um Black Bloc é fazer uso deles para quebrar preconceitos, não só do alvo atacado, mas da ideia de vandalismo”, diz. As ações de depredação não seriam violentas por não serem contra pessoas. “Não há violência. Há performance.” Roberto confia em coletivos como o MPL e a Marcha das Vadias. Mas não em partidos políticos. “Não me sinto representado por partidos. Não sou a favor de democracia representativa e, sim, de uma democracia direta.”
Estudar política e quebrar bancos caminham juntos. “Não se trata de depredar pelo simples prazer de quebrar ou pichar coisas, mas de atacar o símbolo representado ali. Quando atacamos uma agência bancária, não somos ingênuos de acreditar que estamos ajudando a falir um banco, mas tornando evidente a insanidade do capitalismo. Política também se faz com as próprias mãos.” Como Roberto, milhares de jovens simpatizam com a causa e o modo de defendê-la. Juntas, as páginas do Black Bloc no Facebook receberam 30 mil “likes”. Novas surgem a cada dia. Páginas fechadas têm centenas de membros. E eles já se encontram fora da internet. Após o protesto em São Paulo no dia 11, participantes fizeram uma reunião espontânea e sem líderes.
 “O Black Bloc no Brasil veio para ficar”, afirma Pablo Ortellado, professor da USP. O pesquisador participou de protestos antiglobalização no começo dos anos 2000, quando o termo apareceu pela primeira vez no País. Hoje estuda a emergência de tais grupos. Para entendê-los, diz, é preciso voltar no tempo. A denominação surgiu na Alemanha nos anos 80, com uma pauta (ecologia radical) e uma função específica: isolar manifestantes e polícia, evitando cassetetes e agitadores infiltrados. Em 1999, manifestaram-se com violência em Seattle (EUA), quando a Organização Mundial do Comércio ali se reuniu. Protestos terminaram com pichações e depredação de empresas como Starbucks. “É quando o anarquismo dominou e o Black Bloc ficou associado ao uso da violência como ação direta, passando a ter caráter mais estético, espetacular, de intervenção urbana.” Por aqui, ambos os momentos ocorreram. “No Brasil, eles cumpriram as duas tarefas”, diz Ortellado. Num primeiro ato, protegeram os manifestantes da repressão policial, tradição alemã. Depois, sobrou o modelo americano, de ataque simbólico a grandes corporações, de espetáculo midiático.
No fim de junho, o País viu o MPL conseguir, na base dos protestos nas ruas, baixar  a tarifa de ônibus Brasil afora. Sem sua organização, os protestos continuaram com bandeiras confusas e reivindicações mais amplas – exatamente a conjuntura na qual os Black Blocs florescem. Se no começo eles tomavam carona em protestos organizados por entidades com pautas claras, pouco a pouco passaram a agir sozinhos. O protesto de terça 30, por exemplo, teve convocação apócrifa. Tais manifestações tendem a ocorrer cada vez mais desse jeito: instantâneas, acéfalas, impossíveis de controlar. Como não são uma organização, mas uma tática condicionada a contextos políticos, os Black Blocs devem surgir com mais frequência. A Copa do Mundo e as Olimpíadas, com seus espaços delimitados, gastos controversos e simbologias fartas, são alvos esperados.
O arcabouço teórico e prático paira na rede. Uma espécie de biblioteca virtual, com links para o “cânone” do Black Bloc, é replicada nas páginas dos seguidores da tática. Há o “Manifesto Black Bloc”, com máximas de caráter político, e o “Manual de Ação Direta”, espécie de treinamento a distância para a ação direita, com as seções: desobediência civil (e temas como “usando escudos”, “apanhando da polícia” e “lidando com animais”); primeiros socorros (além dos itens “gás lacrimogêneo” e “spray de pimenta”, há dicas de como lidar com queimaduras e traumatismos cranianos); e “leis, direitos e segurança” (“sendo preso”, “na delegacia” e “como deve ser a sua mochila” são os tópicos). Uma frase do manual dá o tom: “Lembre que o que eles fazem conosco todos os dias é uma violência, a desobediência violenta é uma reação a isso e, portanto, não é gratuita, como eles tentam fazer parecer”.
O surgimento de um bloco não é centralizado nem permanente. É o encontro de indivíduos com propósitos similares, mas nunca coibidos pela coletividade. “Uma formação temporária, sem identidade, na qual os indivíduos podem nem saber quem é a pessoa ao lado. Por isso é difícil controlá-los”, diz Saul Newman, professor de teoria política da Goldsmiths University, de Londres. Newman cunhou o termo pós-anarquismo para abarcar formas de resposta direta, às vezes radicais, a um Estado que interfere cada vez mais na vida de seus cidadãos. A sociedade estaria subestimando esse potencial político. “Ainda que os Black Blocs representem uma minoria no movimento anarquista, são um importante símbolo da emergência de novas formas de políticas antiautoritárias. Seus rostos cobertos se tornaram a imagem do ativismo radical contemporâneo.”

Entre os manifestantes não ligados ao Black Bloc, duas posturas ganham espaço. Por um lado, certo romantismo idealista alimentado pelas redes sociais. Pois eles agiriam como “linha de frente no enfrentamento com a polícia”, diz um blog anarquista. De outro há uma ojeriza irredutível. Em uma democracia jovem, desacostumada com manifestações difusas, qualquer protesto fora do script é temido. Durante os atos de junho, não faltaram críticas: eles só seriam válidos se pacíficos, por meio da palavra. “Mas como protestar pela palavra se é ela o suporte por meio do qual o Estado de Direito exerce violência?”, indaga o professor de teoria política Nildo Avelino, do Grupo de Estudos e Pesquisas Anarquistas da UFPB. “É preciso criar novas formas de comunicar: o Black Bloc pode ser uma delas.”

Para Avelino, o Black Bloc pode ser visto como a retomada de um tipo de ação praticada pelos anarquistas no século XIX, a propaganda pelo fato, ali para suprir a insuficiência da propaganda oral e escrita quando a prática eleitoral ganhava influência. A razão desse retorno à ação direta adviria da paulatina perda da dignidade imposta pelo capitalismo. O que explica a aceitação dos Black Blocs entre jovens na rede: o fenômeno daria voz a anseios difusos de quebrar a ordem, longe das vias institucionais. Mesma opinião tem o ativista americano John Zerzan, um dos primeiros a defender a tática nos EUA. Em 1999, a mídia associou os protestos de Seattle à sua influência. À época, o centro financeiro da cidade foi destruído. “Não será surpresa ver novas e maiores manifestações do Black Bloc no futuro”, afirma. “Demonstrações pacíficas não alcançam nada. Os protestos de 2003 contra a Guerra do Iraque foram os maiores da história e não conseguiram nada.”

Um veredicto temerário, não só por instaurar o embate físico em detrimento do debate político como regra, mas por alimentar justamente a opressão combatida. Não sendo possível separar ativistas encapuzados de policiais infiltrados e com a expansão da tática, seria possível realizar no futuro ações diretas de massa não violentas, sem embates violentos televisionados e criticados por setores amplos da sociedade? “A proeminência das táticas dos Black Blocs em insurreições recentes ao redor do mundo, inclusive no Brasil, tem alimentado o estereótipo dos anarquistas como destrutivos”, alerta Newman. “A mídia e as elites os demonizam e usam seus confrontos espetaculares para deslegitimar protestos mais amplos.” Um problema mais sério que as depredações.
A discussão não passou ao largo de quem foi às ruas em junho no Brasil, quando bases policiais e bancos foram destruídos em protestos organizados pelo MPL. O coletivo prestou ajuda jurídica a todos os presos nos protestos, independente do crime a eles imputado. Todas as prisões eram políticas e arbitrárias, diziam. “A gente tentava evitar que houvesse treta entre os manifestantes. Tão ruim quanto o que aconteceu na Paulista, quando os militantes de partidos foram atacados, era quando havia desentendimentos entre manifestantes que optam por uma tática ou outra, entre os chamados de pacíficos e os chamados de baderneiros”, diz Caio Martins, do MPL. Movimentos sociais e partidos (do PSTU à CUT), tradicionais portos para insatisfações juvenis nas ruas, mostraram-se contrários à depredação e à tática em geral. Mas, confusa diante dos novos atos, a “esquerda tradicional” evita falar do assunto. Ninguém os defende, com receio de perder apoio de setores mais conservadores, e poucos os criticam, temendo prejudicar a união da chamada voz das ruas.
Fora do País, o mesmo ocorre. Mal os Black Blocs apareceram nos protestos no Cairo, manifestantes passaram a ser presos aleatoriamente sob a acusação de “terrorismo”. O mesmo oportunismo aconteceu com o Occupy Wall Street. Em 2012, o ativista Chris Hedges os descreveu como o câncer que debelou o movimento, até então bem-sucedido em debater a tirania do capitalismo financeiro. O artigo virou um manifesto anti-Black Block. Derrick Jensen, a voz mais crítica contra a tática, concorda. “Sua antipatia contra qualquer forma de organização que iniba sua liberdade de ação faz com que eles tentem destruir até organizações lutando pela revolução social”, diz. Jensen é taxativo: para quem busca alcançar conquistas sociais concretas, a tática é um desserviço. “Atos gratuitos de destruição com espírito de carnaval não vão arranhar o capitalismo”, defende. “É preciso estratégia, objetivos. E certa ética.”

Por Piero Locatelli e Willian Vieira — publicado na edição 79, de setembro de 2013(Carta na escola)

Prêmio Professores do Brasil

O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Educação que consiste na seleção e premiação das melhores experiências pedagógicas desenvolvidas ou em desenvolvimento por professores das escolas públicas, em todas as etapas da educação básica.

As inscrições para o Prêmio Professores do Brasil poderão ser realizadas via Internet, até 30 de outubro de 2013, por meio do site:http://premioprofessoresdobrasil.mec.gov.br .

Serão R$280.000 em prêmios para 40 professores do todo o país!

Consulte o regulamento da 7ª Edição do Prêmio Professores do Brasil no site http://premioprofessoresdobrasil.mec.gov.br e obtenha mais informações.      

Ministério da Educação

Secretaria de Educação Básica

HOJE NA HISTÓRIA

11 de Setembro – 1973
Dia frustrante para a democracia e o povo chileno. EUA patrocinaram um golpe militar e assassinaram o Presidente Eleito Salvador Allende, cedendo o governo para o General Augusto Pinochet que matou e desapareceu com mais de 50.000 pessoas.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Roberto Germano anuncia construção de mais uma Biblioteca em Caicó

Na abertura das comemorações dos 94 anos de existência da Biblioteca Olegário Vale, o prefeito Roberto Germano (PMDB) anunciou que a cidade de Caicó estará ganhando brevemente uma unidade da Biblioteca “Indústria do Conhecimento”, em parceria com o SESI e FIERN. A obra será construída no terreno vazio da Praça Dom José Delgado, em frente a 4ª Regional de Saúde.
A previsão é que a construção seja iniciada em janeiro e a inauguração na Festa de Sant’Ana de 2014, ou até antes. Roberto estará enviando nos próximos dias o projeto de lei para a Câmara Municipal, concedendo a licença do terreno para que a biblioteca seja construída. “A previsão é que nestes 15 dias uma equipe da FIERN venha a Caicó. é uma obra que vai mudar a cara da praça Dom Delgado, abandonada ao longo dos últimos anos”, disse.
Roberto também anunciou que a Prefeitura estuda alguns investimentos para a Biblioteca Municipal Olegário Vale. “Quem de nós nunca passou por essa biblioteca que serviu de base para todos os estudantes de Caicó. Hoje é fácil, você tem a internet e pesquisa, mas no nosso tempo, o estudante vinha para a biblioteca. É importante que a gente celebre com alegria os 94 anos da Biblioteca Olegário Vale que serviu a tantos que hoje exercem os cargos mais importantes do nosso Estado”, finalizou.


Curso de Medicina funcionará nos primeiros anos na estrutura da Liga Contra o Câncer em Caicó

Os primeiros anos do curso de Medicina que a UFRN estará lançando a partir de 2014 no Seridó e Trairi usará as instalações do Hospital da Liga Contra o Câncer, em Caicó. A informação foi confirmada ao Blog do Marcos Dantas pelo coordenador do curso, professor George Dantas.
A UFRN vai alugar boa parte das dependências do Hospital para abrigar, possivelmente até o ano de 2017 o curso de Medicina, enquanto a universidade constrói a estrutura necessária para o curso, dentro do terreno onde já funciona o Campus de Caicó.

Dez vantagens de cortar o refrigerante da dieta

Obesidade, hipertensão e até cálculo renal passam longe sem a bebida na dieta
Conhecidos com bebidas de calorias vazias, os refrigerantes não oferecem nenhum benefício ao nosso organismo além do prazer de ingeri-lo. "Além do açúcar em grande quantidade, os refrigerantes contém sódio e diversas substâncias artificiais que não fazem bem à nossa saúde", explica a endopediatra Denise Ludovico, da ADJ Diabetes Brasil. Como se o fato de não acrescentar nenhum valor nutricional à dieta não fosse suficiente, os refrigerantes também levam a uma diminuição do consumo de água e sucos naturais, que são fundamentais em uma alimentação equilibrada. Achou pouco? Então confira todas as vantagens que o seu corpo aproveita quando você elimina a bebida do cardápio:  
Evita a obesidade e ajuda a emagrecer
"Sabe-se que, hoje em dia, o consumo de refrigerantes é um dos principais contribuintes para a epidemia de obesidade", ressalta a endocrinologista Andressa Heimbecher, de São Paulo. O refrigerante está relacionado à obesidade uma vez que é uma bebida extremamente calórica e geralmente consumida em grande quantidade, levando ao ganho de peso principalmente por excesso de calorias. "Além disso, os refrigerantes têm um alto teor de açúcar, que está diretamente ligado ao aumento de peso", explica a endocrinopediatra Denise Ludovico, da ADJ Diabetes Brasil.

Outro ponto a se considerar é que o consumo de refrigerantes pode fazer com que você sinta fome antes da hora. Quando absorvidos no intestino, os refrigerantes liberam grande quantidade de açúcar na corrente sanguínea de uma só vez, o que faz com que o pâncreas libere mais insulina. "Essa insulina excessiva leva à fome, a fim de nos fazer consumir mais açúcar para manter o equilíbrio metabólico", explica Denise. No caso dos refrigerantes sem diet ou zero, esse mecanismo pode ser explicado da seguinte forma: apesar de não conterem açúcar, eles possuem sabor doce conferido pelos adoçantes. Segundo a especialista, isso pode fazer com que nosso cérebro registre a mensagem de que estamos consumindo doces, e isso provocar uma maior liberação de insulina para metabolizar esse açúcar, surgindo fome. "O consumo constante de bebidas artificialmente adoçadas confunde a habilidade natural do organismo de controlar o consumo de calorias, pois o corpo identifica que está com fome reunindo informações sobre o sabor doce do alimento e seu valor calórico", explica Andressa. "Como o sabor não vem acompanhado de calorias, existe um efeito rebote, que determina mais fome e mais vontade de consumir esses alimentos".

Protege do cálculo renal
Um estudo publicado do periódico Clinical Journal of the American Society of Nephrology afirma que consumir refrigerantes e outras bebidas adocicadas pode aumentar de 23% a 33% os riscos de formação de pedras no rim. O trabalho analisou 194.095 voluntários em um período de mais de oito anos. "Isso acontece porque os refrigerantes possuem em sua composição fosfatos, substância que se consumidas diariamente favorecem a formação de cálculos renais", afirma a endocrinopediatra Denise. O fosfato é uma substância que interfere na absorção do cálcio, e quando ela está em nosso organismo em grandes quantidades favorece a excreção de cálcio para urina - fator esse de risco para cálculo renal.  
Previne diabetes
Por seu alto teor de açúcar e consumo de excessivo de calorias vazias, os refrigerantes levam ao aumento de peso, e consequentemente aumentam o risco de diabetes. Segundo um amplo estudo europeu, desenvolvido pelo Imperial College London, o consumo diário de 340 ml refrigerante por dia, o equivalente a uma lata, aumenta em 22% o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Os pesquisadores contaram com dados de 350 mil pessoas de oito países europeus diferentes. "Abolir o refrigerante da alimentação é a primeira e mais eficiente medida para reduzir o consumo de açúcar", afirma a nutricionista Amanda Epifânio, do Centro Integrado de Terapia Nutricional (Citen), em São Paulo. Segundo a profissional, beber uma latinha de refrigerante todos os dias resulta na ingestão de um quilo de açúcar no fim do mês.  
Controla a pressão arterial
Reduzir o consumo de refrigerantes e outras bebidas ricas em açúcar pode ajudar a reduzir a pressão sanguínea, segundo pesquisa realizada pela Universidade do Estado da Louisiana (EUA). O estudo, publicado na revista Circulation, avaliou dados de 810 pessoas com idades entre 25 e 79 anos que eram hipertensas ou estavam com a pressão no limite. Reduzindo o consumo dessas bebidas pela metade, após 18 meses, tanto a pressão sistólica quanto a diastólica reduziram consideravelmente. "Os refrigerantes podem favorecer a hipertensão devido principalmente ao seu alto teor de sódio", explica a nutricionista Amanda. Cortando essa bebida, diminuímos a ingestão de sódio, o que diminuirá o risco de hipertensão e também ajudará a controlar um quadro já instalado.  
Afasta doenças cardíacas
Com o aumento da pressão arterial consequente, dentre outras coisas, do excesso de sódio ingerido, temos também um risco aumentado para doenças cardiovasculares. "A retenção de sódio também causa um aumento do volume corporal, levando a uma sobrecarga cardíaca", explica a endocrinopediatra Denise. E dois estudos recentes, um feito com homens e outro com mulheres, só comprovam essa relação. O primeiro foi desenvolvido na Harvard School of Public Health (EUA), acompanhou durante 22 anos 43 mil homens e concluiu que os homens que bebiam um copo de refrigerante por dia tinham um risco 20% maior de sofrer uma doença cardíaca do que os demais. A segunda pesquisa é do Centro de Saúde da Universidade de Oklahoma (EUA), foi feito com quatro mil pessoas, incluindo homens e mulheres. Ao final da análise, constatou-se que as mulheres que bebiam pelo menos duas bebidas adoçadas com açúcar por dia ? como refrigerantes - tinham quatro vezes mais chances de desenvolver níveis de gorduras no sangue acima do normal, fator de risco conhecido para doenças cardiovasculares.
Combate o inchaço e retenção de líquidos
"Os refrigerantes possuem grande quantidade de sódio, principalmente os zero e light, e por isso aumentam a retenção de líquidos", explica a endocrinopediatra Denise. Isso acontece porque nosso organismo precisa manter um equilíbrio entre sódio e água - por isso, quanto mais sódio no corpo, mais água ele retém. A sensação de barriga inchada também ocorre pela presença de gás nessas bebidas e também pelo excesso de açúcar. "O açúcar causa uma fermentação no intestino, aumentando a produção de gases e consequentemente, o inchaço", completa a nutricionista Amanda. 
Melhora o trânsito intestinal
"Refrigerantes são ricos em açúcar e diversas substâncias químicas que prejudicam a atuação das bactérias benéficas do intestino, e favorecem a proliferação de bactérias perigosas", alerta a nutricionista Gabriela Calsing, da clínica Salus Nutrição, em Brasília. Sucos naturais, por outro lado, podem ter efeito laxante, estimulando o funcionamento desse órgão. "Invista em opções com grande porcentagem de água, como o melão, a melancia e o mamão", recomenda. 
Protege o fígado
Os refrigerantes, quando absorvidos no intestino, liberam uma grande quantidade de açúcar, ácido fosfórico e substancias tóxicas que sobrecarregam o fígado, transformando o açúcar em gordura. "Esse processo, em longo prazo, até poderia levar a esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado)", explica a endocrinopediatra Denise. 
Preserva o esmalte dos dentes
Os refrigerantes - principalmente aqueles à base de cola - possuem fosfato em sua composição, o que pode levar a desmineralização óssea, gerando desgaste dos dentes. "Aqueles que contêm açúcar aumentam a chance de ter cáries, e as versões diet ou light possuem ácidos que podem estragar o esmalte dos dentes", ressalta Denise Ludovico. Um estudo da Temple University School os Dentistry, na Filadélfia (EUA), descobriu que os refrigerantes podem danificar os dentes tanto quanto o uso de crack e da metanfetamina.  
Passa longe da depressão

 Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde da Carolina do Norte (EUA) verificou uma possível ligação entre o consumo de bebidas diet e um maior risco de depressão. Os autores analisaram os dados de 264 mil pessoas com mais de 50 anos de idade durante dez anos. A análise revelou que pessoas que bebiam mais de quatro latas ou copos de refrigerante diet por dia tinham um risco cerca de 30% maior de desenvolver depressão do que aqueles que não ingeriam esse tipo de bebida. Quem bebia refrigerante tradicional apresentou um risco 22% maior. Os especialistas afirmam que os refrigerantes são ricos em substâncias que podem interferir nas atividades do nosso organismo de forma negativa, favorecendo o aparecimento de doenças como depressão. 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Prefeito e vereadores discutem recomendação do Ministério Público com proprietários de barracos de Caicó

Proprietários de barracos se reuniram na manhã desta quarta-feira (04) com o prefeito Roberto Germano, os vereadores Lobão Filho, Batata e Alex Dantas, além do advogado da Associação dos Barraqueiros, José Miguel Filho (Doda). O objetivo da reunião foi discutir a recomendação do Ministério Público, dando prazo de dois meses para que todos os barracos, que estejam em situação irregular, sejam removidos.
Na reunião, o presidente da Câmara, Lobão Filho (PMDB) apresentou uma cópia do projeto de lei que ele está dando entrada, ampliando esse prazo para dois anos. “Nós queremos que a lei seja cumprida, mas dentro de dois anos, no lugar de três meses como quer o Ministério Público. Com isso dará tempo para os barraqueiros se organizarem, ou a própria prefeitura conseguir um novo local para eles trabalharem”, explicou Lobão.
Autor de um requerimento reconhecendo como de utilidade pública a Associação dos Barraqueiros, o vereador Batata (PMDB) fez questão de esclarecer que a solicitação para retirada dos barracos não partiu do Município. “Roberto Germano é um homem sensível, e não podemos admitir gerar desemprego no município, esta analisando caso a caso e nenhum barraqueiro foi notificado pela prefeitura”.
Fonte: http://glaucialima.com/#sthash.1aih6WHP.wuL1M110.dpuf

Juiz suspende, mais uma vez, gastos com propaganda do Governo do Estado

Do Portal no Ar -O Governo do Estado quer gastar com publicidade, contudo, a Justiça, ou melhor, o juiz Marcus Vinícius Pereira Júnior, da comarca de Currais Novos, quer que a governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, invista na saúde pública. Tanto que, nesta terça-feira (3), o magistrado voltou a proibir o Governo de gastar com publicidade até que “sejam garantidos os direitos à saúde”. Além disso, determinou à governadora Rosalba um prazo de 30 dias para que ela informe se foram tomadas as providências necessárias para o funcionamento dos serviços de Pronto Socorro e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Regional de Currais Novos.
Rosalba Ciarlini pode ser multada em até R$ 1 milhão se não cumprir decisão (Foto: Wellington Rocha)
O magistrado determinou, ainda, que o Estado responda sobre a nomeação de médicos suficientes para cumprir todas as escalas de plantão, material a ser utilizado, bem como profissionais da área de saúde necessários para atender os necessitados da região. A governadora foi advertida de que, o prejuízo ao erário público, além de outras consequências, configura improbidade administrativa, o que poderá ser apurado em processo posterior.
A multa para caso de descumprimento é de R$ 1 milhão e, se for o caso, será pessoal à governadora Rosalba. O recurso porventura arrecadado será destinado ao custeio das demandas de saúde, ou seja, o valor deverá ser depositado em favor do Fundo Estadual de Saúde.

Campanha pela Universidade Federal do Seridó começa coleta de assinaturas

Depois da realização de audiências públicas nas cidades pólos do Seridó e na capital do Estado, a campanha “O Seridó é Federal” começa uma nova fase: uma coleta de assinaturas com os potiguares que apóiam a criação da nova instituição de ensino superior no semiárido do Rio Grande do Norte.
Na manhã desta quarta-feira (04) aconteceu uma reunião em Caicó com a presença do arcebispo de Natal e coordenador da campanha, Dom Jaime Vieira Rocha, do administrador diocesano de Caicó, Padre Ivanoff Pereira e da comissão articuladora da campanha, entre eles, Monsenhor Ausonio Tércio e Oberdan Damásio.  “É importante que toda a sociedade norte-rio-grandense se envolva com esta campanha e declare seu apoio com a assinatura. Concluído, o abaixo-assinado será entregue à presidência da República”, explicou Dom Jaime, destacando que a meta é coletar cinqüenta mil assinaturas.
A coordenação da campanha “O Seridó é Federal” realizará ainda neste segundo semestre audiências públicas em outras cidades do Seridó. As folhas de assinaturas serão encaminhadas para todas as paróquias da Diocese de Caicó. A Arquidiocese de Natal e a Diocese de Mossoró também contribuirão com a coleta.
Ainda segundo Dom Jaime, as assinaturas, os ofícios de apoio já recebidos e os demais documentos de justificativa do pleito farão parte de um processo que será entregue ao Governo Federal, durante audiência ainda este semestre no Ministério da Educação.

Roberto Germano antecipa feira livre de Caicó para esta sexta-feira

O prefeito Roberto Germano (PMDB) decretou a antecipação da feira livre de Caicó, do sábado (07) para a sexta-feira (06). A mudança se fez necessária em virtude da celebração do dia da Independência do Brasil, comemorado em nível nacional, com uma extensa programação na cidade de Caicó. Apesar da antecipação da feira livre, o expediente nas repartições municipais será normal nesta sexta-feira.

Receita faz pente fino em associados das pirâmides em Natal

Contribuintes que receberam dinheiro de empresas suspeitas de serem pirâmides financeiras têm atiçado o faro do Leão. Em Natal (RN), a Receita Federal passa um pente fino nas declarações de cerca de 200 pessoas que lucraram com esses negócios. Em ao menos três casos, os fiscais já identificaram que “valores significativos” não foram informados ao Fisco.
“Havia indícios de que algumas pessoas que trabalham nesse conceito não haviam declarado corretamente”, diz o delegado Marcos Flores, da Delegacia Regional da Receita Federal em Natal, ao iG .
Atualmente, há três empresas com atividades bloqueadas pela Justiça, acusadas de serem pirâmides financeira: Telexfree , BBom e Priples . Juntas, elas atraíram cerca de 1,5 milhão de pessoas com a promessa de lucro na revenda de produtos.
Outros 28 negócios, entretanto, são investigadas por promotores de Justiça e procuradores da República . Um deles é a Multiclick , que já recorreu à Justiça para tentar impedir um bloqueio semelhante, sem sucesso.
Representantes de BBom e Telexfree negam irregularidades e afirmam que seus negócios são marketing multinível – modelo de varejo legal em que comerciantes autônomos são remunerados pelas vendas de outras pessoas atraídas para a rede. Os representanes da Priples e da Multiclick não foram localizados na noite desta quarta-feira

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Diferencie a tristeza comum da depressão

Atualmente, a depressão afeta 340 milhões de pessoas em todo o mundo, ou seja, uma em cada cinco pessoas em algum momento da vida já apresentou ou apresentará quadro depressivo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa deve se tornar a principal doença nos próximos vinte anos. 

Mas o que é depressão? É um distúrbio emocional, hoje reconhecido como doença. Segundo as modificações no Código Internacional de Doenças (DSM-V), é caracterizada por tristeza profunda e baixa autoestima, que pode ser desencadeada pelo estresse, assedio moral, jornada de trabalho muito extensa, problemas financeiros, falta de emprego, cobrança pessoal, frustrações, luto e também por causas biológicas. 
Há uma alteração química no cérebro do paciente, onde os neurotransmissores não são produzidos de maneira satisfatória. Entre eles estão a serotonina, noradrenalina e dopamina, que são substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. 
Nestes casos é necessário que o paciente procure um profissional da área de saúde mental, no caso um psicólogo ou psiquiatra, para que seja feita uma avaliação do caso. Se a pessoa for diagnosticada um quadro depressivo, deverá iniciar um processo de psicoterapia, em que irá rever sua postura diante dos problemas, e também um tratamento medicamentoso, para adequar quimicamente a produção destes neurotransmissores. 
Após décadas de estudos a respeito da depressão, o novo Código Internacional de Doenças (DSM-V), resolveu incluir dentro do quadro da depressão o luto, que anteriormente não era aceito. Isto faz com que a depressão desencadeada pela perda de um ente querido seja aceita como doença, e também possa ser tratada adequadamente. 

Não é uma simples tristeza

Há uma grande diferença entre tristeza e depressão. A tristeza pode ocorrer desencadeada por algum fato do cotidiano, onde a pessoa realmente sofre com aquilo até assimilar o que está acontecendo e geralmente não dura mais do que quinze a vinte dias. Já a depressão se instala e se não for tratada pode piorar e passar por três estágios: leve, moderada e grave. 
 Geralmente a pessoa pode apresentar dois ou mais dos seguintes sintomas:                            
  • Apatia
  • Falta de motivação
  • Medos que antes não existiam
  • Dificuldade de concentração
  • Perda ou aumento de apetite
  • Alto grau de pessimismo
  • Indecisão
  • Insegurança
  • Insônia
  • Falta de vontade em fazer atividades antes prazerosas
  • Sensação de vazio
  • Irritabilidade
  • Raciocínio mais lento
  • Esquecimento
  • Ansiedade
  • Angustia.
Além disso, o indivíduo pode apresentar alguns sintomas físicos que os médicos não conseguem encontrar causas aparentes, como: 
  • Dores de barriga
  • Má digestão
  • Azia
  • Constipação
  • Flatulência
  • Tensão na nuca e nos ombros
  • Dores de cabeça
  • Dores no corpo
  • Pressão no peito
  • Entre outros...
Estes são alguns dos indícios da depressão. Mas, se houver dúvida, procure um especialista para ter um diagnostico e tratamento corretos. Não tenha medo ou vergonha de expressar o que realmente está sentindo e vivenciando, pois esses profissionais irão se basear nestes dados para poderem prescrever um tratamento e a partir daí, o paciente voltar a ter qualidade de vida, com alegria e bem estar. 
ESCRITO POR:
Priscila Gasparin Psicóloga)

Lei em Natal estabelece cota mínima de livros de potiguares nas livrarias

Vereadores promulgaram lei 383/2013, que vai para sanção do prefeito.
Obras potiguares devem representar pelo menos 2,5% dos títulos nas lojas.

A Câmara Municipal de Natal promulgou a Lei 383/2013, que torna obrigatória a exposição de uma cota mínima de livros de autores potiguares nas livrarias da cidade. O texto foi publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (4) e agora só depende da sanção do prefeito Carlos Eduardo Alves. Ele estabelece que 2,5% dos títulos expostos sejam obras potiguares. Os livros devem ser colocados em gôndolas físicas e virtuais em lugar de destaque.
Ainda de acordo com a lei, o estabelecimento deve conter instrumento publicitário que identifique as obras dos autores locais com a expressão “Literatura Potiguar”. A fiscalização do cumprimento da regra ficará a cargo do Instituto Municipal de Proteção do Consumidor de Natal (Procon/Natal).
As empresas que deixarem de cumprir a obrigação terão seus nomes divulgados semestralmente pela Fundação Capitania das Artes (Funcart). Já estabelecimento que comprovar a maior quantidade de livros de autores locais vendidos em um semestre receberá o título “Amigo do Autor Potiguar”.

UFRN abre concurso para professor do Magistério Superior em diversas áreas

A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGESP) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio da Coordenadoria de Concursos, lançou dois editais que visam ao preenchimento das vagas para professor do Magistério Superior nas classes de nível A. Os interessados em participar do concurso público devem se inscrever até o dia 20 deste mês na página www.sigrh.ufrn.br.
As atividades referentes ao cargo de professor do Magistério Superior envolvem a atuação em ensino, pesquisa, extensão e atividades administrativas, conforme a necessidade da Instituição, expressa na expectativa de atuação profissional e no plano de trabalho a ser deliberado pela unidade de lotação do servidor.
Estão disponíveis 24 vagas de professor do Magistério Superior, distribuídas por unidades de lotação dos Centros de Ciências Exatas e Aplicadas (CCET) e de Tecnologia (CT); e 25 vagas para os Centros de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), de Educação (CE) e de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA).
Também serão oferecidas 36 vagas para o Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES) e para as unidades acadêmicas especializadas, como a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), a Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMUFRN), a Escola de Ciência e Tecnologia (ECT) e o Instituto Metrópole Digital (IMD).

Mais informações estão disponíveis no endereço eletrônico: http://www.progesp.ufrn.br/noticia.php?id=11046351.