quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Uso de Drogas e Adolescência

De acordo com Marques & Cruz (2000), levantamentos epidemiológicos do Brasil e do mundo demonstraram que é na passagem da infância pala a adolescência que o uso de drogas lícitas e ilícitas se inicia. No Brasil, há uma tendência, desde a década de 80, ao aumento do consumo de maconha, inalantes, cocaína e crack, especialmente nas grandes cidades. No entanto, segundo os autores, dados recentes indicaram que o álcool e o tabaco têm sido as drogas mais utilizadas por crianças e adolescentes ao longo da vida e no uso habitual (ou seja, nos últimos 30 dias).
Em 1997, o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas da Universidade Estadual do Rio de janeiro (NEPAD/UERJ) revelou que 77,7% dos estudantes de 1 ' e 2' graus da rede pública da cidade do Rio de janeiro utilizaram álcool ao longo da vida e 19,5%, no último mês. Para o tabaco, os dados revelaram um consumo de 34,9% e de 4,6%, respectivamente.
Em 2000, o Centro Brasileiro de Informações sobre as Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo (CEBRIDI UNÍFESP), publicou os resultados de pesquisa desenvolvida com 2.41 1 pessoas de 12-65 anos, de todas as classes sociais: 53% da população estudada experimentou álcool, pelo menos uma vez na vida. A incidência de uso de álcool ao longo da vida mostrou-se especialmente alta entre homens de 12-17 anos (35%) e 18-24 anos (56,5%); o uso de tabaco, na vida, foi relatado por 15,8% dos adolescetntes de 12-17 anos e 32,7% na faixa etária de 18-24 anos (Góes, 2000).
Um dos principais aspectos do uso de drogas na adolescência se refere ao diagnóstico diferencial de outros transtornos que incidem na puberdade como depressão, déficit de atenção/ hiperatividade e comportamento disruptivo. Para o diagnóstico clínico, Marques & Cruz (2000) recomendaram, além da utilização do CID-10, a triagem dos fatores de risco que incluem aspectos culturais, interpessoais, psicológicos e biológicos.
O tratamento do adolescente dependente é complexo e envolve o atendimento especializado por equipe multiprofissional de saúde. Estudos de metanálise indicaram que já foram utilizados, no mundo, mais de 400 tipos de terapia com adolescentes, sob diferentes abordagens, com resultados pouco efetivos. De qualquer forma, o tratamento deve estar estruturado no desenvolvimento integral e no reajuste familiar, social e ambientar do paciente (Marques & Cruz, 2000).
O contato do adolescente com a droga é mais freqüente do que imaginam pais, educadores e profissionais da saúde: ele ocorre nas ruas, nas escolas, entre os amigos. Constitui, atualmente, um sério problema de saúde pública, sem delineamento de políticas educativas e preventivas e com conseqüências individuais e familiares que podem comprometer o futuro do jovem e da sociedade brasileira.
Fonte: Prof Leda Mezzaroba - Farmacêutica-Bioquímica; Mestre em Educação; Docente do Centro de Ciências do Saúde da Universidade Estadual de Londrina(Paraná).

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Dia 29/10/2009 parada da rede estadual de Ensino do RN.

A parada traz os seguintes pontos:
1 - Envio do projeto de Lei que trata da publicação e pagamento de uma letra para o magistério estadual;
2 - Instalação imediata da comissão para pensar e construir o plano de carreira dos funcionários de escola;
3 - Inclusão dos aposentados na antecipação do Piso Estadual do magistério.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Modernidade x Educação

A Sociedade Moderna vem ao longo dos anos, enfrentando em todas as esferas da atividade humana, um processo de mudanças significativas – fruto de uma revolução tecnológica que se renova e atua em pleno desenvolvimento. Transformações e novas descobertas são reveladas diariamente e, e, meios a tantas mudanças, sabemos que o âmbito interno da escola não pode, nem deve ficar à margem do que acontece fora dela. Vivemos também um momento histórico em que observa-se uma luta constante pela melhoria da qualidade da Educação. Luta essa que “intima” o profissional a buscar, aperfeiçoar e aplicar o conhecimento. Diante desse contexto, registram-se, muitas vezes, uma certa resistência em aceitar o novo. Porém, sabemos da necessidade de buscarmos constantemente novo aprendizado, renovação de nossas práticas e teorias. Enfim, trilhar por caminhos que realmente façam acontecer resultados positivos na Educação. Caminhos voltados para a construção do conhecimento e a formação cidadã dos nossos estudantes.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Vale-Cultura!

" Agente não quer só comida. Quer música, quer diversão ".(Titãs)

Nem só festa e diversão pautaram a Festa Nacional da Música, durante o evento realizado recentemente em Canela, na Serra Gaúcha. Vários assuntos de interesse do mercado musical e dos artistas foram discutidos, dentre os mais discutidos estava o vale cultura.
O tema foi discutido durante audiência pública realizada no último dia 06 de outubro, e conduzida pela Deputada Federal Manuela D´avila(PCdoB/RS), relatora da matéria na Câmara Federal.
PEC 150
A Proposta de Emenda Constitucional-150, foi aprovada pelo plenário da Câmara Federal no último dia 14 de outubro, pelo procedimento legislativo seguirá para o Senado Federal, e em sendo aprovada vai para sanção presidencial, onde deverá ser sancionada pelo presidente Luíz Inácio Lula da Silva. A PEC destina recursos da União, dos Estados e Municípios, á área da cultura.
Consumo cultural
Segundo o Ministro da Cultura Juca Ferreira, o vale-cultura pode aumentar em até R$ 600 milhões/mês ou 7,2 bilhões/ano o consumo cultural no país. Além disso, gerará renda, trabalho e emprego em setores da atividade cultural.
Estima-se que aproximadamente 14 milhões de pessoas de baixa renda serão beneficiadas, podendo com os R$ 50,00 a que terão direito a dquirir livros, ir aos museus, cinema e teatro.
O vale-cultura é concebido nos moldes de um benefício trabalhista. Apenas, os que ganham até 5 salários mínimos terão direito ao vale.
Dados da exclusão
Pesquisa do Ministério da Cultura, constata que 1 em cada 8 brasileiros foi ao cinema; 1 em cada 6 brasileiros compram livros e 1 em cada 5 foram ao cinema, e apenas 1 em cada 20 já visitaram um museu.
As pegadas da exclusão e da segregação estão presentes em quase todos os segmentos da sociedade. O modelo de sociedade e os valores da elite capitalista são impecáveis no que se refere ao represamento dos direitos e oportunidades do povo, também na área cultural isso é perfeitamente sentido.
O Vale-Cultura é sem dúvida uma grande inicativa e oportunidade. É fundamentalmente um direito.
Valeu!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Professores do RN recebem um dos piores salários do Brasil

Os professores do Rio Grande do Norte tem um dos piores salários do país, de acordo com informações do MEC publicadas nesta sexta-feira (16) no portal de notícias G1. O levantamento mostra que os professores da rede básica de educação de do RN e mais 15 estados recebem salário inferior à média nacional, de R$ 1.527 mensais. O Brasil tem 1,7 milhão de professores na rede básica de ensino.
De acordo com a pesquisa, os professores do Distrito Federal são os mais bem remunerado do país – R$ 3.360, mais que o dobro da média brasileira. Segundo o portal, os números se referem a 2008 e estão em um levantamento elaborado pelo MEC sobre a folha de pagamento média de professores das redes públicas municipal e estadual nos 26 estados e no Distrito Federal. Os valores já incluem gratificações.
No Rio Grande do Norte, os educadores recebem o 6º pior salário do país. Em média, um professor recebe R$ 1.232,00. Em 2003, a média nacional era de R$ 994, o que revela um crescimento de R$ 53,6% na renda dos professores nos últimos cinco anos. Em relação a 2003, quando 19 estados remuneravam seus professores com valores inferiores à média nacional, houve uma pequena melhora dos salários.
O levantamento do MEC sobre a folha de pagamento dos educadores também mostra que o professor de Pernambuco é o profissional que recebe a pior remuneração: R$ 982. Em comparação com os R$ 3.360 mensais de média recebidos pelos professores do Distrito Federal, a diferença é de 242%.

*com informações do DN online e do G1.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Gráfica recebe nova prova do Enem até sábado

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que a gráfica “RR Donnelly Moore” deve receber nesta sexta-feira ou, no máximo, no sábado, a nova prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para iniciar a impressão dos exemplares, que serão aplicados aos estudantes nos dias 5 e 6 de dezembro.
A nova gráfica foi escolhida pelo próprio Instituto Nacional de Estudos de Pesquisas Educacionais (Inep), ao contrário do que aconteceu na primeira prova, quando a escolha ficou a cargo do consórcio Connasel. “O Inep quis escolher a gráfica por uma questão de segurança”, afirmou Haddad ao deixar a cerimônia de anúncio de balanço do Plano Nacional de Formação de Professores.
O ministro confirmou que o valor do contrato com empresa pela impressão das provas será de R$ 31,9 milhões, conforme foi divulgado no “Diário Oficial da União” na quarta-feira (14/10).
De acordo com o contrato, além da impressão, a gráfica contratada ficará responsável também pelo manuseio, embalagem, rotulagem e entrega aos Correios dos cadernos de provas e instrumentos de aplicação destinados ao Enem.
Na execução da primeira prova - que seria aplicada nos dias 2 e 3 de outubro, mas foi adiada por causa de indícios de vazamento - o consórcio vencedor da licitação ficou responsável por todas as etapas da aplicação do exame, inclusive pela escolha da empresa que imprimiu os exemplares. A investigação da Polícia Federal aponta, entre outras coisas, que houve falha de segurança justamente nos procedimentos dos funcionários na gráfica.
Na quarta-feira, em audiência de comissões do Senado e da Câmara, o ministro afirmou que há indícios de que o consórcio alterou o plano logístico original sem informar o MEC ou o Inep. As empresas teriam colocado em funcionamento um local de manuseio dos exemplares impressos em São Paulo, mas o contrato com o MEC previa um ambiente desses apenas no Rio de Janeiro.
Vazamento
Na tarde do último dia 30, o jornal "O Estado de S. Paulo" foi procurado por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado e no domingo. Propôs entregá-las à reportagem em troca de R$ 500 mil.
O ministro, que diz nunca ter tido acesso ao conteúdo da prova, confirmou o vazamento ao consultar técnicos do Inep, órgão do ministério responsável pelo Enem.
A Polícia Federal (F) afirmou que o caso do roubo da prova do Exame Nacional do Ensino Médio está esclarecido. Cinco pessoas foram indiciadas.
Fonte:Christian Baines, repórter em Brasília

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Saramago chama Igreja de "reacionária" e acusa Bento 16 de "cinismo"

O escritor português José Saramago, ganhador do prêmio Nobel de Literatura em 1998, chamou o papa Bento 16 de "cínico" e disse que a "insolência reacionária" da Igreja precisa ser combatida com a "insolência da inteligência viva". O autor está em Roma para promover seu novo livro, "Caim", que será lançado nesta quinta-feira (15).
"Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas seu absoluto cinismo intelectual", afirmou Saramago, em um debate com o filósofo italiano Paolo Flores D'Arcais, que hoje lança o livro "Il Fatto Quotidiano".Durante a conversa, Saramago afirmou que sempre foi um ateu "tranquilo", mas que agora está mudando de ideia. "As insolências reacionárias da Igreja Católica precisam ser combatidas com a insolência da inteligência viva, do bom senso, da palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só tem interesse no poder", disse.Segundo Saramago, a Igreja não se importa com o destino das almas e sempre buscou o controle de seus corpos. Perguntado se o pouco compromisso dos escritores e intelectuais poderia ser uma das causas da crise da democracia, o escritor disse que sim. Porém, disse que este não seria o único motivo, já que toda a sociedade encontra-se nesta condição, o que provoca uma crise de autoridade, da família, dos costumes, uma crise moral em geral.Saramago destacou que o fascismo está crescendo na Europa e mostrou-se convencido de que, nos próximos anos, ele "atacará com força". Por isso, ressaltou, "temos que nos preparar para enfrentar o ódio e a sede de vingança que os fascistas estão alimentando".
Fonte: Site IG

Antecipação do Piso sai com efeito retroativo a agosto

Finalmente o Governo do Estado pagou hoje a antecipação do Piso Salarial. O pagamento saiu atrasado, mas com efeito retroativo a agosto.
Relembrando: os critérios assumidos pelo Governo seguem a imposição do Supremo Tribunal Federal, com isso a base de cálculo são os quinquênios: Nenhum quinquênio = 14,93%; Um quinquênio = 9%; Dois quinquênios = 6% Três quinquênios = 4,47%; Quem tem acima de três quinquênios não teve reajuste.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Governo se recusa a reformar Casa do Estudante de Caicó

Em ofício enviado à Câmara Municipal de Caicó, o secretário-chefe da Casa Civil, Vagner Araújo, afirmou que o governo do estado não poderia realizar a reforma física na Casa do Estudante de Caicó. O requerimento havia sido encaminhado pelo vereador Lobão Filho (PMDB).
Segundo o documento, a Casa não faz parte da administração estadual, sendo apenas beneficiária de assistência social para doação de alimentos e material de limpeza. Portanto, o estado não disporia de políticas voltadas para a parte estrutural.
No parecer da assessoria jurídica do estado ficou claro que “inexiste possibilidade jurídica ao pleito, recomendando pela não concessão da licitação”.
Fonte: Robson Pires

As belezas do Seridó estarão na tela do SBT nesta quarta feira (14)

O SBT Repórter veio até o Rio Grande do Norte e descobriu um dos lugares mais surpreendentes do país: o Seridó. Terra de vaqueiros audaciosos, de poetas da caatinga e de mulheres que sabem como poucos a arte de ganhar dinheiro.
No programa desta quarta feira, 14 de outubro, você vai conhecer o vaqueiro que dá o sangue por amor à boiada e quem é o homem que garante um santo remédio caseiro para estimular o sexo.
Os repórteres mostram também a história de sucesso de Dona Gertrudes, que encontrou uma mina de dinheiro no fundo do quintal, e do engenheiro medieval do sertão: “seo” Zé dos Montes, que atendeu a um pedido e ergueu um castelo real em plena caatinga. Tem também ação e ousadia no esporte radical do Seridó.
A apresentação é de César Filho. Não perca! O SBT Repórter será a partir das 23h40.

A China moderna e a Revolução Socialista

No dia primeiro de outubro desde ano os socialistas de todo o mundo comemoraram os 60 anos da fundação da República Popular da China, fato decorrente da histórica revolução popular liderada pelo Partido Comunista Chinês sob o comando do grande timoneiro, Mao Tse Tung. Era o inicio de um novo tempo.
A China deixava de ser uma colônia, atrasada e espoliada pelas potências imperialistas do mundo, passando a ser uma nação independente, marchando em passos largos para o desenvolvimento pleno do país e o bem-estar pleno do seu povo.A China não seria mais humilhada, o povo chinês galgaria um desenvolvimento impressionante. Em apenas 60 anos de sua Revolução Popular e Socialista a China sairia da condição de país subdesenvolvido para transforma-se em uma das grandes potências: econômica, militar, cientifica e tecnológica do globo.Vale salienta que a China é o país mais populoso do mundo, antes da revolução a fome e a miséria era dominante no país, hoje o povo chinês vive um momento de crescimento em todas as áreas do conhecimento humano, transformou-se em um celeiro da ciência e da tecnologia, é respeitada pela força e a inteligência do seu povo.A China preparou uma grande festa para comemorar essa tão importante data. O blog “O outro lado da informação”, no dia 29 de setembro, registrou os preparativos dizendo: “Com uma economia vigorosa que não se abalou com a crise internacional de 2008 e preservou o modelo político após a Revolução Socialista de 1949, a China celebra nesta quinta-feira, primeiro de outubro de 2009, com festa apoteótica, os 60 anos de fundação de sua República Popular e Socialista. Os preparativos vêm ocupando o governo chinês há alguns meses e nas últimas semanas a Praça da Paz Celestial já estava cheia, pela manhã, de chineses em visita ao Mausoléu de Mau Tse Tung. A grandiosa festa, com desfile militar e apresentações artísticas, é coordenada pelo cineasta e cenógrafo Zhang Yimou, organizador das cerimônias de abertura dos Jogos Olímpicos de 2008, que encantaram o mundo pela sua beleza e harmonia. Além de desfiles e apresentações artísticas, não faltará à demonstração de força militar. Mas o que os chineses estão celebrando mesmo é o triunfo do socialismo com características chinesas, produto da sua história, da abertura econômica implantada em 1978 e da manutenção da democracia popular”.A China possui o maior contingente populacional do mundo são 1.3 bilhões de pessoas. Foi um grande desafio transformar um país que tinha a maioria do seu povo vivendo na mais degradante situação de miséria e transformar-lo em um povo com uma alta estima, acreditando no seu país e no seu governo e sentindo de perto as transformações que a Revolução Popular Socialista trouxe para o país.Essa China Moderna é motivo das grandes manifestações em homenagem ao grande líder revolucionário Mau Tse Tung, ele que liderou a revolução e governou o país por muitos anos, sempre é lembrado como o grande líder que conduziu as transformações necessárias para o grande salto para o desenvolvimento pleno do país, por isso o grande número de visitantes ao seu Mausoléu. Mau Tse Tung é amado pelo povo chinês. Em todos os recantos da China podemos encontrar fotos, estatuas e lembranças com a imagem de Mau Tse Tung, prova do respeito que o povo chinês tem pelo seu maior líder. Nas comemorações dos 60 anos da República Popular Socialista da China o nome de Mau Tse Tung será o mais lembrado e venerado pelo povo chinês.Nos primeiros anos do socialismo foi fundamental uma política de reconstrução do país, com medidas de superação do atraso imposto pelo colonialismo durante mais de 500 anos de dominação. Entre elas uma política econômica planificada; a realização da reforma agrária; o fim da poligamia a ampliação dos direitos trabalhistas; uma aliança estratégica coma a União Soviética e muito trabalho e sacrifício para a construção de um futuro digno para o povo.A Revolução Cultural teve um papel importante na construção da China Moderna. Não podemos esquecer que naquele momento o mundo vivia o pesado clima da guerra fria, a China tinha que se protege contra as investidas do imperialismo e, a Revolução Cultura cumpriu esse papel com muita força e eficaz. Hoje, mesmo querendo desvirtuar a história as força anticomunistas não consegue encobri o avanço conquistado pela Revolução Popular Socialista Chinesa, prova maior de que o socialismo continua vivo e muito forte. Portanto, nossa homenagem ao povo chinês e a sua Revolução.
Fonte: Antônio Capistrano(filiado ao PCdoB-RN)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Senado do Uruguai aprova lei de mudança de sexo

O Senado do Uruguai aprovou, nesta segunda-feira, uma lei que permite a mudança de sexo e de nome no país.
"Toda pessoa tem o direito de desenvolver livremente sua personalidade de acordo com a identidade de seu gênero, independentemente de sua identidade biológica, genética ou anatômica", diz o texto aprovado pelo Senado.
No mês passado, a Câmara dos Deputados havia aprovado a lei, chamada de Lei de Identidade de Gêneros, que regula os procedimentos para a troca de gênero a partir dos 18 anos de idade.
A legislação permitirá aos interessados mudar de nome e gênero em seus documentos oficiais.
Para ser sancionada, a lei agora deve ser assinada pelo presidente Tabaré Vázquez.
Outras medidas
No mês passado, o Uruguai se tornou o primeiro país da América Latina a autorizar a adoção por casais homossexuais.
O governo do presidente Tabaré Vázquez - o primeiro líder de esquerda a assumir a Presidência do Uruguai - aprovou em maio o acesso dos homossexuais às escolas militares do país.
Em 2008, o governo também aprovou a união civil entre homossexuais.
Apesar disso, a inclinação liberal do governo encontra críticos dentro do país.
Em entrevista ao canal de televisão Univision, o arcebispo de Montevidéu, Nicolas Cotugno, afirmou que "o tema da adoção de crianças por homossexuais se refere essencialmente à natureza humana e consequentemente se trata de ir contra os direitos fundamentais do ser humano enquanto pessoa".
O porta-voz da ONG Coordinadora Nacional por la Vida, Nestor Martinez também criticou a medida em entrevista ao jornal uruguaio El País, na qual afirmou que a legalização da adoção gay "constitui um retrocesso e um atentado aos direitos das crianças".
Fonte:BBC Brasil

domingo, 11 de outubro de 2009

As lições de Cuba

Apesar da economia em frangalhos, a ilha garante um ensino de qualidade para todos. Conheça os ingredientes dessa revolução.
Os alunos cubanos tiram notas muito mais altas em exames internacionais que as crianças de outros países latino-americanos, incluindo o Brasil. "A educação de Cuba oferece à maioria dos alunos uma educação básica que somente crianças de classe média alta recebem em outros países da America Latina", explica o economista Martin Carnoy, da Universidade de Stanford (EUA), que conduziu um estudo comparativo entre os sistemas educacionais do Brasil, Chile e Cuba. Carnoy foi a campo e colheu evidências que jogam luz sobre os principais problemas brasileiros. O resultado é o livro A vantagem acadêmica de Cuba - Por que seus alunos vão melhor na escola, publicado no Brasil pela Ediouro. Nele, Carnoy mostra que o ótimo desempenho dos estudantes cubanos é resultado de um sistema educacional que dá oportunidades iguais para todos os alunos, que estudam em um ambiente mais seguro e menos desigual que o brasileiro.
O economista filmou salas de aula em Cuba e no Brasil e cronometrou o tempo dedicado a explicação dos conteúdos pelos professores. Assim, procurou entender como uma sociedade com renda per capita menor que a brasileira consegue promover uma educação de muito melhor qualidade para todos os jovens de sua população. Suas descobertas provam que é possível avançar. "Embora nem tudo em Cuba seja transferível para outras sociedades, acredito que as lições são claras", explica o especialista. Para ele, os principais ensinamentos da experiência cubana são o recrutamento dos melhores alunos do ensino médio para o magistério, as boas escolas de formação de professores, a garantia de que os alunos são saudáveis e estão bem alimentados e o sistema de supervisão dos professores, voltado para a melhoria do ensino.
A economia cubana, atrasada e pouco produtiva, não impede o país de garantir uma educação de qualidade para todos. Cuba é a nação latino-americana com a menor taxa de analfabetismo, registrando índices inferiores a 1% entre jovens e adultos. Todas as crianças e adolescentes cubanos frequentam a escola, que é obrigatória por nove anos e gratuita até a faculdade. Além disso, a lei cubana pune e até prende os pais em caso de falta. O absenteísmo, problema que aflige todo Brasil, é nulo. Alunos também faltam pouquíssimo. O empresário Peter Graber, de Campinas (SP) visitou Cuba em 2008, como turista. "Contratei um motorista e falei 'vamos pro interior'. Queria entender o país, descobrir o que deu certo e que não certo na experiência da ilha". Graber visitou hospitais e escolas, chegando sempre de sopetão. Surpreendeu-se com a qualidade dos serviços à população, sobretudo em relação à qualidade do ensino. "Senti muita motivação de professores e de diretores".
Ao crescerem, porém, essas crianças muito bem educadas são confrontadas com a falta de perspectivas. Como a média salarial gira em torno de R$ 35 por mês, não há muitas opções de trabalho. "Uma grande porcentagem daqueles que escolhem ser professor o faz porque não tem nenhuma outra opção", conta a filóloga cubana Yoani Sánchez, que se tornou conhecida por manter um blog que faz críticas ferozes ao regime de Fidel Castro. Ela é mãe de um menino de 12 anos, que frequenta uma escola pública de Havana, a capital do país. Yoani reconhece os bons índices da Educação cubana, mas se ressente da falta de oportunidades. "Espero que meu filho possa viver da profissão que escolher num país realmente livre". O conteúdo ideologizado também é motivo de queixas para ela, que conta que uma imagem de José Martí, mártir da independência de Cuba, ilustrou o diploma da criança. "Preferia ver a professora do meu filho no próximo diploma. Ela é muito mais próxima do modelo que eu gostaria para ele". Como Yoani, muitos pais cubanos vêem o professor como um exemplo a seguir. Isso acontece porque os primeiros quatro anos de estudo das crianças cubanas são responsabilidade de um único mestre. Esses profissionais acumulam responsabilidades acadêmicas e educativas na formação de seus alunos. "As crianças não trocam de escola e os professores sabem de tudo. A escola é uma extensão da família", explica Carnoy, que defende políticas de fixação do professor numa única região.
A seguir, conheça os elementos que levaram os alunos cubanos à excelência acadêmica.
1) Crianças com saúde, sem trabalho
Em Cuba, todas as crianças e adolescentes, da capital Havana às zonas rurais, frequentam a escola, que é obrigatória por nove anos. O ensino é gratuito até o nível superior - os estudantes não pagam nem mesmo os livros. O governo provê uma rede de assistência social, que envolve Educação e saúde, a todas as crianças. Órfãos, filhos de presos e de pessoas com deficiências mentais vivem em instituições que lhes garantem alimentação, assistência médica e Educação, até a universidade. No ensino básico, as crianças ficam na escola das 8h às 16h30, intercalando aulas com atividades esportivas e culturais.
O Estado se responsabiliza pela Educação, mas compartilha obrigações com a família. A lei cubana pune e até prende os pais em caso de falta. Além disso, os estudantes cubanos não trabalham fora. "O contexto social em Cuba é muito melhor para as crianças com baixa renda. No Brasil, 40% dos pobres ou muito pobres vivem em condições muito difíceis para o aprendizado", diz o economista Martin Carnoy, autor do estudo A vantagem acadêmica de Cuba.
No Brasil, é grande o número de jovens que concilia trabalho e estudo. Falta ainda a articulação entre políticas públicas educacionais e de outras áreas e um sistema de integração entre órgãos responsáveis pelas áreas de Assistência Social, Educação e Saúde. "Um segredo do sucesso cubano é a garantia de que os alunos são saudáveis e estão bem alimentados. Isso faz diferença", ressalta Carnoy.
Em Cuba, todas as crianças e adolescentes, da capital Havana às zonas rurais, frequentam a escola, que é obrigatória por nove anos. O ensino é gratuito até o nível superior - os estudantes não pagam nem mesmo os livros. O governo provê uma rede de assistência social, que envolve Educação e saúde, a todas as crianças. Órfãos, filhos de presos e de pessoas com deficiências mentais vivem em instituições que lhes garantem alimentação, assistência médica e Educação, até a universidade. No ensino básico, as crianças ficam na escola das 8h às 16h30, intercalando aulas com atividades esportivas e culturais. O Estado se responsabiliza pela Educação, mas compartilha obrigações com a família. A lei cubana pune e até prende os pais em caso de falta. Além disso, os estudantes cubanos não trabalham fora. "O contexto social em Cuba é muito melhor para as crianças com baixa renda. No Brasil, 40% dos pobres ou muito pobres vivem em condições muito difíceis para o aprendizado", diz o economista Martin Carnoy, autor do estudo A vantagem acadêmica de Cuba. No Brasil, é grande o número de jovens que concilia trabalho e estudo. Falta ainda a articulação entre políticas públicas educacionais e de outras áreas e um sistema de integração entre órgãos responsáveis pelas áreas de Assistência Social, Educação e Saúde. "Um segredo do sucesso cubano é a garantia de que os alunos são saudáveis e estão bem alimentados. Isso faz diferença", ressalta Carnoy.
2) Educação na primeira infância
A importância da Educação infantil é consenso em pesquisas nacionais e internacionais. Investir nessa etapa, que engloba creches e pré-escola, foi a escolha de Cuba. Lá, o ensino começa aos dois anos. Também há um sistema que garante apoio para mães trabalhadoras. Nele, profissionais vão até casa da família e ensinam a mãe a lidar com o bebê. "Mostram o que fazer com o a criança, como brincar, etc...Trata-se de um apoio expressivo, principalmente para os mais pobres", explica Carnoy.Um estudo de 2007, patrocinado pelo governo dos Estados Unidos, dimensionou o impacto da variável educação infantil na formação de crianças e jovens. A pesquisa monitorou 1 300 crianças, do nascimento aos 12 anos, a cada quatro meses. Metade delas ficou em casa até os 5 anos, enquanto a outra parte foi para a escola. Aos 12 anos, os dois grupos foram submetidos a provas. Os estudantes que freqüentaram a pré-escola se saíram melhor. Também tinham vocabulário mais amplo.No Brasil, há ainda muito a avançar no atendimento de crianças de 0 a 5 anos. Dados do relatório O direito de aprender - Situação da Infância e da Adolescência brasileira 2009, da UNICEF, mostram que apenas 17% das crianças do Brasil frequentam creches, que vai de 0 aos 3 anos. O estudo mostra que esse número cai para 4,9% em famílias com renda de menos de 3 salários mínimos. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE), do governo federal, é expandir o acesso à creche a 50% de todas os bebês brasileiros de até 3 anos. Também pretende alcançar 80% das crianças de 4 a 5 anos.
A importância da Educação infantil é consenso em pesquisas nacionais e internacionais. Investir nessa etapa, que engloba creches e pré-escola, foi a escolha de Cuba. Lá, o ensino começa aos dois anos. Também há um sistema que garante apoio para mães trabalhadoras. Nele, profissionais vão até casa da família e ensinam a mãe a lidar com o bebê. "Mostram o que fazer com o a criança, como brincar, etc...Trata-se de um apoio expressivo, principalmente para os mais pobres", explica Carnoy.Um estudo de 2007, patrocinado pelo governo dos Estados Unidos, dimensionou o impacto da variável educação infantil na formação de crianças e jovens. A pesquisa monitorou 1 300 crianças, do nascimento aos 12 anos, a cada quatro meses. Metade delas ficou em casa até os 5 anos, enquanto a outra parte foi para a escola. Aos 12 anos, os dois grupos foram submetidos a provas. Os estudantes que freqüentaram a pré-escola se saíram melhor. Também tinham vocabulário mais amplo.No Brasil, há ainda muito a avançar no atendimento de crianças de 0 a 5 anos. Dados do relatório O direito de aprender - Situação da Infância e da Adolescência brasileira 2009, da UNICEF, mostram que apenas 17% das crianças do Brasil frequentam creches, que vai de 0 aos 3 anos. O estudo mostra que esse número cai para 4,9% em famílias com renda de menos de 3 salários mínimos. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE), do governo federal, é expandir o acesso à creche a 50% de todas os bebês brasileiros de até 3 anos. Também pretende alcançar 80% das crianças de 4 a 5 anos.
3) Foco no ensino
Em sua pesquisa, Martin Carnoy filmou salas de aula chilenas, cubanas e brasileiras. Nos vídeos, as classes brasileiras alternam momentos de algazarra com conversas e tédio. Além disso, verificou-se que os estudantes brasileiros passam a maior tempo das aulas copiando a lição no quadro-negro e não participam das atividades propostas pelo professor. Em alguns momentos, o professor perde o controle da sala. Os alunos cubanos, ao contrário, trabalham em grupo e resolvem exercícios previamente planejados. "Não há cópia nas escolas cubanas, mas sim discussão de problemas matemáticos", diz Carnoy. Para o economista, perde-se tempo demais com trabalhos em grupo e aulas expositivas nas escolas brasileiras. Além disso, os alunos cubanos permanecem pelo menos 6 horas diárias na escola - a carga horária brasileira, na Educação básica, não passa dos 4,5h (o dado é do Inep).
A indisciplina dos estudantes brasileiros é notória - um levantamento recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 23 países mostrou que os professores do Brasil gastam 17% do tempo em sala de aula tentando manter a disciplina dos alunos. O impacto do comportamento dos jovens em sala de aula reflete no aprendizado deles. Como não participam ativamente das aulas, conversam ou ficam entediados, os alunos brasileiros têm dificuldades em aprender conceitos e não chegam a absorver todo o conteúdo previsto nos livros didáticos.
Carnoy não poupa nem mesmo as escolas particulares brasileiras de suas críticas. Nelas, também há bagunça, dispersão, cópia e despreparo para ensinar. "Pais de escolas de elite pensam que estão dando ótima educação aos filhos, mas fariam melhor se os colocassem em uma escola pública de classe média do Canadá", explica. Suas descobertas contrariam o senso comum, que apregoa que escolas particulares oferecem um ensino de qualidade.
Em sua pesquisa, Martin Carnoy filmou salas de aula chilenas, cubanas e brasileiras. Nos vídeos, as classes brasileiras alternam momentos de algazarra com conversas e tédio. Além disso, verificou-se que os estudantes brasileiros passam a maior tempo das aulas copiando a lição no quadro-negro e não participam das atividades propostas pelo professor. Em alguns momentos, o professor perde o controle da sala. Os alunos cubanos, ao contrário, trabalham em grupo e resolvem exercícios previamente planejados. "Não há cópia nas escolas cubanas, mas sim discussão de problemas matemáticos", diz Carnoy. Para o economista, perde-se tempo demais com trabalhos em grupo e aulas expositivas nas escolas brasileiras. Além disso, os alunos cubanos permanecem pelo menos 6 horas diárias na escola - a carga horária brasileira, na Educação básica, não passa dos 4,5h (o dado é do Inep).A indisciplina dos estudantes brasileiros é notória - um levantamento recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 23 países mostrou que os professores do Brasil gastam 17% do tempo em sala de aula tentando manter a disciplina dos alunos. O impacto do comportamento dos jovens em sala de aula reflete no aprendizado deles. Como não participam ativamente das aulas, conversam ou ficam entediados, os alunos brasileiros têm dificuldades em aprender conceitos e não chegam a absorver todo o conteúdo previsto nos livros didáticos.Carnoy não poupa nem mesmo as escolas particulares brasileiras de suas críticas. Nelas, também há bagunça, dispersão, cópia e despreparo para ensinar. "Pais de escolas de elite pensam que estão dando ótima educação aos filhos, mas fariam melhor se os colocassem em uma escola pública de classe média do Canadá", explica. Suas descobertas contrariam o senso comum, que apregoa que escolas particulares oferecem um ensino de qualidade.
4) Cursos de formação de professores essencialmente práticos
Os cursos de formação de professores cubanos são exigentes e muito voltados para as práticas de ensino. A teoria perde espaço para exercícios de atuação na sala de aula, como estratégias para atrair atenção da classe quando ela se mostra dispersiva. "Teorias são irrelevantes para ensinar", defende Martin Carnoy. No currículo cubano, ganham destaque diferentes técnicas para ensinar um determinado assunto, como fração, por exemplo. "Não basta saber a matéria. É preciso saber como ensiná-la", explica o economista Carnoy. Nas escolas de formação de professores brasileiras, porém, ainda predomina o ensino da teoria.
Os cursos de formação de professores cubanos são exigentes e muito voltados para as práticas de ensino. A teoria perde espaço para exercícios de atuação na sala de aula, como estratégias para atrair atenção da classe quando ela se mostra dispersiva. "Teorias são irrelevantes para ensinar", defende Martin Carnoy. No currículo cubano, ganham destaque diferentes técnicas para ensinar um determinado assunto, como fração, por exemplo. "Não basta saber a matéria. É preciso saber como ensiná-la", explica o economista Carnoy. Nas escolas de formação de professores brasileiras, porém, ainda predomina o ensino da teoria.
5) Supervisão docente
A vigilância policialesca que Cuba exerce sobre seus cidadãos também garante uma supervisão severa aos professores. O governo central controla todas as etapas do treinamento dos mestres, do recrutamento à prática inicial. Diretores e professores mais experientes observam os novatos. "O diretor entra na classe e toma notas sobre o desempenho do professor", observa Carnoy. Segundo ele, duas visitas desse tipo ocorrem por semana nos três anos iniciais da carreira de um mestre. Esse sistema de tutoria permite assegurar que as aulas sigam métodos exigidos pelos parâmetros nacionais. Graças à forte supervisão, o governo sabe quem é o professor, o que está ensinando. O resultado é que os professores são competentes, afinal passaram por escola que realmente ensina, além de cumprir as diretrizes nacionais. Cerca de 80% melhores vão para sala de aula, mesmo com uma média salarial de cerca de R$ 35.
No Brasil, a legislação prevê que os professores precisam passar por um estágio probatório, ou seja, trabalhar por um período - geralmente três anos - para comprovar que podem exercer a função. A direção da escola, que dá o aval para tanto, deve observar critérios como assiduidade, dedicação e eficiência. A maioria dos docentes, porém, é aprovada no estágio. "Quase não há supervisão do que ocorre em sala de aula no Brasil", explica Carnoy. Apesar da existência do estágio probatório, um estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado em junho, mostra que 71% dos 5.687 professores brasileiros consultados começou a dar aulas sem ter passado por um processo de adaptação ou monitoria. A média dos outros 22 países que participaram da pesquisa ficou em 25%. O economista Naercio Menezes, do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), em São Paulo (SP), sugere que pedagogos com experiência em sala de aula observem as aulas ministradas pelos iniciantes como medida para elevar a qualidade do ensino. Segundo ele, a formação em exercício pode melhorar a aula daqueles que já lecionam. "Precisamos entender o que nossos professores fazem na sala de aula por meio de uma supervisão efetiva e focada no aprendizado dos alunos", diz ele. Para Menezes, seria indesejável implementar as medidas de controle e supervisão dos professores à força, a exemplo do sistema cubano de ensino. "A liberdade de expressão e de opinião são fundamentais para a nossa democracia". A saída, segundo ele, é negociar com os sindicatos de professores e membros do legislativo e judiciário, para que eles entendam que o aprendizado das crianças tem que ser a prioridade da nossa sociedade. Martin Carnoy defende a mesma posição. Ele considera as demandas sindicais legítimas, mas crê que elas não devem sobrepor-se à qualidade do ensino. "Como ficam as crianças, que não têm sindicatos para defender seus direitos à educação?", questiona.
A vigilância policialesca que Cuba exerce sobre seus cidadãos também garante uma supervisão severa aos professores. O governo central controla todas as etapas do treinamento dos mestres, do recrutamento à prática inicial. Diretores e professores mais experientes observam os novatos. "O diretor entra na classe e toma notas sobre o desempenho do professor", observa Carnoy. Segundo ele, duas visitas desse tipo ocorrem por semana nos três anos iniciais da carreira de um mestre. Esse sistema de tutoria permite assegurar que as aulas sigam métodos exigidos pelos parâmetros nacionais. Graças à forte supervisão, o governo sabe quem é o professor, o que está ensinando. O resultado é que os professores são competentes, afinal passaram por escola que realmente ensina, além de cumprir as diretrizes nacionais. Cerca de 80% melhores vão para sala de aula, mesmo com uma média salarial de cerca de R$ 35. No Brasil, a legislação prevê que os professores precisam passar por um estágio probatório, ou seja, trabalhar por um período - geralmente três anos - para comprovar que podem exercer a função. A direção da escola, que dá o aval para tanto, deve observar critérios como assiduidade, dedicação e eficiência. A maioria dos docentes, porém, é aprovada no estágio. "Quase não há supervisão do que ocorre em sala de aula no Brasil", explica Carnoy. Apesar da existência do estágio probatório, um estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado em junho, mostra que 71% dos 5.687 professores brasileiros consultados começou a dar aulas sem ter passado por um processo de adaptação ou monitoria. A média dos outros 22 países que participaram da pesquisa ficou em 25%. O economista Naercio Menezes, do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), em São Paulo (SP), sugere que pedagogos com experiência em sala de aula observem as aulas ministradas pelos iniciantes como medida para elevar a qualidade do ensino. Segundo ele, a formação em exercício pode melhorar a aula daqueles que já lecionam. "Precisamos entender o que nossos professores fazem na sala de aula por meio de uma supervisão efetiva e focada no aprendizado dos alunos", diz ele. Para Menezes, seria indesejável implementar as medidas de controle e supervisão dos professores à força, a exemplo do sistema cubano de ensino. "A liberdade de expressão e de opinião são fundamentais para a nossa democracia". A saída, segundo ele, é negociar com os sindicatos de professores e membros do legislativo e judiciário, para que eles entendam que o aprendizado das crianças tem que ser a prioridade da nossa sociedade. Martin Carnoy defende a mesma posição. Ele considera as demandas sindicais legítimas, mas crê que elas não devem sobrepor-se à qualidade do ensino. "Como ficam as crianças, que não têm sindicatos para defender seus direitos à educação?", questiona.
6) Padrões nacionais de qualidade
Pesquisas mostram que parâmetros comuns a todas as escolas podem elevar a qualidade de ensino de um país. Em Cuba, tais padrões são observados em todas as escolas do país, da capital Havana às escolas de regiões rurais. O governo central estabelece o que deve ser ensinado e quando esse conteúdo deve ser ministrado. A grade curricular nacional é padronizada e os professores têm que seguir esse currículo. Não há espaço para criatividade e a autonomia do professor fica em segundo plano. Cada escola do país tem uma televisão e um vídeo, que transmitem conteúdo em rede nacional para todas as classes.
No Brasil, ao contrário, diretrizes estruturadas como essas não existem. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) não contemplam o que precisa ser ensinado de forma objetiva pontuando o que se espera que o aluno aprenda em cada série. "Eles são genéricos e precisam ser reformulados", diz o economista Naercio Menezes de Aquino, do Insper. "O professor tem que entender o currículo e o que vai ensinar, em que velocidade", completa.
A existência de parâmetros de qualidade nacionais e a fiscalização do que acontece em sala de aula garante que o todo conteúdo seja ensinado. Disso resultam os resultados homogêneos dos alunos. Todos, sem exceção, aprendem.
Pesquisas mostram que parâmetros comuns a todas as escolas podem elevar a qualidade de ensino de um país. Em Cuba, tais padrões são observados em todas as escolas do país, da capital Havana às escolas de regiões rurais. O governo central estabelece o que deve ser ensinado e quando esse conteúdo deve ser ministrado. A grade curricular nacional é padronizada e os professores têm que seguir esse currículo. Não há espaço para criatividade e a autonomia do professor fica em segundo plano. Cada escola do país tem uma televisão e um vídeo, que transmitem conteúdo em rede nacional para todas as classes. No Brasil, ao contrário, diretrizes estruturadas como essas não existem. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) não contemplam o que precisa ser ensinado de forma objetiva pontuando o que se espera que o aluno aprenda em cada série. "Eles são genéricos e precisam ser reformulados", diz o economista Naercio Menezes de Aquino, do Insper. "O professor tem que entender o currículo e o que vai ensinar, em que velocidade", completa. A existência de parâmetros de qualidade nacionais e a fiscalização do que acontece em sala de aula garante que o todo conteúdo seja ensinado. Disso resultam os resultados homogêneos dos alunos. Todos, sem exceção, aprendem.
7) Gestão eficiente
Os vários elementos do ensino cubano são costurados por uma gestão eficiente. A homogeneidade das escolas permite fazer um bom acompanhamento e é um dos facilitadores da gestão. Diretrizes claras norteiam o trabalho de toda a rede. Impor padrões nacionais - e geri-los - é um desafio para o Brasil, um país de dimensões continentais. "Fazer um acompanhamento é mais difícil no caso brasileiro, já que as redes são bastante heterogêneas", diz o economista Naercio Menezes, do Insper. Faltam escolas nas zonas rurais do Brasil, incluindo comunidades indígenas e quilombolas, mostra o relatório O direito de aprender - Situação da Infância e da Adolescência brasileira 2009, da UNICEF. As poucas escolas existentes nessas áreas não oferecem boa infra-estrutura nem professores com formação adequada.
Os vários elementos do ensino cubano são costurados por uma gestão eficiente. A homogeneidade das escolas permite fazer um bom acompanhamento e é um dos facilitadores da gestão. Diretrizes claras norteiam o trabalho de toda a rede. Impor padrões nacionais - e geri-los - é um desafio para o Brasil, um país de dimensões continentais. "Fazer um acompanhamento é mais difícil no caso brasileiro, já que as redes são bastante heterogêneas", diz o economista Naercio Menezes, do Insper. Faltam escolas nas zonas rurais do Brasil, incluindo comunidades indígenas e quilombolas, mostra o relatório O direito de aprender - Situação da Infância e da Adolescência brasileira 2009, da UNICEF. As poucas escolas existentes nessas áreas não oferecem boa infra-estrutura nem professores com formação adequada.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ô Povo Mentiroso!

Um estudo americano revela que em apenas dez minutos as pessoas mentem três vezes.
Imagine a classe política do Rio Grande do Norte. Com esse balaio de gato que está formado eles estão mentindo dez vezes em dez minutos. A todo o momento contam uma conversa diferente em relação à sucessão estadual, principalmente.
Ainda tem político que afirma: Detesto mentira!
Engana-me que eu gosto!
Os polítcos conversam meia hora com qulaquer jornalista e o que se aproveitam são dois munutos. É o mesmo blá-blá-blá de sempre. A mesma fuleragem.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

12ª Conferência Estadual do Partido Comunista do Brasil

O ex-prefeito de Caicó, Roberto Germano, PC do B, participará nesta sexta (2) e no sábado (3) da 12ª Conferência Estadual do Partido Comunista do Brasil que será realizada em Natal.
A solenidade de abertura contará com a presença do presidente nacional da legenda, Renato Rabelo. Acontecerá no auditório do Hotel Maine e discutirá, entre outros assuntos, as teses do 12º Congresso Nacional do PC do B que ocorrerá em novembro em São Paulo.
A Conferência Estadual não deixará também de fazer alguma referência a atual conjuntura política do Rio Grande do Norte.