sábado, 13 de dezembro de 2008

Guia de Profissões

Ciências Sociais (SOCIOLOGIA)
A carreira
O presidente Fernando Henrique Cardoso já disse mais de uma vez que sua formação como sociólogo o ajudava a tomar decisões no governo, na medida em que lhe permitia entender melhor as contradições sociais. A área de estudos do cientista social é realmente vasta: engloba a história, a cultura e a evolução das sociedades.
Tradicionalmente, a ciência social é vista como um reduto de intelectuais. Mas, nos dias de hoje, a atuação desses profissionais é bastante concreta e objetiva. Indispensáveis nas campanhas eleitorais. Eles fincaram os pés em institutos como o IBOPE e o Vox Populi, em que tentam interpretar o comportamento dos eleitores. Até nas agências de publicidade eles são cada vez mais requisitados, para elaborar e interpretar pesquisas que ajudam a entender o público para o qual um produto é destinado.
Dividida em três grandes especializações - sociologia, antropologia e ciência política -, a carreira tem a vantagem de unir teoria e prática. "Minha tarefa é mapear os conflitos pela posse de terras devolutas. Vivo em contato com o MST, a Comissão Pastoral da Terra, a CUT e os sindicatos rurais do Estado", conta Manoel Dimas Tavares, 31 anos, que atua no Centro de Solução de Conflitos Fundiários do Instituto das Terras do Estado, em São Paulo. Trabalhos feitos em campo, como o de Tavares, são freqüentes - e, no caso dos antropólogos, fundamentais. Pesquisadores das origens e da evolução do homem, esses profissionais atuam com base na observação da vida de uma determinada população ou comunidade.
O mercado
O maior empregador é o Governo - Federal, Estadual e Municipal -, que contrata 30% dos sociólogos brasileiros. As ONGs e agências como o IBGE, o INCRA e o IBAMA também são nichos para os cientistas sociais. Cresce a área de pesquisas de opinião pública, o grande filão da carreira nos próximos anos. Para os antropólogos, as oportunidades ficam por conta da FUNAI, que tem pelo menos 150 áreas indígenas para demarcar nos próximos anos.
Em alta: Pesquisas de opinião.
O curso
No primeiro ano, você vai estudar os fundamentos da antropologia, da sociologia e da ciência política, com muitos trabalhos de análise e interpretação. Nas aulas práticas, aprenderá a fazer pesquisa de campo e a interpretar dados estatísticos. A opção por uma das três áreas é feita no terceiro ano. Duração média: quatro anos.
Matérias
- Antropologia- Economia- Estatística- Geografia Humana e Econômica- História Econômica, Política e Social (Geral e do Brasil)- Metodologia e Técnica de Pesquisa- Política- Sociologia

“A Sociologia e a Reconstrução da Realidade”

“É sabido que o cientista não lida diretamente com os fatos ou fenômenos que observa e pretende explicar, mas com instâncias empíricas que os reproduzem.
A realidade não é susceptível de apreensão imediata, e sua reprodução para os fins da investigação científica, exige o concurso de atividades intelectuais complexas. Essas atividades são naturalmente reguladas por normas de trabalho fornecidas pela própria ciência. Isso significa que a descrição e a explicação científicas da realidade repousam fundamentalmente, em certas operações elementares através das quais as instâncias empíricas que reproduzem os aspectos essenciais dos fatos ou fenômenos investigados são obtidas, selecionadas e coligidas em totalidades coerentes.
É nesse contexto que o sociólogo está inserido. Na sua profissão, o seu compromisso maior está em produzir ciência. Para realização de seu trabalho tem que haver método e distanciamento de seus valores culturais, religiosos etc. Ele deve observar sistematicamente os fatos. O sociólogo se preocupa em identificar um fenômeno sociológico para poder estudá-lo a fundo. O seu olhar deve ser puramente científico, não cabendo assim, os seus valores e pré-noções para qual explicação venha dar. Se por exemplo, o sociólogo pretende estudar a família, ele a estudará enquanto instituição, com um papel social a ser investigado para se saber a sua relevância e onde ela se encaixa na vida das pessoas. Não caberá, portanto, ao sociólogo dar sua opinião previamente sobre família, muito menos a enxergar através de olhar com formação cultural. Enfim, a sociologia enquanto ciência procura desmistificar as idéias pré-concebidas e com isso desconstruir as verdades aparentes que temos sobre as coisas para, assim, as entendermos na sua essência.”
Prof. Roberto Sérgio(robertosociologo@hotmail.com)

Campos e subdivisões da Sociologia

Alguns campos ou subdivisões da sociologia são institucionalizados, outros não são institucionalizados. Em alguns países, alguns campos, subdivisões ou tópicos estão presente com maior intensidade. Em outros, nem fazem parte das preocupações, necessidades e ou interesses. Muitas vezes surgem e se consagram. Muitas vezes não se consagram. Muitos lutam para fazer com que uma dada subdivisão seja institucionalizada. Outros podem lutar para que não seja institucionalizada. Outros, não se importam.
Alguns criticam a fragmentação e subdivisões. Outros apóiam. Para outros, tanto faz.
Nenhuma novidade. Isso também ocorre em outras ciências, inclusive nas ciências naturais.
A questão aqui é o interesse, a necessidade, a motivação, o jogo político, a ação, a racionalização inclusive da ação, a visão de mundo, a atitude. O aparecimento ou não de um determinado campo ou subdivisão também vai depender do desenvolvimento das relações sociais, dos aspectos culturais, do tipo e grau de desenvolvimento capitalista, do jogo entre as classes sociais e do jogo intraclasse social. Vai depender do jogo intra e inter instituições, inclusive instituições educacionais. Vai depender das condições objetivas e subjetivas. Da realidade social concreta tal e qual se ela apresenta num dado momento histórico, econômico e cultural. Um campo ou subdivisão da sociologia pode se apresentar de forma conservadora ou crítica no momento de sua criação. Para procurar manter o status quo ou para radicalizar o processo de transformação social em uma determinada direção. Mas o processo não é estático, é dinâmico, é dialético. Um processo em constante transformação. Um campo ou subdivisão da sociologia pode surgir com características conservadoras e depois se tornar crítica. Ou pode ocorrer o contrário.
Na verdade não é a criação de campos ou subdivisões da sociologia que determinam o seu caráter. Apenas reflete o interesse, a necessidade, a motivação, o jogo político, a ação, a racionalização inclusive da ação, a visão de mundo, a atitude. Será a produção, a ação dos indivíduos envolvidos, a visão de mundo, que determinarão sua forma e conteúdo. Forma e conteúdo que podem ser contraditórios e ou antagônicos. Sempre dinâmicos. Em um mesmo campo ou subdivisão existem ou podem existir diversas “linhas” de atuação, de produção, de teorias, de instrumentais analíticos lógico-teórico-metodológicos diversos. O caráter da práxis é a própria práxis. Acredito que não devemos julgar, à priori, como negativa o caráter de uma nova subdivisão da sociologia. Por que fazemos pré-julgamentos? Julgar a partir de qual referencial? De qual paradigma ou até, de qual ideologia?
Ainda, a criação de campos ou subdivisões da sociologia em diversos países e ou regiões do planeta não é simétrico e também não estão no mesmo “timing”. O interesse, a necessidade, a motivação, o jogo político, a ação, a racionalização inclusive da ação, a atitude, a visão de mundo, também não. Aliás, para qualquer tipo de ciência.
Algumas áreas da sociologia ou campos de estudo:
Sociologia Sistemática, Sociologia Rural, Sociologia Urbana, Sociologia Industrial, Sociologia do Trabalho, Sociologia do Desenvolvimento, Sociologia Política, Sociologia da Educação, Sociologia do Esporte ou Sociologia dos Esportes ou Sociologia do Desporto, Sociologia do Adulto (Novidade), Astrosociologia (Novidade), Sociologia do Gênero, Sociologia da Família, Sociologia do Jovem, Sociologia da Terceira Idade, Sociologia da Saúde, Sociologia Médica, Sociologia do Crime, Sociologia do Direito, Sociologia Ambiental ou Sociologia do Meio Ambiente, Sociologia da Cultura, Sociologia da Religião ou Sociologia das Religiões, Sociologia Jurídica, Sociologia Econômica, Sociologia do Conhecimento, Sociologia do Lazer, Sociologia da Comunicação, Sociologia da Migração, Sociologia Cibernética ou Sócio-cibernética, Sociologia do Ciberespaço, Sociologia do Turismo, Sociologia Comparativa ou Sociologia Comparada, Sociologia da Ciência ou Sociologia das Ciências, Sociologia da Globalização, Sociologia das Instituições, Sociologia das Gerações, Sociologia Quantitativa, Sociologia da Informação, Sociologia do Sexo, Sociologia das Desigualdades, Sociologia das Profissões, Sociologia da Reprodução Social, Sociologia das Relações Internacionais, Sociologia Histórica, Sociologia da Produção, Sociologia da Vida Cotidiana ou Sociologia da Vida Quotidiana, Sociologia da Discriminação Social, Sociologia da Demografia, Sociologia das Organizações, Sociologia das Classes e da Estratificação Social, Sociologia da Arquitetura, Sociologia da Infância, Sociobiologia, Sociologia da Punição, Sociografia, Sociologia do Estado, Sociologia do Tempo, Sociologia do Desvio e do Interacionismo, Sociologia da Guerra, Sociologia Visual, Sociologia do Terrorismo, Sociologia dos Transportes, Sociologia da Mudança Social, Sociologia da Raça, Sociologia da Matemática, Sociologia da Música, Sociologia da Literatura, Sociologia da Emoção, Sociologia do Corpo (novidade), Sociologia da Linguagem, Sociologia da Física, Sociologia Indígena, Sociologia da Sociologia ou Sociologia das Sociologias.
Estes são apenas alguns exemplos. Muitas vezes podem aparecer como áreas de concentração ou de especialização. Outras vezes como disciplinas optativas. Algumas podem fazer parte de um curso de Ciências Sociais como obrigatórias e outras como optativas. Ou ainda podem fazer parte de outro curso: No curso de Turismo, pode talvez constar Sociologia do Turismo.
Poderíamos ainda falar de Sociologia Geral, Sociologia Geral I, Sociologia Geral II, etc.

Prof. Roberto Sérgio(robertosociologo@hotmail.com)

A Vida de Fidel Castro: De filho de latifundiário a grande inimigo dos EUA

Após quase cinco décadas no poder em Cuba, Fidel Castro foi um dos líderes que permaneceu por mais tempo no poder em todo o mundo.
Seu anúncio de que está deixando a Presidência de Cuba simboliza o fim de uma era marcada por confrontos com o país mais poderoso do mundo, os Estados Unidos.
No longo período em que esteve à frente do país tido como o bastião do comunismo na América Latina, Fidel Castro sobreviveu a nove diferentes governos americanos - e a várias tentativas de assassinato.
TRAJETÓRIA DE FIDEL CASTRO
Fidel em 1959, quando ocupava o cargo de primeiro-minsitro de Cuba
Fidel com Hugo Chávez, presidente da Venezuela e inimigo dos EUA
Último encontro de Fidel e Lula,em Havana, no início deste ano
Para os Estados Unidos, ele vinha representando uma lembrança constante e incômoda das idéias comunistas que, apesar de praticamente abandonadas no resto do mundo, permaneceram vivas a nada menos do que 144 quilômetros de distância de sua costa.E essas idéias foram adotadas, com uma interpretação própria, por um filho de latifundiários ricos nascido em 1926. Ciente dos grandes contrastes entre seu confortável cotidiano e a pobreza de muitos cubanos, Fidel se tornou um revolucionário.
Com um grupo de jovens decidiu derrubar o regime de Fulgêncio Batista, marcado por corrupção e que ajudava a compor a imagem da Cuba dos anos 1950 como um paraíso de ricos nas mãos de uma máfia. Prostituição, jogatina e tráfico de drogas eram endêmicos na ilha.
Revolução
Fidel Castro liderou uma invasão ao quartel de Moncada, em Santiago de Cuba, no dia 26 de julho de 1953. Apesar de fracassada, a iniciativa marcou o começo da revolução que acabaria levando-o ao poder.
Depois de breve período preso, Fidel foi anistiado e se exilou no México, onde organizou uma expedição que voltou a Cuba.
Ao lado do argentino Ernesto "Che" Guevara, que conheceu durante o exílio, o jovem cubano montou uma campanha de guerrilha a partir de sua base, na Serra Maestra.
Em 1959, Batista deixou o país e Fidel estabeleceu um novo governo que prometia devolver a propriedade da terra aos agricultores e defender o direito dos pobres.
Nos braços soviéticos
Desde o começo, Fidel insistiu que sua ideologia era, acima de tudo, cubana. "Não há comunismo nem marxismo em nossas idéias, só democracia representativa e justiça social", dizia. Criticado pelos Estados Unidos pela nacionalização de empresas de americanos, foi alvo do embargo comercial que vigora até hoje.
Fidel disse que assim foi empurrado para os braços da União Soviética, liderada por Nikita Kruchev. Com o novo aliado, Cuba virou mais um campo de batalha da Guerra Fria.Os Estados Unidos tentaram derrubar o governo de Fidel em abril de 1961, apoiando um grupo de exilados cubanos em uma desastrosa invasão à praia de Girón, na baía dos Porcos. A CIA, central de inteligência americana, foi acusada pelo líder cubano de tentar assassiná-lo várias vezes, inclusive com um charuto explosivo.
Em 1962, aviões de reconhecimento dos Estados Unidos detectaram um carregamento de mísseis soviéticos rumo a Cuba, criando um impasse entre o presidente americano, John F. Kennedy, e Kruchev.
Depois de 13 dias de impasse, os soviéticos desistiram de instalar mísseis com potencial nuclear em Cuba, em troca de uma promessa secreta americana de retirar suas armas da Turquia.Perestroika
Cuba "exportou" a sua revolução para outras partes do mundo na forma do apoio às guerrilhas marxistas em Angola e Moçambique.
A União Soviética ajudou Cuba comprando sua produção de açúcar e enviando a Havana navios carregados de produtos que supriam um mercado estrangulado pelo embargo americano.
O líder cubano Fidel Castro em 1970
Na década de 1980, contudo, o governo castrista sofreu um duro golpe com a implementação da perestroika (reestruturação) por Mikhail Gorbachev na União Soviética.
Tempos difíceis levaram milhares de cubanos a se lançar ao mar em embarcações precárias nos anos 1990 na esperança de chegar a Miami.
O caso do menino Elián González ganhou as manchetes do mundo inteiro. Ele perdeu a mãe em uma viagem perigosa e, depois de uma longa batalha legal entre parentes em Miami e o pai, que morava em Cuba, foi levado de volta para a ilha.
Entre os bons resultados domésticos de Fidel Castro está o serviço de saúde cubano, considerado um dos melhores da região, e o baixo índice de mortalidade infantil, comparável ao dos países mais desenvolvidos.
O governo de Fidel, no entanto, foi acusado por organismos internacionais de perseguição política contra os opositores do regime e de violações dos direitos humanos.
Uma comissão da ONU chegou inclusive a cobrar a libertação de dissidentes presos e maior liberdade de expressão em Cuba.
Moderação
Nos últimos anos, Fidel deu sinais de que teria moderado suas posições. Em 1998, recebeu no país o papa João Paulo 2º.
Nos últimos tempos, Fidel encontrou amizade e apoio econômico no presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Outros líderes regionais, como o presidente da Bolívia, Evo Morales, também se declararam simpatizantes do líder cubano.
Desde que foi internado com problemas de saúde, em agosto de 2006, Fidel Castro passou o poder em Cuba para o irmão, Raúl Castro, de 75 anos, ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas cubanas.
Em janeiro passado, ele recebeu a segunda visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a prever, após um encontro de duas horas com o líder cubano, que Fidel estava "pronto para assumir o papel político que ele tem em Cuba".
Pouco mais de um mês depois, Castro anunciava, em uma carta publicada pelo jornal do Partido Comunista Granma, que não retornaria à Presidência do país, pondo fim a uma era de quase meio século.

Vaticano apóia descriminalização da homossexualidade

A Igreja Católica Romana é a favor da descriminalização da homossexualidade, ou seja, é contra que gays sejam encarcerados, julgados e punidos por serem homossexuais, disse hoje o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, em declarações reproduzidas pela agência Ansa da Itália. Ele ressaltou, no entanto, que a Igreja é contra o casamento gay - "o matrimônio entre homem e mulher é o único que a Igreja apóia e não aceita colocar no mesmo patamar casamentos entre pessoas do mesmo sexo", disse Lombardi. "A Igreja é a favor da descriminalização da homossexualidade, ela não apóia leis penais que considerem crime a homossexualidade", disse.
Em vários países islâmicos regidos pela Sharia, a lei islâmica, a homossexualidade é crime. Lombardi deu a declaração no contexto de críticas recentes feitas por grupos de defesa dos direitos dos gays, de que a Igreja não apoiaria o fim da descriminalização da homossexualidade em vários países. Ele ressaltou que nenhum texto sobre a descriminalização do homossexualidade foi apresentado até agora na Organização das Nações Unidas (ONU) e por isso "estamos falando de um assunto misterioso, de uma maneira vaga". As informações são da Agência Ansa.
Dez/2008

*O que é Sociologia?

A Sociologia teoriza, diagnostica e explica a interação do homem com as instituições, as estruturas da sociedade, criando conceitos sobre as relações de poder nelas existentes. São essas as formulações que tornam esta ciência um instrumento poderoso: para alguns uma arma a serviço dos interesses dominantes; para outros, a expressão teórica dos movimentos revolucionários. A Sociologia chegou a ser acusada de ser um disfarce para o marxismo e teoria revolucionária disfarçada de ciência. Acabou banida de universidades da América do Sul nos países sob regime ditatorial.
Essa visão não está somente atrelada ao potencial reflexivo e questionador dos sistemas disseminados pela Sociologia, embora sejam essas características que a colocaram de volta na grade curricular de escolas do ensino médio. Tais ocorrências proibitivas remontam sua origem, pois suas correntes surgiram como tentativa de compreensão de situações sociais inusitadas, nascidas com o capitalismo, tendo seus intelectuais profundamente envolvidos nesse contexto. O momento foi o ápice das questões levantadas por um proletariado infeliz, assim concebido ao longo da Revolução Industrial. A Sociologia surgiu, então, de fato, atrelada ao desenvolvimento do socialismo. Em um segundo momento, porém, envolveu-se, paradoxalmente, na contenção da expansão socialista. Acabou por ajudar na neutralização dos movimentos de libertação que ameaçavam a hegemonia das potências econômicas e políticas da época.
Prof. Roberto Sérgio(robertosociologo@hotmail.com)

*Para que serve a sociologia?

Que utilidade tem a sociologia? Para que estudar sociologia? Existem centenas senão milhares de explicações na Internet em várias línguas. Acho melhor perguntar. Apenas fazer perguntas.
Por quais motivos muitas pessoas, senão a maioria das pessoas, não deseja compreender como se dá a interligação, a relação entre as pessoas e o meio em que vivem, podendo reconhecer aí vários processos e padrões de comportamento se tais processos e padrões de comportamento são de extrema utilidade para elas? Poderiam ser úteis na vida cotidiana e nas diversas relações sociais, isto é, entre pessoas? Não ajuda na tomada de decisões?
Você realmente quer saber como as pessoas se relacionam, isto é, como elas se interligam, não como pessoa isolada, mas pessoas que se encontram umas com as outras? Quer saber quais fenômenos ocorrem quando as pessoas se encontram umas com as outras, em grupos de tamanhos diferentes? Quer saber sobre o comportamento humano em função do meio? Quer saber, afinal de contas, quais são os processos? Qual o tamanho do grupo de pessoas que deseja estudar ou compreender? Duas pessoas? Dez pessoas? Mil pessoas? Um milhão de pessoas? O planeta inteiro? As pessoas de um determinado bairro? De uma cidade, de um estado ou país? Ou você quer estudar e compreender a interligação entre grupos de pessoas? Entre grupos de países? Onde estas pessoas estão? Em casa? Na escola? Em uma empresa? Em uma repartição pública? Na rua? Em um restaurante? Em uma rave? Em um shopping? Quer saber sobre relações econômicas? A economia não é feita por pessoas?
Você quer saber como as pessoas, de maneira interligada, produzem, trabalham, exploram, são exploradas, estudam, se divertem, escravizam e são escravizadas? Quer saber sobre o comportamento religioso? Quer saber sobre o comportamento político? Quer saber sobre os vários padrões de pensamento na hora em que as pessoas agem umas com as outras? Sei, não dá pra explicar tudo através da sociologia, nem é essa a pretensão. Mas será que dá para compreender uma boa parte do comportamento humano enquanto relação uns com os outros? Quer saber por que você se comporta de maneira diferente dependendo do grupo em que está?
Sabia que para você poder tomar um simples copo de água você precisa de centenas senão milhares de pessoas? Você sabia que quando falamos em interligação entre os indivíduos, do relacionamento e comportamento entre pessoas, elas necessariamente não precisam estar próximas de você? Você sabia que milhares senão milhões de pessoas estão, de alguma maneira, interligadas a você?
Você sabia que mesmo não querendo ou não tendo consciência, muitos dos atos que mesmo considerados como individuais, estão interligados com milhares de pessoas? Que muitos desses atos podem influenciar a vida de alguém que você nem conhece? Você sabia que para o outro você é o outro? Você sabia que para os outros, nós somos os outros?
Ora, serão úteis na prática o conhecimento de alguns conceitos de sociologia e algumas teorias? Será que ajuda a melhorar qualidade de vida? Será importante compreender o meio em que vivemos? Compreender, pelo menos em parte o meio em vivemos e vários padrões de relacionamento, de interligações uns com os outros não é útil?

Prof. Roberto Sérgio(robertosociologo@hotmail.com)

Tabela do Imposto de Renda 2009


O NOVO IMPOSTO DE RENDA(2009)
SALÁRIO - ALÍQUOTA
Até R$ 1.434 - zero
Acima de R$ 1.434 atéR$ 2.150 - 7,5%
Acima de R$ 2.150 atéR$ 2.866 - 15%
Acima de R$ 2.866 até R$ 3.582 - 22,5%
Acima de R$ 3.582 - 27,5%

Guia para entender melhor o Conflito no Oriente Médio


Um guia para entender o conflito no Oriente Médio:
São instituições, cidades, siglas e fatos históricos, listados em ordem alfabética:
Al-Fatah - Movimento pela Libertação da Palestina. Sob a liderança de Yasser Arafat, o Al-Fatah se tornou a mais forte e mais organizada facção palestina. As autoridades israelenses têm acusado o movimento de ataques terroristas contra Israel desde o início da nova Intifada. As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, responsáveis por vários atentados nos últimos meses em Israel, são os mais radicais membros da organização.
ANP - A Autoridade Nacional Palestina, ou Autoridade Palestina, presidida por Yasser Arafat, é a organização oficial que administra a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Foi criada a partir de um acordo firmado em 1993 entre a OLP (Organização pela Libertação da Palestina) e Israel. Na primeira eleição para o legislativo e executivo da ANP, realizada em janeiro de 1996, Yasser Arafat foi eleito presidente. O acordo previa um mandato de cinco anos, que expiraria em 1999, quando então Israel e palestinos voltariam a negociar o status das áreas palestinas - o que não aconteceu, com a deterioração das relações entre os dois lados.
Belém - Cidade localizada na Cisjordânia, é importante na história de três religiões: cristã, judaica e islâmica. Em Belém foi erguida a igreja da Natividade, templo cristão que marca o suposto local de nascimento de Jesus Cristo.
Brigada de Mártires Al-Aqsa - Ala do Al-Fatah, grupo liderado por Yasser Arafat, responsável por 70% dos atentados terroristas contra israelenses. Criada recentemente, depois do fracasso das negociações de paz, tem como líder Marwan Barghouti. Seu efetivo é de cerca de 1.000 homens
Cisjordânia - Com uma área de 5,860 quilômetros quadrados localizada a oeste do Rio Jordão e do Mar Morto, esteve sob controle da Jordânia entre 1948 e 1967. Atualmente está dividida entre a Autoridade Nacional Palestina de Yasser Arafat e colônias e bases militares israelenses. As cidades que têm população acima de 100.000 habitantes são Jerusalém, Ramallah, Hebron, Nablus e Belém. Há duas universidades: Bir Zeit, em Jerusalém, e An-Najah, em Hebron.
Faixa de Gaza - É um estreito território com largura que varia de 6 quilômetros a 14 quilômetros às margens do Mar Mediterrâneo. Seus cerca de 360 quilômetros quadrados de área são limitados ao sul pelo Egito e ao norte por Israel. A Autoridade Nacional Palestina administra as cidades da Faixa de Gaza, mas boa parte das áreas rurais está sob controle de militares israelenses e de 6.000 colonos judeus. A principal cidade do território é Gaza.
Hamas - Grupo fundamentalista palestino que possui um braço político e outro militar. A sigla significa Movimento de Resistência Islâmica, mas também é a palavra que pode ser traduzida como “devoção” em árabe. O movimento nasceu junto com a Intifada. Seu braço político faz trabalhos sociais em campos de refugiados. O braço armado foi o primeiro a usar atentados com homens-bomba na região, em 1992. Seu efetivo é de cerca de 300 militantes.
Hezbollah - Organização armada terrorista formada em 1982 por xiitas libaneses. Inspirada e orientada pelo Irã e apoiada pela Síria, tem base no Sul do Líbano. Seu objetivo é criar um Estado islâmico no Líbano, destruir Israel e transformar Jerusalém em uma cidade muçulmana.
Igreja da Natividade - Construída em Belém, no suposto local de nascimento de Jesus Cristo.
Intifada - Nome do levante nos territórios palestinos contra a política e ocupação israelense, caracterizado por protestos, tumultos, greves e violência, tanto na Faixa de Gaza quanto na Cisjordânia. A primeira intifada estendeu-se de 1987 a 1993, estimulada principalmente por três grupos: Hamas, OLP e Jihad. Ficou marcada pelo apedrejamento de soldados israelenses por jovens palestinos desarmados. Em setembro de 2000, quando recomeçou a violência entre palestinos e israelenses, depois de uma visita de Ariel Sharon a um local santo para os muçulmanos, o conflito violento recomeçou, sendo chamado de segunda intifada. O estopim foi uma provocação deliberada do então candidato a primeiro-ministro Ariel Sharon, líder da oposição ao governo de Ehud Barak e porta-voz da linha dura israelense. Cercado de guarda-costas, ele visitou a Esplanada das Mesquitas, na parte murada de Jerusalém, onde ficam as mesquitas de Al-Aksa e de Omar, um conjunto que é o terceiro entre os lugares santos do Islã.
Israel - Estado criado em 1948 na região histórica da Palestina, é um dos menores países do Oriente Médio e tem 60% de seu território coberto por deserto. O fato de ser o único país judeu em um área predominantemente islâmica marcou cada aspecto de suas relações diplomáticas, econômicas, políticas e demográficas. Nos últimos anos, tornou-se um grande pólo de tecnologia e informática. Tem um presidente, com poder mais simbólico que efetivo, e um poderoso primeiro-ministro, que passou a ser escolhido por eleições diretas a partir de 1996. As origens do atual conflito são anteriores à criação do país. Já no início do século XX , a Palestina, por ser considerada o berço do povo judeu, estimulou a imigração de judeus, inspirados por um movimento conhecido como sionismo, que entraram em disputa com os povos árabes da região. Nos anos que se seguiram à II Guerra Mundial (1939-1945), a Organização das Nações Unidas (ONU) desenvolveu um plano para dividir a Palestina entre árabes e judeus. Os árabes rejeitaram o plano, que foi aceito pelos judeus, criando-se então um Estado independente em 1948. Imediatamente, cinco nações árabes atacaram Israel. No fim da guerra, em 1949, e nos anos seguintes, Israel ampliou seu território e anexou Golã. Também ocupou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Mesmo Jerusalém, que os judeus consideram capital do país, continua sendo alvo de disputa.
Jihad Islâmica - Grupo terrorista palestino de orientação fundamentalista.
Tradicionalmente, ela tenta realizar ações terroristas contra alvos israelenses no aniversário da morte de seu líder, Fathi Shaqaqi, assassinado em Malta, em outubro de 1995. Financiada pelo Irã, é a mais independente das facções extremistas e conta com apoio restrito da população. Seu líder é Ramadan Shallah, ex-professor da Universidade da Flórida. Seu objetivo é destruir Israel e criar um Estado islâmico na região, sob controle de palestinos.
Jerusalém - Local de peregrinação para três religiões: católica, judaica e islâmica. Para os católicos, é o local onde Jesus Cristo foi crucificado e ressuscitou. Para os judeus, é a cidade que o rei Davi transformou em capital do reino unificado de Israel e Judá. Para os muçulmanos, é a cidade dos profetas que precederam Maomé.
Likud - Partido político conservador de Israel formado 1973 em torno da proposta de anexar ao Estado de Israel os territórios ocupados durante a Guerra dos Seis Dias: Sinai, Faixa de Gaza, Cisjordânia e Colinas de Golã. Menachim Begin foi seu primeiro líder. Desde 1999 o partido é liderado por Ariel Sharon, atual primeiro-ministro de Israel. Likud é a palavra em hebreu para unidade.
Muro de Proteção - nome dado à atual operação militar de ataque às cidades palestinas.
Nablus - Localizada no norte da Cisjordânia, entre as montanhas de Gerizim e Ebal, é a maior cidade palestina. Região bíblica, onde Abraão e Jacó teriam vivido e onde estariam enterrados, é também um importante centro comercial da região produtor de azeite e vinho.
OLP - A Organização pela Libertação da Palestina é um grupo político criado em 1964 com o objetivo de criar um Estado palestino independente. Em 1994, a Autoridade Nacional Palestina assumiu muitas das funções administrativas e diplomáticas relativas aos territórios palestinos que antes eram desempenhadas pela OLP. Esta passou a ser uma espécie de guarda-chuva político e militar, abrigando facções como Al Fatah, As-Saiga e a Frente de Libertação da Palestina. A OLP tem três corpos: o Comitê Executivo, com 15 membros, que inclui representantes dos principais grupos armados; o Comitê Central, com 60 conselheiros e o Conselho Nacional Palestino, com 599 membros, que historicamente tem sido uma assembléia dos palestinos.
OLP também tem serviços de saúde, informação, saúde, finanças, mas desde 1994 passou estas responsabilidades para a ANP.
Palestina - É uma região histórica situada na costa leste do Mar Mediterrâneo, no cruzamento entre três continentes, que foi habitada por diversos povos e é considerado local santo para cristãos, judeus e muçulmanos. Sua extensão tem variado muito desde a Antigüidade. Atualmente, as áreas palestinas são a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Ramallah - Cidade palestina com cerca de 180.000 habitantes, é dividida em dois setores, de tamanhos semelhantes: Ramallah, que é predominantemente cristão, e Al Birah, de maioria islâmica. Fica a 872 metros acima do nível do mar e 1.267 metros acima do Mar Morto, distante 15 quilômetros ao norte de Jerusalém. É a sede da Autoridade Nacional Palestina e abriga a principal universidade palestina, Bir Zeit.
Sionismo - movimento político e religioso pela criação de um Estado judeu que surgiu no século XIX e culminou na criação do Estado de Israel em 1948. O nome vem de Zion, a montanha onde foi construído o Templo de Jerusalém . O termo sionismo foi usado pela primeira vez para nomear um movimento em 1890, pelo filósofo austríaco judeu Nathan Birbaum.
Fonte: Veja on line